A tentativa da Microsoft de adquirir a Activision Blizzard - uma iniciativa originalmente voltada para a construção de iniciativas no metaverso - encontrou um obstáculo após uma intervenção da Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos.

A FTC tentou impedir que a Microsoft adquirisse a gigante dos jogos como forma de promover uma concorrência justa em consoles de jogos de alto desempenho e serviços de assinatura. No entanto, o CEO e presidente da Microsoft, Satya Nadella, havia declarado anteriormente que a aquisição “desempenharia um papel fundamental no desenvolvimento de plataformas de metaverso”.

Em uma reclamação recente, a FTC declarou que a Microsoft e a Sony já “controlam” a indústria de jogos de alto desempenho – por meio dos consoles XBOX e Play Station – e a aquisição da Activision Blizzard aumentaria o poder da Microsoft no setor.

Holly Vedova, diretora do Bureau of Competition da FTC, observou o histórico da Microsoft em adquirir a ZeniMax e limitar a publicação de jogos populares, como Starfield e Redfall, aos consoles XBOX, acrescentando:

“A Microsoft já mostrou que pode e irá reter conteúdo de seus rivais de jogos.”

A denúncia também traça um destino semelhante para Call of Duty, World of Warcraft, Diablo e Overwatch, entre outros jogos, que pertencem ao ecossistema da Activision. No entanto, as preocupações da FTC afetam indiretamente as iniciativas de metaverso da Microsoft.

Em julho, a FTC entrou com um processo contra a gigante da mídia social Meta, alegando “seu objetivo final de possuir todo o 'metaverso'” contra rivais mais fracos e menos capazes de competir seriamente – à medida que ganha mais usuários, conteúdo e desenvolvedores”, escreveu a FTC na denúncia.

Em outubro, um acionista da Meta pediu à empresa que reduzisse seu investimento anual. De acordo com Brad Gerstner, CEO e fundador da empresa de investimentos em tecnologia Altimeter Capital, os investimentos da Meta de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões por ano na construção do metaverso podem levar uma década para render retornos.

“Um investimento estimado em mais de US$ 100 bilhões em um futuro desconhecido é gigantesco e assustador, mesmo para os padrões do Vale do Silício”, afirmou Gerstner.