Influenciadores de criptomoedas que aumentam sua influência nas redes sociais com seguidores, visualizações e curtidas falsas podem enfrentar multas da agência de proteção ao consumidor dos Estados Unidos após a finalização de regras para combater avaliações falsas.
A Comissão Federal de Comércio (FTC) afirmou em 14 de agosto que seus comissários votaram 5-0 para aprovar as novas regulamentações federais, que entrarão em vigor 60 dias após serem publicadas no Registro Federal. Isso significa que podem entrar em vigor já em outubro.
As regras proíbem qualquer pessoa de “vender ou comprar indicadores falsos de influência nas redes sociais”, incluindo seguidores ou visualizações “gerados por um bot ou conta hackeada”.
“Qualquer pessoa que estiver inflando suas visualizações, curtidas, reproduções, inscrições, etc. por meio de qualquer meio inautêntico estará violando a nova regra”, postou o advogado de publicidade dos EUA, Rob Freund, no X em 14 de agosto.
A proibição se limita àqueles em que o comprador sabia ou deveria saber que eram falsos e que representaram de forma errada sua “influência ou importância para um propósito comercial”.
A regra também proíbe fazer ou comprar avaliações falsas geradas por inteligência artificial de pessoas que não têm “experiência real” com o produto ou serviço sendo vendido — com a FTC apontando testemunhos de celebridades como um dos culpados.
Avaliações de funcionários internos da empresa ou a supressão de avaliações — sejam positivas ou negativas — também foram alvo de novas restrições, juntamente com novas regras para sites de avaliação.
As penalidades por violar a nova regra podem resultar em multas de até US$ 50.000 por violação.
“Avaliações falsas não só desperdiçam o tempo e o dinheiro das pessoas, como também poluem o mercado e desviam negócios de concorrentes honestos”, disse a presidente da FTC, Lina Khan, em um comunicado.
“A regra final protegerá os americanos de serem enganados.”
A FTC disse em outubro passado que buscaria novas regras para avaliações falsas e métricas sociais infladas falsas após anos tentando controlar o espaço das avaliações falsas.