Mt. Gox, uma exchange cripto falida há muito tempo, transferiu cerca de US$ 172,5 milhões em Bitcoin para uma carteira desconhecida menos de 24 horas depois que a criptomoeda atingiu uma nova máxima de quase US$ 108.000.

Dados da Arkham Intelligence mostram que a exchange moveu 1.619,6 Bitcoin (BTC) para dois endereços não identificados em 17 de dezembro, divididos em transferências de 1427,9 BTC e 191,7 BTC.

Uma parte da transferência de 1427,9 BTC foi parar em uma carteira que começa com “1DeY” após passar por outra, com uma redução de cerca de 108 BTC.

Os 108 BTC e os 191,7 BTC circularam por várias carteiras antes de acabar em uma carteira que começa com “1KLr”, atualmente com 300 BTC.

Ainda não está claro por que o Mt. Gox moveu os fundos. A exchange entrou em falência no início de 2014, e os movimentos anteriores de seus holdings de Bitcoin foram seguidos por pagamentos a credores.

Movimento de Bitcoins pelo Mt. Gox

Uma carteira do Mt. Gox movimentou cerca de 1619,6 BTC para dois endereços antes de parte ser reciclada em outras carteiras. Fonte: Arkham Intelligence

Esses movimentos ocorrem após o Mt. Gox realocar mais de 24.000 Bitcoin em 5 de dezembro, no valor de quase US$ 2,5 bilhões na época, apenas 12 minutos após o Bitcoin ultrapassar US$ 100.000 pela primeira vez.

Dados da Arkham indicam que a histórica exchange ainda possui cerca de 36.085 BTC, no valor de US$ 3,86 bilhões, distribuídos entre as carteiras sob seu controle. Os credores do Mt. Gox podem optar por receber seus pagamentos em Bitcoin.

O Bitcoin tem sido negociado acima de US$ 100.000 desde sexta-feira, 13 de dezembro, e o último movimento do Mt. Gox — geralmente visto como pessimista — parece não ter afetado o preço, que permanece estável no dia em torno de US$ 106.500, após atingir uma nova máxima de US$ 107.857 em 16 de dezembro, segundo a TradingView.

Em outubro, o administrador responsável pela reserva de Bitcoin do Mt. Gox adiou o prazo de pagamentos aos credores em um ano inteiro, até 31 de outubro de 2025.

O administrador afirmou que muitos credores “ainda não receberam seus pagamentos porque não completaram os procedimentos necessários para o recebimento.”