O procurador-geral do presidente dos EUA Donald Trump, Jeff Sessions, chamou a Dark Web de um "grande problema" e insinuou possíveis futuros movimentos regulatórios.

Como parte de um depoimento no Comitê do Judiciário do Senado sobre o controle do Departamento de Justiça, Sessions respondeu a uma consulta da senadora da Califórnia, Dianne Feinstein, que levantou a questão do crime na Dark Web.

"Parece-me que o problema da Dark Web que está sendo usado por criminosos vai crescer nos próximos anos", afirmou Feinstein.

Sessions respondeu que o fenômeno era "preocupante" na aplicação da lei.

"Estamos muito preocupados com isso, o FBI está muito preocupado com isso", disse ele.

Discutindo o AlphaBay, o portal da Dark Web que os EUA derrubaram em julho, Sessions acrescentaou que os usuários "usavam Bitcoins e outras capacidades financeiras irrastreáveis".

"É um grande problema", concluiu.

A dor de cabeça mútua dos dois políticos sobre a Dark Web sugere um possível foco para futuras manobras sobre a privacidade digital.

Embora o testemunho tenha sido relatado de forma um tanto erronea por outros recursos da mídia como o anti-Bitcoin, Sessions, no entanto, sugeriu apenas por associação que o anonimato do Bitcoin serviu para os objetivos dos criminosos.

Essa perspectiva está desatualizada, porém, como as tendências sugerem que os usuários da Dark Web abandonaram o Bitcoin em favor de altcoins centradas na privacidade, como o Monero há muito tempo.

Uma compreensão mais ampla do Bitcoin ainda é o tema do debate para os legisladores dos EUA de forma mais geral, com a situação ao lado dos usuários enquanto ela permanecer instável.

Esta semana, a popular casa de câmbio Bitfinex anunciou que se retiraria do mercado dos EUA completamente até o dia 9 de novembro devido a barreiras regulatórias.