A mineradora de Bitcoin CleanSpark encerrou setembro com 13.011 BTC em sua tesouraria, após registrar ganhos anuais em eficiência e produção.
A empresa informou que sua produção mensal subiu 27% em relação a setembro de 2024, com 629 Bitcoins (BTC) minerados, e vendeu 445 BTC por aproximadamente US$ 48,7 milhões, a um preço médio de US$ 109.568. No relatório de sexta-feira, a CleanSpark afirmou que a eficiência da frota melhorou 26% em relação ao ano anterior, enquanto sua taxa média de hash operacional no mês foi de 45,6 EH/s.
A CleanSpark vem vendendo parte de sua produção mensal de Bitcoin desde abril como parte de um esforço para se tornar financeiramente autossuficiente. A empresa também abriu uma mesa institucional de negociação de Bitcoin para facilitar as vendas. Em agosto, a companhia gerou US$ 60,7 milhões com a venda de 533,5 BTC.
As ações da CleanSpark na Nasdaq subiram 5,28% após o relatório, acumulando alta de mais de 23% na semana, segundo o Yahoo Finance.
A capitalização de mercado de 15 mineradoras de Bitcoin de capital aberto atingiu um recorde de US$ 58,1 bilhões em setembro, acima dos US$ 41,6 bilhões em agosto e mais que o dobro dos US$ 19,9 bilhões registrados em março, de acordo com um relatório da The Miner Mag publicado em 1º de outubro.
Mineração de Bitcoin enfrenta novas pressões
Apesar do apetite dos investidores por mineradoras listadas em bolsa, o setor enfrenta ventos contrários crescentes devido ao aumento dos custos de energia e à ameaça de tarifas sobre rigs de mineração importados.
Em agosto, a The Miner Mag relatou que o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA alegou que parte dos rigs de mineração de 2024 da CleanSpark foram fabricados na China, o que pode deixar a empresa sujeita a tarifas de até US$ 185 milhões.
A Iris Energy (IREN), a maior mineradora de Bitcoin por valor de mercado, também contestava uma disputa tarifária de US$ 100 milhões com a agência.
Como a Cointelegraph informou em agosto, a tarifa efetiva sobre máquinas fabricadas na China era de 57,6%, enquanto rigs vindos da Indonésia, Malásia e Tailândia enfrentam tarifas de 21,6%.
A dificuldade da mineração de Bitcoin também atingiu máximas históricas em setembro e outubro, o que significa que os mineradores precisam gastar mais poder computacional e energia para produzir a mesma quantidade de Bitcoin.