Helium Mobile, uma rede móvel e sem fio descentralizada, compartilhou sua primeira atualização de progresso desde que o projeto revelou seu roadmap de produtos em junho.
A rede descentralizada de infraestrutura física (DePin) anunciou cobertura expandida, maior compatibilidade com fabricantes de hardware de terceiros e programas piloto com outras operadoras de telecomunicações para explorar a interoperabilidade da rede.
O programa de licenciamento do Helium oferece aos desenvolvedores de hardware uma oportunidade para criar e lançar hardware compatível com a rede, como roteadores, hotspots e relés sem fio que sustentam a rede de comunicação sem fio.
A RAKwireless tornou-se o primeiro fabricante de hardware a aproveitar o programa de licenciamento do Helium para seu hotspot móvel MNTD.FI Pro, que atualmente está disponível apenas nos Estados Unidos.
O Helium também está tentando facilitar a integração entre outras operadoras sem fio e sua rede descentralizada por meio do framework OpenRoaming, um padrão sem fio desenvolvido pela Wireless Broadband Alliance.
Helium constrói sobre parcerias anteriores
No início de 2024, a empresa de telecomunicações Telefónica anunciou uma parceria com a rede Helium para expandir a cobertura sem fio no México.
A parceria permitiu que os assinantes da Telefónica na Cidade do México e em Oaxaca se conectassem a hotspots móveis Helium nas proximidades, aliviando o tráfego da rede da Telefónica e aumentando a cobertura da rede em áreas remotas.
DePin tentando revolucionar a infraestrutura tradicional
As redes descentralizadas de infraestrutura física estão novamente em destaque, com o setor se classificando entre os mais lucrativos no primeiro semestre de 2024. De acordo com dados da BitEye, o DePin retornou uma média de 58,74% aos investidores.
Essas redes permitem que indivíduos e comunidades assumam o controle da infraestrutura física ao seu redor e obtenham um retorno fornecendo serviços, mantendo e atualizando a infraestrutura.
Serviços públicos regulamentados, como provedores de serviços de internet, empresas de energia e empresas de telecomunicações, são notoriamente empresas de capital intensivo que requerem grandes somas de investimento inicial para fornecer a infraestrutura e a mão de obra para seus serviços.
Devido aos custos excessivos, as empresas de serviços públicos possuem proteção monopolística em jurisdições locais. Elas trabalham com governos locais para definir preços e políticas em troca de serem o único provedor com o direito de fornecer serviços para a área geográfica.
Os defensores do DePin argumentam que essas redes distribuídas podem revolucionar a internet e as grandes empresas de tecnologia, reduzindo as barreiras de entrada para serviços públicos regulamentados que controlam os mercados por meio de captura regulatória.