A Suprema Corte da Nigéria decidiu que as antigas notas de 200, 500 e 1.000 nairas permanecem em circulação até 31 de dezembro de 2023, anulando efetivamente o redesenho de nairas anunciado anteriormente pelo presidente nigeriano Muhammadu Buhari. A introdução do redesenho procurou eliminar gradualmente o uso das antigas notas de naira.

Um painel de sete membros do tribunal, liderado por John Okoro, disse em um julgamento unânime que o presidente Buhari emitiu a diretriz sem consulta.

O tribunal disse que o governo federal deveria ter consultado o governo estadual por meio de órgãos relevantes, incluindo o Conselho Nacional dos Estados e o Conselho Econômico Nacional, antes de embarcar em tal projeto.

A Suprema Corte declarou a diretriz de Buhari de retirar as notas antigas de circulação como ilegal e uma afronta à Constituição de 1999. O tribunal também emitiu outra ordem anulando-a e estendeu o status legal das notas até 31 de dezembro.

Uma comparação entre as antigas notas de naira (à esquerda) e as novas notas canceladas (à direita)

O pronunciamento está entre as nove declarações e ordens emitidas pelo Supremo Tribunal Federal em julgamento da ação movida por alguns governadores de estado questionando a determinação do presidente.

No final de 2022, Buhari ordenou a retirada das notas de 200, 500 e 1.000 nairas até 31 de janeiro de 2021, após apresentar as versões com novo design das notas, que estavam em falta.

A diretiva, descrita como uma “política de desmonetização” por alguns governadores de estado que se opõem a ela, criou uma escassez de cédulas, criando perturbações no sistema financeiro e dificuldades para milhões de cidadãos.

A incapacidade de acesso a dinheiro devido à escassez de notas também afetou muitos negócios.

Com um valor máximo de saque em caixas eletrônicos já existente de 20.000 nairas (US$ 43), isso também afetou os usuários de criptomoedas na Nigéria que desejam trocar tokens para fiat para transações comerciais locais e despesas do dia-a-dia.

No entanto, esta nova decisão do tribunal superior lançou esperanças na disponibilidade de dinheiro para transações.

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