A gestora de ativos europeia CoinShares firmou um acordo definitivo de combinação de negócios com a Vine Hill Capital Investment, uma empresa de aquisição de propósito específico (SPAC) listada em bolsa.

A CoinShares anunciou na segunda-feira que será listada publicamente na Nasdaq dos Estados Unidos por meio do acordo. Isso permitirá que investidores participem diretamente da negociação das ações da CoinShares, impulsionando seus planos de expansão global.

Uma SPAC é uma empresa de fachada listada em bolsa criada com o único objetivo de se fundir ou adquirir uma empresa existente. Esse modelo permite que uma empresa abra capital sem passar pelo processo tradicional de oferta pública inicial (IPO).

O acordo avalia a CoinShares em US$ 1,2 bilhão antes do novo investimento, marcando um passo significativo na expansão da empresa para os EUA.

Listagem nos EUA para atender à demanda no maior mercado de ETPs

“Essa transação representa muito mais do que uma simples mudança de local de listagem da Suécia para os Estados Unidos”, disse o cofundador e CEO da CoinShares, Jean-Marie Mognetti, acrescentando que o movimento sinaliza uma transição para a CoinShares, que busca acelerar sua ambição de liderança global.

Mognetti acrescentou que a iniciativa permite à CoinShares atender à demanda “no maior mercado de gestão de ativos do mundo”.

A CoinShares administra cerca de US$ 10 bilhões em ativos, sendo a quarta maior fornecedora de produtos de investimento em criptomoedas negociados em bolsa (ETPs), atrás apenas de BlackRock, Grayscale e Fidelity. Na Europa, lidera o mercado com 34% de participação em ativos sob gestão (AUM).

Em 29 de agosto, a CoinShares registrou US$ 32,4 milhões em lucros no segundo trimestre de 2025. A empresa também reportou um aumento de 26% em seu AUM, para US$ 3,46 bilhões. O crescimento trimestral foi atribuído à valorização do Bitcoin (BTC) e do Ether (ETH).

Fusão da CoinShares nos EUA deve ser concluída no fim de 2025

A fusão também conta com um investimento âncora de US$ 50 milhões de um investidor institucional. Os recursos devem fornecer capital adicional à empresa e ampliar seu acesso a investidores dos EUA.

“O caso dos ativos digitais como classe de investimento e da blockchain como tecnologia transformadora chegou a um ponto decisivo e não pode mais ser ignorado. Não há retorno”, disse Mognetti.

A fusão, sujeita às aprovações regulatórias e de acionistas, deve ser concluída no fim de 2025.