Em 29 de maio, a rede de camada 2 do Ethereum, Celo, anunciou a integração do protocolo CCIP da Chainlink para interoperabilidade cross-chain.
O diretor executivo da Celo, Eric Nakagawa, emitiu uma declaração após a implantação do CCIP na Celo: “A infraestrutura canônica de interoperabilidade cross-chain pode acelerar o crescimento e a adoção a longo prazo do ecossistema Celo.” Nakagawa acrescentou: “Como a única solução de interoperabilidade que alcança segurança de nível 5 cross-chain, o CCIP oferece uma ótima opção para desenvolvedores, fundadores e a comunidade em geral considerarem e adotarem.”
A interoperabilidade cross-chain continua sendo um foco central da indústria de blockchain, à medida que a tokenização de ativos do mundo real está prestes a se tornar a próxima grande fronteira para o crescimento.
De acordo com a Chainlink, o total de todos os ativos do mundo real representa um valor impressionante de US$ 874 trilhões. Mesmo uma pequena porção desse valor vindo para a blockchain pode causar um impacto significativo.
Infelizmente, esses ativos estão espalhados por várias plataformas, indústrias e cadeias, causando problemas de eficiência e liquidez para investidores e especuladores que desejam desbloquear o valor embutido em ativos tradicionalmente ilíquidos, como imóveis e colecionáveis.
Protocolo CCIP da Chainlink
É aqui que entra o protocolo CCIP da Chainlink. Ele atua como uma espécie de ‘camada 0’ para a comunicação cross-chain entre blockchains públicas e até mesmo a arquitetura financeira tradicional.
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Em 2023, a Chainlink conduziu com sucesso um teste piloto com a SWIFT — o protocolo internacional de mensagens para comunicação entre bancos.
A rede de oráculos e protocolo de interoperabilidade também realizou um teste experimental similar com a Depository Trust and Clearing Corporation (DTCC) e vários parceiros bancários, incluindo JP Morgan e BNY Mellon, para trazer ativos do mundo real para o blockchain.
Os experimentos da Chainlink com a SWIFT e a DTCC destacam as potenciais sinergias entre blockchain, bancos tradicionais e negócios internacionais.
Problemas existentes com transações internacionais
Atualmente, as transações internacionais são lentas, caras e ineficientes, com uma série de intermediários se inserindo na transação.
Processadores de pagamento, bancos, empresas de cartões de crédito e processadores de informações participam da transação, cada um levando sua parte na forma de taxas e desacelerando a transação.
Além disso, a conformidade regulatória também atrapalha as transações com ineficiências e taxas caras que dificultam a finalização da transação e impedem que players menores realizem negócios internacionalmente.
Grande parte do mundo dos negócios ainda opera com tecnologia desatualizada na era digital, razão pela qual muitas vezes leva dias para uma transação bancária tradicional ser processada. Isso também se aplica a transações simples e domésticas que não dependem de mensagens internacionais.