Embora os críticos tenham se ocupado em escrever epitáfios ao sonho do metaverso da Meta desde o ano passado, a apresentação de avatares fotorrealistas de Mark Zuckerberg mostra que, apesar de tudo, os mundos virtuais imaginados pela empresa podem estar bem longe de morrer.
Em um episódio de 28 de setembro do podcast de Lex Fridman, Zuckerberg e o popular cientista da computação tiveram uma conversa cara a cara de uma hora. Só que, na verdade, não se tratou de um encontro presencial.
Ao contrário, toda a conversa de Fridman e Zuckerberg utilizou avatares fotorrealistas do metaverso visualizados através de headsets Quest 3 da Meta e fones de ouvido com cancelamento de ruído.
Here's my conversation with Mark Zuckerberg, his 3rd time on the podcast, but this time we talked in the Metaverse as photorealistic avatars. This was one of the most incredible experiences of my life. It really felt like we were talking in-person, but we were miles apart It's… pic.twitter.com/Nu8a3iYWm0
— Lex Fridman (@lexfridman) September 28, 2023
Aqui está minha conversa com Mark Zuckerberg, sua terceira participação no podcast, mas desta vez conversamos no Metaverso como avatares fotorrealistas. Essa foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Realmente parecia que estávamos conversando pessoalmente, mas estávamos a quilômetros de distância...
— Lex Fridman (@lexfridman)
Os usuários de redes sociais geralmente se divertem ridicularizando a Meta por despejar bilhões de dólares em pesquisas sobre o metaverso apenas para aparentemente produzir avatares de desenho animado com pernas de aparência estranha.
No entanto, dessa vez, os usuários de redes sociais, inclusive a comunidade do Cripto Twitter, pareciam estar realmente impressionados com a sofisticação da tecnologia da Meta.
The Metaverse has upgraded pic.twitter.com/QT1LAkjQGB
— Dexerto (@Dexerto) September 28, 2023
O Metaverso foi atualizado
— Dexerto (@Dexerto)
"Ok, o metaverso oficialmente se tornou algo real", escreveu o perfil pseudônimo Gaut, um raro momento de elogio aparentemente genuíno de um usuário normalmente conhecido por suas opiniões satíricas e sarcásticas sobre eventos do metaverso.
"Aos 9 minutos do podcast sobre o metaverso de Lex / Mark, esqueci que estava vendo avatares", escreveu o programador Jelle Prins.
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Fridman também compartilhou suas impressões sobre a experiência em tempo real, observando como Zuckerberg pareceia "próximo" dele durante a entrevista. Momentos depois, ele explicou como foi difícil reconhecer que o avatar de Zuckerberg não era seu corpo físico.
"Já estou me esquecendo de que você não é real."
A tecnologia utilizada no programa é a mais nova versão do Codec Avatars. Revelado pela primeira vez em 2019, o Codec Avatars é um dos projetos de pesquisa mais antigos da Meta, que visa criar avatares totalmente fotorrealistas e em tempo real que funcionam por meio de headsets com sensores de rastreamento facial.
No entanto, os usuários comuns talvez precisem esperar alguns anos antes de experimentar seus próprios avatares realistas, disse Zuckerberg, explicando que a tecnologia usada requer um software extremamente caro de aprendizado de máquina (ML) e varreduras completas da cabeça das personalidade reais por meio de equipamentos especializados que possuem mais de 100 câmeras diferentes.
Isso levaria, no mínimo, três anos para estar disponível para os consumidores comuns, previu o CEO da Meta.
Ainda assim, Zuckerberg observou que a empresa quer reduzir essas barreiras o máximo possível, explicando que, no futuro, essas varreduras poderão ser feitas com um smartphone comum.
Essa demonstração recente ocorreU apenas um dia depois que a Meta apresentou a sua resposta ao ChatGPT. O Meta AI é o mais novo assistente de IA da empresa. A plataforma integra uma série de chatbots, aplicativos e até mesmo óculos inteligentes exclusivos.
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