Marathon Digital Holdings, a maior empresa de mineração de Bitcoin do mundo, não vendeu nenhuma de suas holdings de Bitcoin no último mês.
Apesar do Bitcoin (BTC) estar em uma tendência de queda há mais de um mês, a Marathon Digital optou por manter todos os seus Bitcoins.
Em junho, a empresa possuía um total de 18.536 BTC, no valor de mais de US$ 1,1 bilhão, de acordo com o relatório de operações da empresa publicado em 3 de julho.
A mineradora de Bitcoin afirmou que pretende continuar fortalecendo suas holdings de Bitcoin por meio de compras de BTC no mercado aberto e investindo em "outras oportunidades para aumentar seu rendimento de Bitcoin". No entanto, também observou que pode vender parte de seus BTC no futuro:
"MARA optou por não vender nenhum Bitcoin em junho. A empresa ainda pretende vender uma parte de suas holdings de bitcoin em períodos futuros para apoiar as operações mensais, gerenciar seu tesouro e para fins corporativos gerais."
Os padrões de venda de Bitcoin dos grandes detentores, como as empresas de mineração, podem ter um impacto significativo no preço do Bitcoin, especialmente desde o halving do Bitcoin em 2024, que pode estar forçando os mineradores a vender mais BTC devido à redução pela metade das recompensas dos blocos.
A Marathon, avaliada em mais de US$ 6,25 bilhões, é a maior empresa de mineração de Bitcoin do mundo, superando a segunda maior empresa, CleanSpark, em 62%. A CleanSpark tem uma capitalização de mercado de US$ 3,85 bilhões, de acordo com dados do CompaniesMarketCap.
Marathon Digital dobra sua taxa de hash operacional, a caminho de 50 EH/s até o final de 2024
A Marathon Digital dobrou sua taxa de hash operacional ano após ano para 26,3 exahashes (EH/s) em junho.
O aumento é principalmente graças a melhorias operacionais na instalação de Ellendale, que se tornou totalmente operacional no início de julho, de acordo com Fred Thiel, CEO e presidente da Marathon Digital.
Thiel escreveu:
“Nossa pool de mineração proprietária superou as expectativas, capturando 158 blocos durante o mês, um aumento de 10% em relação ao ano passado.”
A expansão da empresa está alinhada com sua meta de alcançar 50 EH/s até o final de 2024, segundo Thiel:
“Domesticamente, nossa equipe continua a otimizar nossos sites recentemente adquiridos com tecnologia de resfriamento por imersão e hardware da última geração. Com esses avanços e a expansão de nossa frota, estamos no caminho certo para atingir nossa meta de 50 EH/s até o final deste ano.”
Aquecimento via mineração de Bitcoin para apoiar a transformação energética global
A mineração de Bitcoin está se tornando uma fonte promissora de aquecimento renovável e mais empresas estão tomando nota depois que a Marathon lançou um projeto piloto que aquece uma cidade de 11.000 residentes na Finlândia.
O projeto piloto de 2 megawatts, localizado na região de Satakunta, utiliza um método chamado "aquecimento distrital", que aquece a água de forma central e a distribui através de uma rede subterrânea de tubos para aquecer as casas.
Isso pode se mostrar um método à prova de futuro para aquecer casas, já que as máquinas de mineração de Bitcoin produzem uma quantidade significativa de calor excedente.
Sistemas de aquecimento baseados na mineração de Bitcoin poderiam reduzir as emissões de carbono e diminuir os custos de aquecimento no futuro, de acordo com Thiel, da Marathon Digital:
“A integração do processamento de ativos digitais com o aquecimento distrital pode reduzir as emissões de carbono, baixar os custos e minimizar o calor desperdiçado, levando a uma maior sustentabilidade e economias econômicas para indústrias e usuários finais. Estamos ansiosos para expandir nossa presença global como líderes no aproveitamento do processamento de ativos digitais para apoiar a transformação energética.”