A indústria de criptomoedas inclui uma ampla variedade de criptoativos e tokens diversificados, o que coloca pressão nas exchanges centralizadas (CEX) na escolha da moeda certa para listagens.
De acordo com dados do CoinGecko, o mercado de criptomoedas apresenta cerca de 15.000 criptomoedas, incluindo moedas como Bitcoin (BTC), stablecoins como Tether (USDT), tokens de exchanges, memecoins e outras.
Desse montante, exchanges globais como a Binance listam apenas cerca de 2,5% dos tokens, já que a Binance lista 378 criptomoedas em sua plataforma no momento da redação deste artigo, de acordo com dados do Coinranking.
As pessoas podem se perguntar qual é a melhor maneira de abordar o processo de escolha da criptomoeda certa para listagem em uma CEX. Para ajudar as exchanges a gerenciar eficientemente as listagens de moedas, a empresa de análises on-chain Nansen, colaborou com a exchange de criptomoedas Bitget, para emitir um novo relatório chamado “Discovering Token Potential for Trading and Exchange Listing” (Descobrindo o Potencial de Tokens para Negociação e Listagem em Exchanges).
No relatório, as equipes de pesquisa da Bitget e da Nansen empregaram diferentes abordagens para avaliar o potencial dos tokens, dependendo do ciclo do token. Para tokens em estágio inicial, as empresas se concentraram em métricas off-chain e tração, enquanto para tokens estabelecidos, os analistas usaram métricas on-chain.
Pesquisa da Bitget destaca critérios de listagem de tokens
Publicado em 29 de julho, o relatório conjunto combina a expertise da Bitget em dinâmicas de mercado com as análises de blockchain da Nansen, visando proporcionar aos usuários uma experiência de investimento em criptomoedas mais informada.
A Bitget destacou seus princípios fundamentais ao listar um token, como considerar o potencial de crescimento de um token, listar rapidamente ativos populares e oferecer uma ampla gama de opções aos usuários.
A equipe de pesquisa da Bitget também configurou um sistema automatizado de monitoramento de dados on-chain, que visa avaliar moedas para listagem em cinco dimensões principais, incluindo tração de mercado, verificação da comunidade, inovação tecnológica, tokenomics e segurança.
“O controle rigoroso é essencial para garantir que nenhum ativo de alto risco seja listado”, observa o relatório, acrescentando que é crucial avaliar riscos relacionados à segurança de contratos inteligentes, distribuição de tokens e outros.
Mesmo para tokens já listados, é importante observar riscos como a suspensão de negociações e a possibilidade do emissor do contrato alterar saldos. O relatório acrescenta:
“Quando se trata da distribuição de tokens, projetos onde a equipe mantém 50% dos tokens são considerados altamente centralizados e arriscados. Geralmente, endereços relacionados ao criador do token não devem deter mais de 20% do fornecimento”.
Exchanges devem selecionar tokens estrategicamente para listagem
Segundo Ruslan Fakhrutdinov, CEO e fundador de uma exchange híbrida de criptomoedas X10, exchanges menores enfrentam o desafio de não poder listar todos os tokens devido à necessidade de liquidez suficiente em cada mercado.
“Portanto, elas devem selecionar estrategicamente tokens específicos para listar”, Fakhrutdinov disse ao Cointelegraph, acrescentando que as exchanges devem evitar listar tokens não confiáveis e prevenir futuras delistagens.
Para evitar listar tokens não confiáveis, as exchanges devem pesquisar a equipe do token, o roteiro e os detalhes do projeto, afirmou Fakhrutdinov, acrescentando:
“Tokens fraudulentos geralmente têm pouca ou nenhuma informação sobre as pessoas por trás do projeto ou planos vagos e irrealistas.”