A parceria da Crypto.com com a Fórmula 1 (F1), firmada em 2021, chamou a atenção do mundo. Não demorou para que outras entidades do mercado de criptomoedas, como Fantom, Tezos, Vela e até a memecoin Floki Inu decidissem patrocinar equipes da tradicional competição automobilística.

O número de patrocínios para 2023, no entanto, caiu em 55%. Conforme listado, nesta terça-feira (28), pelo usuário que se identifica como Ignas no Twitter, apenas cinco dos onze patrocínios de 2022 foram mantidos. 

Ciclo de baixa compromete patrocínios

Em sua série de publicações, Ignas aborda os patrocínios firmados com equipes da F1, bem como com a própria competição. A Crypto.com, que patrocinava o evento e a equipe Aston Martin, agora patrocina somente o time automobilístico, devido a cortes no setor de marketing.

Uma logo que não aparecerá mais na Fórmula 1, mas não surpreende os entusiastas do mercado cripto, é a da FTX. A exchange, que colapsou em novembro de 2022, era patrocinadora da Mercedes. A parceria envolvia até mesmo uma coleção de NFTs comemorativos, que foi cancelada após a Mercedes tomar conhecimento do destino da FTX. O contrato foi encerrado, e gerou US$ 15 milhões de prejuízo à participante da F1.

Outro grande nome da Fórmula 1 que tinha parceria com uma entidade do mercado de criptomoedas era a Ferrari. Sua patrocinadora, a Velas Blockchain, tinha o objetivo de aumentar o engajamento com fãs através de NFTs. O acordo foi encerrado, porém, já que a Velas supostamente falhou em cumprir com cláusulas que permitiam a criação de NFTs da Ferrari, salienta Ignas.

A Red Bull segue exibindo a imagem da Bybit em seus carros para 2023, mantendo a parceria firmada no início de 2022. A Tezos, no entanto, não renovou o contrato de patrocínio da equipe, afirmando que o acordo “não estava mais alinhado com a atual estratégia” da empresa.

De qualquer forma, a Tezos continuará aparecendo nos carros da McLaren em 2023, com quem renovou o contrato de patrocínio. A emissora do token XTZ dividirá espaço com a exchange OKX, que tem um contrato de cinco anos com a equipe participante da Fórmula 1 desde maio de 2022.

Outra exchange que também manterá presença na competição automobilística é a Binance, que continuará estampando seu nome nos carros da Alpine. O acordo inclui até mesmo um fan token para a Alpine, que dá direito a votos envolvendo a equipe e dá acesso a experiências exclusivas, como encontrar pilotos da equipe no Brasil, ressalta Ignas. 

A memecoin Floki Inu, que iniciou uma parceria com a Alfa Romeo em 2022, não aparecerá mais nos carros da equipe em 2023. O mesmo fim teve a parceria entre AlphaTauri e Fantom, que não renovou o contrato de patrocínio para este ano.

Mesmo com algumas empresas do mercado cripto deixando a Fórmula 1, um novo nome entrou em 2023: o marketplace de NFTs OpenSea. A logo da plataforma estampará os carros da Haas este ano.

Sobre a queda nos patrocínios, Ignas avalia que os altos custos para firmar parcerias com equipes da Fórmula 1, em conjunto com o ciclo de baixa do mercado, foram responsáveis. “O custo para patrocinar uma equipe de F1 varia de US$ 500 mil a US$ 750 mil, para companhias pequenas, e até milhões para companhias maiores. Com os preços dos tokens tão baixos, não surpreende que algumas companhias do mercado cripto estão saindo”, conclui.

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