A massa falida da FTX, liderada pelo CEO John Ray III, entrou com um pedido para vender a Digital Custody para a CoinList por um valor significativamente reduzido de US$ 500 mil, com financiamento fornecido pelo CEO original e vendedor da DC, Terence Culver. A FTX inicialmente adquiriu a Digital Custody por US$ 10 milhões.

De acordo com documentos legais da FTX, a DC foi adquirida para oferecer serviços de custódia para a FTX US e LedgerX. No entanto, a DC não foi totalmente integrada ao ecossistema da FTX antes de o ex-CEO Sam Bankman-Fried declarar falência em novembro de 2022, três meses após adquirir a DC. A FTX comprou a empresa em duas transações de US$ 5 milhões em dezembro de 2021 e agosto de 2022.

A equipe jurídica da FTX também esclareceu que, uma vez que a FTX US não foi reiniciada, a Digital Custody tem pouco valor para a massa falida. O documento afirma: "A DCI não é mais útil para o negócio dos Devedores, dado a venda da LedgerX pelos Devedores e que é improvável que os Devedores vendam ou reiniciem a FTX US."

No entanto, a DC ainda possui uma licença de custódia da Divisão Bancária da Dakota do Sul. Após avaliar três ofertas, incluindo uma de Culver, os devedores selecionaram a melhor oferta, a capacidade de completar a venda rapidamente e uma relação benéfica com Culver, o que se acredita facilitar a aprovação regulatória de forma ágil.

A equipe jurídica da FTX mencionou que tanto o comitê quanto o comitê ad hoc de clientes não americanos da FTX.com aprovaram a transação. No entanto, como parte do acordo, a FTX pode buscar uma oferta superior para a DC até três dias antes do fechamento. Se o comprador não concluir o negócio, será imposta uma taxa de rescisão reversa de US$ 50 mil.

A falida exchange de criptomoedas FTX esclareceu que seus planos de reestruturação não incluem um reinício da empresa, mas focam em reembolsar os clientes integralmente. Em uma audiência judicial em 31 de janeiro, o advogado da FTX, Andy Dietderich, enfatizou que, apesar dos esforços extensivos, não há plano para relançar a FTX.

Antes disso, vários usuários da FTX pediram a um juiz de falências dos EUA para impedir que a exchange de criptomoedas falida avaliasse seus depósitos em criptomoedas usando os preços de 2022. Eles alegaram que essa abordagem os impedia de se beneficiar do recente aumento nos preços das criptomoedas.