Em uma atualização de privacidade publicada em 6 de dezembro, a ConsenSys, desenvolvedora da popular carteira cripto MetaMask, disse que reduziria a retenção de dados do usuário, como endereços de carteira e endereços IP, para sete dias. Anteriormente, em 24 de novembro, a ConsenSys atualizara sua política de privacidade para esclarecer como o Infura (chamada de procedimento remoto padrão do MetaMask) processa os dados dos usuários da MetaMask. A revelação gerou polêmica na comunidade cripto em torno de questões de privacidade, levando a empresa a esclarecer que os endereços IP coletados por meio da MetaMask não serão monetizados ou “explorados”.

Estamos comprometidos em proteger a privacidade dos usuários da MetaMask. No mês passado, a atualização da política de privacidade da ConsenSys levantou questões e provocou equívocos.

Ouvimos vocês, fomos trabalhar e gostaríamos de compartilhar alguns esclarecimentos e atualizações importantes https://t.co/5HGlWFuIEq

— MetaMask (@MetaMask)

Nesta última atualização, a ConsenSys explica ainda que não armazena informações da carteira MetaMask quando os usuários fazem solicitações de “leitura” por meio do Infura, como por exemplo quando fazem login para verificar o saldo da conta. Em vez disso, os IPs e endereços de carteira dos usuários são registrados apenas após solicitações de “gravação”. Ou seja, quando fazem transações por meio dos terminais RPC da Infura. A ConsenSys também afirma que os dois tipos de dados não são armazenados juntos para permitir que seus sistemas façam inferências a partir deles.

Após o feedback da comunidade, a empresa disse que criará uma nova página de configurações avançadas para dar a todos os novos usuários a oportunidade de escolher seu próprio RPC durante a integração e a qualquer momento no futuro. Os usuários têm a opção de desativar o Infura e escolher um RPC de terceiros. No entanto, a ConsenSys adverte que:

“Do ponto de vista da privacidade, alertamos que essas alternativas podem não fornecer mais privacidade; provedores RPC alternativos têm diferentes políticas de privacidade e práticas de dados, e hospedar um nó pode tornar ainda mais fácil para as pessoas associarem as suas contas Ethereum ao seu endereço IP.”

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