O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou um concurso que convida projetos a propor soluções baseadas em blockchain para prevenir a violência contra mulheres, crianças e idosos. Empresas, empreendedores, startups e ONGs são convidados a enviar suas idéias.

O desafio, chamado "Blockchangel", foi proposto em uma aliança entre o laboratório de inovação do grupo LACChain e a Everis Foundation. Incorporar uma blockchain é um requisito da competição, e as propostas devem ser aplicáveis em qualquer lugar da América Latina e do Caribe.

De acordo com as regras do concurso, os seguintes critérios devem ser atendidos para manter a elegibilidade:

  • Nível de prevenção ("não há mais vulnerabilidade"): Espera-se que as soluções incorporem a geolocalização e detectem fatores de risco associados à violência e ao crime.
  • Nível de controle ("não há mais estigma"): os projetos devem incorporar a identificação das vítimas e ativar os protocolos de ação de acordo com os níveis de vulnerabilidade.
  • Nível de ação ("não há mais impunidade"): deve incluir um registro online com validade legal.
  • Nível restaurador ("não há mais solidão"): as submissões devem fornecer acompanhamento anônimo e suporte abrangente às vítimas.

Os vencedores terão a chance de apresentar seu projeto para financiamento.

A BID também lista os seguintes benefícios não obrigatórios:

"O projeto vencedor e os dois projetos com melhor classificação farão parte da rede de inovadores globais do Grupo BID, preparados para trocar conhecimento, experiência, melhores práticas e com amplas oportunidades para participar de eventos regionais relacionados ao Grupo BID".

Estatísticas de violência na América Latina

Segundo dados fornecidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, cerca de 300 milhões de crianças são vítimas de algum tipo de violência por parte de seus cuidadores. Desses, cerca de 15 milhões de adolescentes foram vítimas de abuso sexual.

Eles também observam que 1 em cada 10 idosos sofreu violência, enquanto 8.000 mulheres foram assassinadas na América Latina nos últimos dois anos.