A China planeja finalmente realizar o primeiro teste de sua moeda digital do banco central (CBDC) no mundo real, afirmam novas reportagens.

De acordo com o canal de notícias local Caijing, em 9 de dezembro, o teste inicial da CBDC está programado para a cidade de Shenzhen antes do final de 2019 e pode incluir a cidade de Suzhou.

Bancos em uma “corrida de cavalos” para a moeda digital

Sob os auspícios do Banco Popular da China (PBoC) - o banco central do país - quatro grandes bancos e participantes econômicos do calibre da China Telecom, testarão pagamentos em moeda digital.

"Um passo será selecionar racionalmente a área de verificação a ser testada, o cenário e o escopo do serviço e promover constantemente a introdução e aplicação da forma digital da moeda fiduciária", explica o Caijing. O artigo prossegue:

“Comparado com o teste anterior, desta vez o projeto piloto legal de moeda digital de banco central sairá do sistema do banco central e entrará em cenários de serviços reais, como transporte, educação e tratamento médico, alcançando usuários finais e gerando aplicações frequentes.”

Em Shenzhen, o PBoC está incentivando o que descreve como uma "corrida de cavalos" - cada banco gerenciará a moeda digital de maneira diferente, competindo entre si para garantir a adoção mais ampla de seu modelo no futuro.

O Caijing acrescentou que outras localidades podem ser incluídas nos testes, mas os detalhes exatos não foram especificados.

PBoC vence competição mundial

A estreia fará do PBoC o primeiro banco central do mundo a emitir uma moeda digital, capitalizando os esforços da China na adoção da tecnologia financeira neste ano.

Como o Cointelegraph relatou, a própria moeda está em desenvolvimento há vários anos e já estava em um estágio avançado quando Pequim endossou oficialmente o uso da tecnologia blockchain em outubro.

Enquanto isso, as críticas aos planos da CBDC continuam, com análises observando a interoperabilidade como um importante ponto de discórdia nos planos.

Na semana passada, o Cointelegraph lançou sua versão chinesa, o Cointelegraph China, para cobrir os desdobramentos no espaço chinês.