O relatório Onchain Report: Crypto Wallet Use Cases, feito pela Bitget Wallet, revelou que a maioria dos usuários de criptomoedas na América Latina que armazenam seus ativos em carteiras de auto custódia estão interessados em ganhar renda passiva com suas criptomoedas.
De acordo com os dados, globalmente, 46% dos usuários utilizam suas carteiras para "ganhar recompensas (airdrops etc.)", enquanto 37% buscam "ganhar rendimentos de cripto (via staking, farming)".
O relatório detalha como diferentes grupos demográficos e regiões se envolvem com a geração de renda passiva:
Millennials (30-44 anos): Lideram na atividade de geração de rendimentos (38%) e recompensas (49%), mostrando-se "ligeiramente mais ativos que a Geração Z em trading, ganhos de rendimento e holding de longo prazo". Eles integram carteiras tanto em rotinas de investimento quanto de geração de renda.
Geração Z (18-29 anos): Engajados em ganhos de recompensa (46%) e rendimento (37%). Para eles, as carteiras são "sociais, transacionais e sempre ativas", usadas para mover valor rapidamente e participar de tudo, desde pagamentos até recompensas.
Geração X (45+ anos): Focam mais seletivamente em casos de uso centrais como recompensas (41%) e rendimentos (34%).
América Latina lidera busca por renda passiva
O estudo também revelou que a América Latina lidera na busca por renda passiva, replicando no universo dos criptoativos a lógica da tradicional Poupança.
De acordo com a publicação, 41% dos usuários recorrem às carteiras como ferramentas para "geração de renda e preservação de capital", impulsionados pela inflação e acesso limitado a produtos financeiros tradicionais.
No continente africano 51% dos usuários buscam recompensas, destacando como as carteiras são usadas para geração de renda, além de transferências. Para muitos, a carteira é uma "salva-vidas financeira", oferecendo mais confiabilidade que bancos locais.
Já no sudeste asiático, 51% dos usuários participam de ganhos de recompensa, com forte engajamento em incentivos baseados em campanhas.
No Oriente Médio, ganhar recompensas (39%) é a atividade mais comum. Reflete uma base de usuários jovens e "mobile-first" energizada pela participação onchain e oportunidades impulsionadas por protocolos.
O futuro das finanças pessoais
“As pessoas não usam mais carteiras apenas para guardar e enviar cripto — elas usam para viver on-chain. Este relatório confirma o que vemos no mundo todo: as carteiras se tornaram o centro da vida digital. Seja para enviar dinheiro, ganhar recompensas ou acompanhar o mercado, os usuários estão cada vez mais ativos nas carteiras, onde o futuro da Web3 já acontece”, afirma Alvin Kan, COO da Bitget Wallet.
Essa mudança reflete uma preferência crescente por experiências all-in-one, especialmente em mercados emergentes, onde o acesso aos serviços financeiros tradicionais ainda é limitado.
Na África, 53% dos usuários usam carteiras principalmente para envio de dinheiro, enquanto no Sudeste Asiático, esse número sobe para 60%. Nessas regiões, também há alto engajamento com recompensas e pagamentos, mostrando que as carteiras são cada vez mais usadas para atividades financeiras cotidianas, onde os sistemas fiat são instáveis ou insuficientes.
Em mercados mais desenvolvidos, o uso se concentra em gestão de ativos e comércio digital. O Leste Europeu se destaca nos pagamentos cripto (41%), usados tanto para transferências P2P quanto para compras no varejo.
Já no Leste Asiático, o maior engajamento ocorre em hold de longo prazo (44%). Por sua vez, a Europa Ocidental e a América do Norte se destacam no trading e na participação em programas de recompensas on-chain, mostrando um perfil mais alinhado à gestão de portfólio e incentivos financeiros.
O relatório conclui que as carteiras de criptomoedas estão no centro da próxima fase da vida onchain e devem se integrar no cotidiano das pessoas, ao lado de apps de bancos e fintechs.