Os Estados Unidos podem ter nove fundos negociados em bolsa (ETFs) de Solana se os reguladores aprovarem, já que a gestora de ativos Invesco se juntou ao grupo de empresas que buscam expandir os produtos negociados em bolsa além do Bitcoin e do Ethereum.
Em um documento regulatório apresentado na quarta-feira, a Invesco e a Galaxy Digital propuseram o Invesco Galaxy Solana ETF, que tem como objetivo acompanhar o preço à vista da Solana (SOL), atualmente a sexta maior criptomoeda em valor de mercado.
Esse é o nono pedido de um ETF vinculado à Solana, juntando-se a propostas de empresas como VanEck, Bitwise e a gigante dos ETFs cripto Grayscale.
As empresas estão testando o interesse do mercado por altcoins após o grande sucesso dos ETFs de Bitcoin lançados no início de 2024 e os ganhos mais modestos dos fundos vinculados ao Ether (ETH), que chegaram posteriormente.
A administração Trump prometeu flexibilizar as regulamentações sobre criptomoedas, o que gerou uma onda de otimismo no setor, levando o Bitcoin (BTC) a novas máximas e incentivando diversas empresas de capital aberto a arrecadar bilhões coletivamente para investir em Bitcoin no longo prazo.
Fundo Invesco Galaxy manterá Solana diretamente
O pedido da Invesco e da Galaxy é uma declaração de registro no Formulário S-1 que informa à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) a intenção de lançar um valor mobiliário, estabelecendo que o ETF proposto manterá Solana diretamente, assim como outros ETFs concorrentes.
A custódia da Solana será feita pela Coinbase Custody, braço de custódia da exchange Coinbase, e o fundo buscará “refletir o desempenho do preço à vista da Solana”.
O ETF pretende ser negociado na bolsa Cboe BZX sob o ticker “QSOL”.
As empresas ainda precisam enviar o Formulário 19b-4, que propõe uma mudança de regra à SEC, para que o órgão inicie o processo de análise e possível aprovação do ETF.
ETF poderá fazer staking de SOL
O documento informou que a Invesco e a Galaxy poderão, “de tempos em tempos, fazer staking de uma parte dos ativos do Trust por meio de um ou mais provedores de staking confiáveis”.
Foi acrescentado que o ETF receberia recompensas em tokens Solana por bloquear parte dos SOL do fundo, o que “pode ser tratado como receita para o Trust”.
Outras gestoras que entraram na disputa por um ETF de Solana atualizaram seus registros no início deste mês para incluir linguagem e cláusulas relacionadas ao staking.
ETFs de Solana podem ser aprovados já em julho
O analista de ETFs da Bloomberg, James Seyffart, afirmou em uma nota de 10 de junho que a SEC “pode agir antecipadamente sobre os pedidos de ETFs de Solana e staking” e poderia aprová-los em julho, junto de ETFs vinculados a uma cesta de criptomoedas.
O analista sênior de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, comentou na ocasião que é hora de “se preparar para um possível verão dos ETFs de altcoins, com a Solana provavelmente liderando o caminho”.
Os analistas atribuem 90% de chance de a SEC aprovar os pedidos de ETFs de Solana. O prazo final para que o órgão aprove os produtos é 10 de outubro, e é provável que todos os ETFs de Solana sejam lançados simultaneamente para evitar vantagem competitiva entre eles.
Além de VanEck, Bitwise, Grayscale e agora Invesco, as demais postulantes ao ETF de Solana são: 21Shares, CoinShares, Canary Capital, Franklin Templeton e Fidelity Investments.
Das nove gestoras, apenas a Canary Capital ainda não lançou ETFs de Bitcoin e Ether spot, embora tenha apresentado diversos pedidos de ETFs voltados a altcoins.