Com o anúncio de que a Cardano pretende lançar uma stablecoin algorítmica em 2023, vários membros da comunidade expressaram suas preocupações, comparando o projeto ao Terra USD (UST), que causou grandes perdas no espaço cripto em 2022.
De acordo com seus desenvolvedores, a stablecoin Djed será atrelada ao dólar e garantida pela Cardano (ADA). Além disso, usará outro token como moeda de reserva. O projeto destacou que será sobrecolateralizado e terá comprovação de reservas on-chain.
Apesar das garantias dadas pela equipe, vários membros da comunidade expressaram suas preocupações. Inevitavelmente, lembrando o colapso do UST.
Um membro da comunidade mostrou-se aparentemente confuso sobre o motivo pelo qual outra stablecoin algorítmica seria lançada, depois que o Terra mostrou os riscos envolvidos e a forma como elas podem falhar.
“Achei que já tínhamos concluído que stablecoins algorítmicas não são a melhor opção”, escreveu. Enquanto isso, outro usuário do Twitter mencionou que prefere continuar usando o Tether (USDT). Segundo este membro da comunidade, as stablecoins algorítmicas já provaram que não são estáveis.
O Cointelegraph procurou a equipe do Djed, mas não obteve resposta.
Com as preocupações manifestadas em função do lançamento do Djed, o Cointelegraph perguntou a alguns dos principais projetos de stablecoins se as versões algorítmicas de criptoativos atrelados ao dólar ainda têm potencial para ter sucesso depois do colapso do Terra USD.
Em um comunicado, a Tether disse ao Cointelegraph que projetos de stablecoin como o Terra tinham mecanismos projetados para alcançar a estabilidade, mas falharam no final:
“Ao contrário das stablecoins colateralizadas, nas quais cada moeda é totalmente lastreada por garantias, as stablecoins algorítmicas tentam manter seu valor por meio de várias operações de mercado que frequentemente são quebradas drasticamente.”
Enquanto isso, a Circle, emissora da USD Coin (USDC), disse ao Cointelegraph em um comunicado que as stablecoins algorítmicas com estruturas de colateralização complexas e mecanismos de estabilização tecnológica não têm a mesma utilidade que os ativos em dólar regulamentados e totalmente garantidos por reservas auditáveis. “O colapso do Terra no início deste ano destacou que nem todas as stablecoins são criadas iguais”, completou.
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