Os especialistas do líder mundial de serviços financeiros JPMorgan Chase & Co. publicaram uma previsão de que o Bitcoin pode chegar a US$ 146.000 - ou R$ 780.000 pelo câmbio atual - no longo prazo.
Segundo um artigo da Bloomberg, a capitalização de mercado do BTC, hoje avaliada em US$ 575 bilhões, teria de aumentar 4,6 vezes para chegar a esta meta de preços. O comportamento do mercado de ouro também será decisivo para o crescimento do Bitcoin. O texto diz:
"A capitalização de mercado do Bitcoin de cerca de US$ 575 bilhões teria que aumentar 4,6 vezes - baseada em um preço teórico de US$ 146.000 - para corresponder ao investimento total do setor privado em ouro por meio de fundos negociados em bolsa ou barras e moedas, escreveram estrategistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou em um artigo. Mas essa perspectiva depende da volatilidade do Bitcoin convergindo com a do ouro para encorajar mais investimentos institucionais, um processo que levará algum tempo, eles argumentaram."
Apesar da grande valorização de preços do Bitcoin em 2020, os estrategistas mantém a cautela sobre uma alta parabólica da criptomoeda.
Desde dezembro de 2020, quando o Bitcoin superou o recorde de US$ 20.000 e entrou na fase de descoberta de preços, sem base histórica para anotar os níveis de resistência. Nas últimas três semanas, a moeda chegou a US$ 34.000 antes de uma correção nesta semana.
Apesar disso, a busca do Bitcoin por preços exorbitantes ainda é uma corrida de fundo, que deve levar tempo. Os estrategistas escrevem:
“A eliminação do ouro como moeda‘ alternativa ’implica grandes vantagens para o Bitcoin a longo prazo. (Porém,) é improvável que uma convergência nas volatilidades entre Bitcoin e ouro aconteça rapidamente e, em nossa análise, é um processo de vários anos. Isso implica que a meta de preço teórica do Bitcoin acima de US$ 146.000 deve ser considerada uma meta de longo prazo e, portanto, uma meta de preço insustentável para este ano.”
Os estrategistas ainda escrevem que as previsões de preços para este ano, chegando até US$ 100.000 - ou R$ 529.000 - também não se sustentam, apesar de grandes investidores como Paul Tudor Jones confirmarem esta aposta. Eles concluem:
“O cenário de avaliações e previsões se tornou muito mais desafiador para o Bitcoin no início do ano novo. Embora não possamos excluir a possibilidade de que a atual mania especulativa se propague, empurrando ainda mais o preço do Bitcoin para a região de consenso entre US$ 50.000 e US$ 100.000, acreditamos que tais níveis de preços se provariam insustentáveis.”
Segundo dados do Cointelegraph Markets, o Bitcoin é cotado nesta terça-feira a uma média de US$ 32.000 nas exchanges globais. No Brasil, o preço da maior criptomoeda chega a R$ 172.000.
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