O setor de criptomoedas teve um grande crescimento no ano passado, em grande parte graças ao boom das finanças descentralizadas (DeFi). Alguns acreditam que o setor DeFi se assemelha à bolha da oferta inicial de moedas (ICO) de 2017. Outros discordam, observando que as duas épocas são comprovadamente diferentes.

"Pelo menos na bolha da ICO de 2017, houve um esforço para se ter uma ideia e se escrever um white paper dela", disse o trader de derivativos, analista financeiro e apresentador do YouTube, Tone Vays, à Cointelegraph.

"No mundo da yield farming, você nem mesmo precisa fazer isso, você apenas imprime dinheiro e dá para aqueles que estão apostando enquanto rezam para que alguém compre deles antes que o Ponzi acabe."

O DeFi se expandiu extraordinariamente rápido em 2020. Projetos com nomes de alimentos subiram de preço antes de despencar de volta à terra. Um ativo, o YFI, disparou de menos de US$ 1.000 para US$ 40.000 em um período de dois meses.

As ICOs de fato acumularam especulações exuberantes em 2017, coisa que alguns consideram semelhante à tendência atual do DeFi. Muitos projetos naquela época vendiam tokens especulativos em um ambiente do tipo crowdsale, acumulando milhões de dólares em investimentos em minutos. Muitas vezes, esses projetos foram baseados em pouco ou nenhum produto ou utilidade, e bem poucos garantiram qualquer aparência de conformidade regulamentar antes do lançamento.

"O DeFi não é o mesmo que a mania de ICOs de 2017", disse o co-fundador da exchange de criptomoedas Gemini, Cameron Winklevoss, em um tweet de 22 de setembro.

"Naquela época, o dinheiro era levantando com uns meros papéis brancos escritos em cafeterias. O DeFi já está vivo e trabalhando em liberdade. Bilhões de dólares estão em trabalho, ganhando rendimento positivo. Não se trata de vaporware hipotético, é real."

No passado, Ryan Selkis da Messari fez referência a DeFi e ICOs juntos também, prevendo, no fim das contas, o fim da bolha DeFi.

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