A Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, está se preparando para implementar uma nova versão de um chip semicondutor personalizado em seus data centers para apoiar o desenvolvimento de inteligência artificial (IA).
De acordo com uma reportagem da Reuters, um documento interno revelou planos para uma segunda geração de um chip interno, conhecido internamente como "Artemis", enquanto a Meta tenta aumentar suas capacidades de computação para lidar com produtos de IA generativa mais potentes.
O chip Artemis é semelhante ao anterior e é capaz apenas de "interferência", através da qual modelos usam seu algoritmo para criar julgamentos e gerar respostas a prompts de usuários.
Os planos foram confirmados por um representante da empresa que disse que um chip atualizado seria introduzido durante 2024 e operaria ao lado de “centenas de milhares de GPUs off-the-shelf” que a empresa vinha comprando.
“Vemos nossos aceleradores desenvolvidos internamente como altamente complementares às GPUs disponíveis comercialmente na entrega da mistura ideal de desempenho e eficiência em cargas de trabalho específicas da Meta.”
No mês passado, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que até o final do ano, a empresa planeja adquirir 350.000 processadores “H100” da Nvidia.
Um novo chip desse tipo produzido pela própria Meta ajudaria a empresa a reduzir custos de produção e energia, ao mesmo tempo que diminuiria sua dependência exclusiva de chips da Nvidia.
A Nvidia é atualmente uma das líderes de mercado na produção de chips semicondutores usados para alimentar modelos de IA de alto nível. Em novembro, a empresa relatou um recorde de US$ 18 bilhões de receita no terceiro trimestre, para o qual citou a IA generativa como um motor primário.
A capitalização de mercado da empresa agora supera US$ 1.56 trilhões, e ela planeja expandir suas ofertas na China com um novo chip e desenvolver um hub no Vietnã.
No entanto, a Meta não está sozinha na ideia de produzir seus próprios chips internamente. Em outubro passado, a OpenAI, criadora do popular chatbot ChatGPT, disse que estava considerando a aquisição de uma empresa fabricante de chips para fazer seus próprios chips de IA.
Posteriormente, em janeiro de 2024, Sam Altman, CEO da OpenAI, disse que a empresa estava buscando levantar fundos para criar uma série de instalações de fabricação de semicondutores.
Em novembro, a Microsoft também lançou seu próprio chip chamado "Maia", que afirmou ser a “última peça do quebra-cabeça” para sistemas de infraestrutura projetados para tarefas de IA e IA generativa.
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