Dados do Google Trends da última sexta-feira (2) mostraram que pela segunda vez na história das criptomoedas o Bitcoin ultrapassou o termo "Stocks" - ações da bolsa de valores - nas pesquisas do Google. 

Os dados do Google Trends mostram que, entre 2009 (data da criação do Bitcoin) e abril de 2017 (começo da incrível alta do preço do Bitcoin), as pesquisas mundiais por Bitcoin nunca ultrapassaram a das ações. Nos anos entre este intervalo, as pesquisas por ações sempre tiveram uma vantagem bem significativa em relação ao ativo digital.

No entanto, em maio de 2017, o Bitcoin superou pela primeira vez as buscas pelo termo "Stocks". O interesse pela criptomoeda aumentou ainda mais em dezembro de 2017, que colocou o termo Bitcoin no pico de popularidade de 100 enquanto o termo Stocks ficou em 25.

O Google Trends também mostra que esse nível mais alto de interesse no Bitcoin foi mantido até fevereiro de 2018, quando o termo "Stocks" voltou a ganhar a corrida.

A procura por ações manteve sua vantagem em relação ao Bitcoin entre março de 2018 e abril de 2019, mas em maio de 2019 o jogo inverteu-se novamente. As buscas semanais médias por Bitcoin, que eram mais baixas, voltaram a subir sobre as ações. Especificamente, em 14 de maio de 2019, o interesse em "Bitcoin" era 61 e em "Stocks" 53.

E como em dezembro de 2017, quando o Bitcoin atingiu o recorde de US$ 20.000 e o pico de popularidade de 100, o interesse de pesquisa na criptomoeda também subiu em 26 de junho de 2019. A subida nas pesquisas do Google coincide com a data em que o Bitcoin atingiu sua alta do ano de US$ 13.796.

Um exame mais detalhado das regiões que buscaram o ativo digital no mecanismo de pesquisa mostra que Brasil, Turquia, Nigéria, Alemanha e Argentina são os cinco principais países. No entanto, os principais países que pesquisam sobre ações são os EUA, Canadá, Cingapura, Índia e Filipinas.

Alguns analistas de criptomoedas acreditam que o anúncio da moeda do Facebook - Libra - pode ter ajudado a aumentar o número de pesquisas pelo termo Bitcoin no Google. Já que a gigante das redes sociais tem uma base de 1.6 bilhões de usuários diários, a noticia do lançamento de sua criptomoeda pode ter ajudado a difundir a principal criptomoeda mundo afora.

Apesar do alvoroço causado no mundo das criptomoedas com o anúncio da moeda do Facebook, ainda não é certo que a Libra seja lançada. Conforme reportado pelo Cointelegraph, a empresa anúnciou que não garante o lançamento do projeto devido à dificuldades em lidar com os reguladores americanos.