O Google lançou duas atualizações para seu modelo de inteligência artificial (IA) generativa, o Gemini, em meio a uma grande polêmica que tomou conta das redes sociais em função das imagens imprecisas produzidas pelo modelo. 

Em 20 de fevereiro e novamente em 21 de fevereiro, o Gemini recebeu duas novas atualizações em seu sistema. A primeira se aplica ao Gemini Advanced, permitindo que ele agora edite e execute trechos de código Python diretamente em sua interface de usuário. Os usuários com acesso à versão avançada podem experimentar o código baseado em Python para ver como ele funciona antes de copiá-lo, economizando tempo e verificando a sua funcionalidade.

A segunda atualização foi implementada nos planos Business e Enterprise do Gemini, que agora dão aos usuários acesso ao 1.0 Ultra – um dos modelos mais avançados do Google – e empregam proteção de dados de nível empresarial. Isso impede que os modelos Gemini usem as conversas travadas no chatbot para fins de treinamento.

Isso já foi uma preocupação de grandes empresas, como a provedora de serviços móveis Samsung, que proibiu os funcionários de usar ferramentas de IA como o ChatGPT em dispositivos e redes internas de da Samsung em maio de 2023.

Essas duas atualizações se seguiram à anterior, implementada em 8 de fevereiro, por meio da qual o Google mudou o nome de seu chatbot de Bard para Gemini e incluiu muitos novos recursos e capacidades aprimorados. 

No entanto, nenhuma das atualizações mencionou qualquer alteração no que diz respeito às saídas de imagem do Gemini. Esse tópico causou recentemente um alvoroço nas mídias sociais devido a algumas imagens produzidas pelo modelo, que recriaram representações imprecisas da história.

O desenvolvedor de IA do Google, Jack Krawczyk, publicou no X que a empresa está "ciente de que o Gemini está oferecendo imprecisões em algumas representações históricas de geração de imagens" e disse que a equipe está tentando implementar soluções "imediatas".

Estamos cientes de que o Gemini está apresentando imprecisões em algumas representações históricas de geração de imagens e estamos trabalhando para corrigir isso imediatamente.

Como parte de nossos princípios de IA, projetamos nossos recursos de geração de imagens para refletir nossa base global de usuários e...

— Jack Krawczyk (@JackK)

Enquanto isso, as imprecisões de imagem do Gemini têm desagradado os usuários de redes sociais. Um usuário que afirma ser um desenvolvedor que trabalha no Google escreveu que "nunca teve tanta vergonha" de trabalhar para a empresa.

Nunca me senti tão envergonhado por trabalhar em uma empresa.

— St. Ratej (@stratejake)

Outro usuário também apontou um viés semelhante no popular chatbot de IA ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, ao solicitá-lo a criar imagens específicas.

O usuário questionou por que o ChatGPT está recebendo um "passe livre" da comunidade, sendo que apresenta o mesmo problema.

Pessoal... parece que o chatGPT tem o mesmo problema moral.

Por que eles estão recebendo um passe livre?

— Liv Boeree (@Liv_Boeree)

Em resposta, Elon Musk aproveitou para valorizar o seu próprio modelo de IA, o Grok. Ao dizer que ele é "muito importante", ele também anunciou que novas versões atualizadas serão lançadas nas próximas semanas.

Talvez agora esteja claro por que o Grok da @xAI é tão importante.

No momento, ele está longe de ser perfeito, mas vai melhorar rapidamente. A versão 1.5 será lançada em duas semanas.

A busca rigorosa da verdade, sem levar em conta as críticas, nunca foi tão essencial.

— Elon Musk (@elonmusk)

No entanto, o Grok tem sido o centro das atenções por outro motivo: por ter o mesmo nome, embora com uma grafia diferente, do chip da unidade de processamento de linguagem (LPU) de IA Groq, que foi registrado e desenvolvido em 2016. 

O Groq ganhou fama na Internet da noite para o dia depois que surgiram seus primeiros testes públicos de benchmark, que superaram os principais modelos de outras grandes empresas do setor.

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