Os mercados de criptomoedas entraram no ano sendo impactados por crescentes preocupações macro. Embora as próprias preocupações possam ter mudado, o grau em que elas impactam o mercado permanece elevado. Isso levou a um trimestre volátil definido por uma mistura de medo e hype em torno dos NFT’s e tokens de Metaverso.

A última semana do trimestre foi agitada. O mercado passou por uma volatilidade considerável, felizmente com tendência de valorização. Uma das séries de NFT mais populares - Azuki - também lançou NFTs adicionais para seus detentores. Tudo isso enquanto a ponte Ronin da Axie Infinity foi hackeada em de cerca de US$ 600 milhões no que pode ser o maior hack de todos os tempos no setor.

Na noite de segunda-feira, o preço do Bitcoin já havia aumentado para quase US$ 48.000, onde se consolidou por alguns dias. Os participantes do mercado não conseguiram mover o BTC em nenhuma direção. Tudo isso mudou na quinta-feira, mas, infelizmente, os ursos assumiram e empurraram o preço de volta para US$ 45.000.

Fonte: ITB

O resto do mercado seguiu os passos do Bitcoin com certas exceções óbvias. Ethereum subiu cerca de 8%, BNB – cerca de 5%, AVAX – 8%. Solana conseguiu aumentar em 26% com as notícias da integração do OpenSea, enquanto o LUNA aumentou 10,9%, já que Do Kwon não parece interessado em interromper as compras de Bitcoin para o tesouro do UST.

Apesar da turbulência macro, o Bitcoin superou os índices financeiros tradicionais. O Bitcoin recuperou a maior parte de suas perdas trimestrais, enquanto o S&P 500 e a Nasdaq 100 encerraram o primeiro trimestre de 2022 com retornos de -3,4% e -7,65%, respectivamente. O Ether, como a maioria dos outros criptoativos, registrou perdas de dois dígitos.

Bitcoin como Porto Seguro: dúvidas 

Nos momentos mais incertos, o Bitcoin caiu junto com o resto do mercado, mas conseguiu se recuperar mais rápido.

A proposta do Bitcoin como um hedge global para a incerteza permanece incerta, embora seja promissor que em um dos trimestres mais difíceis tenha superado.

No entanto, as altas correlações que o empurraram para baixo no início do ano parecem ser a força que o impulsiona de volta no fechamento do trimestre.

Fonte: ITB

A combinação de alta correlação com os mercados tradicionais, juntamente com seus pontos de maior volatilidade para investidores que usam Bitcoin como seu High Beta. Em outras palavras, o Bitcoin tem agido quase como uma longa exposição alavancada a mercados mais amplos.

Devido às suas altas correlações com o Bitcoin, outros criptoativos estão mais próximos em torno de umas 5 vezes de um ETF, enquanto o Bitcoin pode estar mais próximo ao S&P 500, em torno de uma 3 vezes. Segundo o gráfico acima.

Isso também levou a fortes correlações negativas com o VIX, que é o índice do dólar americano, que se beneficiaram das circunstâncias macroeconômicas. Contudo, as condições globais permanecem em grande parte incertas. Devido aos altos preços do petróleo, é improvável que a inflação esfrie.

Preços mais altos podem estar começando a afetar o crescimento, enquanto simultaneamente o Fed entra em um ciclo de alta de juros e aperto, levando os economistas a antecipar "estagflação", uma recessão ou uma mistura de ambos.

Além das dúvidas macro, vários fatores ainda apontam para uma perspectiva otimista para as criptomoedas.

Fonte: ITB

Os investidores de longo prazo agora detêm um valor recorde de quase 12 milhões de Bitcoin.

Isso aponta para uma fase de acumulação que começa depois que os investidores de longo prazo venderam durante o mercado em alta, um padrão que se repetiu várias vezes com a propriedade de criptoativos.

A convicção de longo prazo desses endereços ajuda a aliviar a pressão de venda e pode ajudar a reforçar a crença do Bitcoin como reserva de valor.

No geral, o Bitcoin segue em uma situação difícil junto com o resto da economia. Apesar disso, no entanto, dentro de sua própria microeconomia continua mostrando alguns sinais de demanda crescente e progresso em direção a marcos importantes.

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