O sentimento baixista persiste no Bitcoin ainda pressionado pelos fatores macroeconômicos e uma fraca demanda dos compradores. Com os PMIs norte-americanos em alta, a possibilidade de um corte de juros nos Estados Unidos se distancia, já que alguns reguladores podem interpretar que a taxa não está restritiva o suficiente para impactar os principais setores do país.
"Ao mesmo tempo, vimos a saída de US$ 140 milhões dos ETFs de Bitcoin ontem. Embora não seja um volume muito alto, a ponta compradora também não é das mais fortes. Só olhando para a rede, a atividade on-chain caiu cerca de 35%, indicando esse mercado mais moroso e sem muito apetite", disse Beto Fernandes, analista da Foxbit.
Diante deste cenário de incertezas no mercado cripto, o Mercado Bitcoin (MB), divulgou 9 criptoativos que seus especialistas acreditam que podem registrar alta. As criptomoedas foram dividas em carteiras, que buscam atender os níveis de tolerância dos investidores ao risco.
Assim, a carteira conservadora tem um perfil menos agressivo, no qual a prioridade foi maximizar a segurança dos investimentos feitos, com o objetivo de mantê-los a longo prazo. Para isso, foram escolhidos ativos com maior tendência à preservação do patrimônio: Bitcoin, Solana e Ethereum, com diferentes porcentagens de alocação.
Já no perfil moderado, o objetivo dos especialista do MB foi priorizar investimentos com grande potencial de retorno e ativos já consolidados no mercado. Para isso, além do investimento em BTC, foram considerados ETH, SOL e outras altcoins nos segmentos de DePin (Redes de Infraestrutura Física Descentralizadas) e DeFi (Finanças Descentralizadas), e porcentagem mínima em GameFi.
Na carteira de maior risco, a arrojada, a exposição em BTC fica limitada a 40%, sendo o restante composto por smartcoins, DePin e gamecoins. Os segmentos introduzidos possuem potenciais de médio prazo, podendo oferecer maior valorização percentual da carteira caso cresçam de forma saudável.
“Entendemos que estamos em um momento propício para o mercado entrar em seu estado de maior euforia, possivelmente embalado pelos fluxos positivos dos ETFs de bitcoin e pela expectativa do início das negociações dos ETFs de ethereum. Dito isso, enxergamos drivers positivos no horizonte que fortalecem nossa confiança neste ciclo de alta a ser observado nos próximos meses, até o final deste ano”, afirma Rony Szuster, analista de Research do MB.
Criptomoeda para ficar de olho
Quem também está com indicações é Marina Perelló, COO da Yaak Ventures. Ela destacou que o fechamento do segundo trimestre do ano caminha para um cenário sem muita empolgação para os investidores.
Segundo ela, tanto a queda das atividades on-chain impulsionadas pela redução da remuneração dos mineradores, quanto o cenário macroeconômico global, indicam um momento comedido para o mercado de criptomoedas.
Diante disso, ela indicou 5 criptomoedas para os investidores ficarem de olho, pois elas podem quebrar esse 'marasmo' do mercado e registrar valorizações.
TONCOIN: A cripto vinculada ao Telegram vem se recuperando da correção ocorrida em maio. A recente integração entre USDT e a TON Blockchain dentro da plataforma da Binance, também é um impulso para a performance da moeda.
BNB: A rede BNB concluiu seu hard fork com a promessa de otimizar o armazenamento e reduzir as taxas. No início de junho a moeda alcançou sua alta histórica, e se mantém no radar dos investidores.
BITCOIN: A moeda ainda sofre o impacto pós-halving, sinalizando que pode cair até o ponto de suporte dos US$ 60.000. Esta pode ser uma oportunidade de entrada para os investidores que têm paciência para aguardar uma nova máxima do Bitcoin.
ETHEREUM: A altcoin tem conseguido se manter 15% acima do suporte da baixa registrada em abril. As variações diárias têm se mostrado uma oportunidade para quem está muito sintonizado com o mercado e opera em curto prazo.
TETHER: Em tempos de incerteza, migrar os recursos para as stablecoins pode ser uma opção interessante. Permanecer no universo cripto, mas tendo a relativa segurança do lastro em moeda fiduciária é uma estratégia para quem quer diminuir riscos. O lançamento da Alloy, stablecoin lastreada em ouro e atrelada ao dólar, é bom motivo para ficar de olho na moeda.