A indústria da música tem sido há muito tempo um terreno fértil para a inovação, implementando novas tecnologias não apenas para criar música, mas também para transformar a maneira como os ouvintes interagem com ela.
Nos últimos anos, o legado de inovação da indústria continuou, mas agora como um campo de testes para as tecnologias da Web3. De royalties baseados em blockchain a tokens não fungíveis (NFTs), startups correram para redefinir a forma como os fãs se conectam com os artistas que amam e como os artistas maximizam suas plataformas.
Isso também não é um clichê que está desaparecendo — as ferramentas da Web3 sendo integradas ao processo de criação e compartilhamento de música ainda representam um futuro promissor para muitos artistas em ascensão.
Fonte: Rae Isla
No entanto, à medida que os ecossistemas digitais evoluem, uma verdade atemporal permanece: a magia da música ao vivo.
De acordo com Dave Stewart, músico conhecido por seu papel no duo The Eurythmics e cofundador da SongBits, os eventos ao vivo podem ser a peça chave que conecta a inovação da Web3 ao engajamento significativo dos fãs.
Eventos ao vivo para plataformas de música Web3
Para plataformas de música Web3 como a SongBits, os eventos ao vivo não são apenas um recurso adicional — eles são um componente crítico de sua estratégia de crescimento.
"Na SongBits, não nos vemos apenas como uma plataforma digital. A tecnologia que usamos é simplesmente uma ferramenta, um meio para um fim. O que realmente importa é a música, os artistas que a criam e os fãs que se conectam com ela", disse Stewart ao Cointelegraph.
A SongBits está prestes a realizar seu primeiro evento de caridade de Natal em Londres, juntamente com a organização Big Issue, em apoio ao trabalho da organização para acabar com a pobreza e a falta de moradia no Reino Unido. O evento contará com apresentações de artistas que estão lançando música por meio da plataforma.
Stewart explicou que eventos presenciais como este trazem uma autenticidade essencial para o que plataformas como a SongBits estão construindo no espaço digital:
"Se você está genuinamente comprometido em inovar e melhorar as artes criativas, não pode existir apenas online. Estar presente no mundo físico é vital para construir conexões reais e fomentar uma apreciação mais profunda pela música."
Stewart também enfatizou o papel único dos eventos ao vivo em colocar os artistas em destaque, dizendo que "eventos ao vivo não são apenas uma estratégia de crescimento — são uma chance de colocar os artistas no centro das atenções, onde eles pertencem".
Web3, caridade, comunidade
A SongBits também explorou como a Web3 pode contribuir para causas significativas. De acordo com Stewart, 100% de todas as vendas e doações vão para uma organização de caridade:
"A Web3 nos permite garantir total transparência em como esses fundos são administrados, dando aos fãs e colaboradores a tranquilidade de saber que seu apoio está fazendo uma diferença real."
Além da transparência nas transações, a SongBits — construída usando ferramentas da Web3 — permite formas únicas de engajamento dos fãs, como a compra de propriedade fracionada da música, com os recursos beneficiando a caridade.
"Contribuindo, eles se tornam parte de uma história compartilhada — não estão apenas ajudando uma causa, mas também aprofundando sua conexão com a música que amam", disse Stewart.
Futuro híbrido da indústria da música
Stewart tem sido ativo na indústria da música mainstream por décadas, como vencedor de múltiplos prêmios Grammy, artista do Rock and Roll Hall of Fame e produtor. Ele é um dos muitos grandes artistas a ver potencial no espaço de crossover da música Web3.
Stewart é otimista sobre o futuro papel da Web3 na música. "A indústria sempre evoluiu ao lado da tecnologia, seja na transição do vinil para o streaming ou na ascensão das redes sociais como ferramenta para descoberta de artistas", disse ele, acrescentando:
"A Web3 representa a próxima fronteira, oferecendo soluções para desafios de longa data, como transparência, compensação justa e um engajamento mais profundo dos fãs."
Em vez de substituir os modelos tradicionais, Stewart imagina um futuro híbrido onde a Web3 e as práticas convencionais da indústria da música coexistem.
"O futuro da música provavelmente será um híbrido do tradicional e do inovador, com plataformas Web3 formando uma parte crítica do ecossistema. A chave será construir ferramentas e sistemas que complementem a indústria existente enquanto oferecem oportunidades únicas para artistas e fãs", acrescentou.