O preço do Bitcoin fecha abril com sinais claros de força para maio. Com o ativo rondando os US$ 95 mil, analistas acreditam que a maior criptomoeda do mundo se prepara para um novo rali explosivo e alertam: "o momento de entrar é agora. Esperar demais pode significar perder a próxima grande alta".

O analista conhecido como Credible Crypto, afirma que o BTC mostra forte absorção de vendas. Segundo ele, mesmo com o enfraquecimento na pressão compradora em torno de US$ 90 mil, o preço continua subindo — um sinal inequívoco de que grandes players seguem acumulando Bitcoin.

“O Bitcoin está muito saudável. Só pensaria em abrir posições longas nesse momento”, escreveu Credible. Ele prevê que o BTC pode atingir entre US$ 125 mil e US$ 135 mil antes de os altcoins acompanharem.

Institucionais entram forte e BTC vira “hedge” contra riscos financeiros

O banco britânico Standard Chartered também reforçou o otimismo com o Bitcoin. Em relatório recente, o chefe de pesquisa em ativos digitais do banco, Geoffrey Kendrick, projetou que o BTC deve bater US$ 120 mil até o fim do segundo trimestre de 2025. Ele cita o crescimento da demanda institucional e o movimento de capital para fora dos ativos dos EUA como gatilhos para a alta.

Mais ousado, o banco espera que o Bitcoin chegue a US$ 200 mil até o fim de 2025. No documento divulgado no dia 28 de abril, Kendrick afirma que o BTC é hoje um hedge mais eficiente do que o ouro contra riscos sistêmicos, como colapsos bancários ou crises da dívida pública.

“Bitcoin é mais eficaz por ser descentralizado. Já o ouro responde melhor a riscos geopolíticos”, destacou.

Enquanto isso, os altcoins seguem no radar, mas ainda parados. Credible alerta que só depois do BTC renovar sua máxima histórica os investidores devem ver altcoins como CRV disparando. Isso sugere um movimento típico de mercado: o BTC lidera e, em seguida, as criptos menores o acompanham em alta.

Outro nome forte do mercado, Arthur Hayes, fundador da BitMEX, reforçou a busca por fundamentos sólidos. Em entrevista ao The Rollup, ele afirmou que só investe em protocolos que atraem usuários dispostos a pagar por serviços, sem depender apenas de emissão de tokens.

Hayes citou como exemplo a Hyperliquid (HYPE), um protocolo layer-1 com DEX própria que cresceu rapidamente. Ele também criticou projetos como o Uniswap (UNI) por não oferecerem recompensas claras aos seus usuários.

Bitcoin chega em maio fortalecido

“O mercado passa por uma fase de transição: enquanto o Bitcoin se fortalece como ativo de proteção, as altcoins seguem pressionadas pela dominância elevada e pela baixa tração em meio à cautela macroeconômica", disse o analista Taiamã Demaman, analista-chefe da Coinext.

Ele aponta que o Livro Bege, relatório do Federal Reserve, apontou pressões inflacionárias e expectativa de aumento nas demissões, evidenciando os impactos das tarifas sobre a economia americana. Em meio à cautela macroeconômica, o S&P 500 tenta sustentar os 5.781 pontos, enquanto o mercado aguarda os dados do PIB e do núcleo do PCE previstos para esta semana.

Nesse contexto, segundo o analista, o Bitcoin se destaca com aproximadamente US$ 4 bilhões em aportes em ETFs na última semana, sinalizando maior confiança dos investidores institucionais. O mercado futuro segue próximo das máximas, refletindo apetite por risco tanto no mercado à vista quanto em operações estruturadas com oportunidades de arbitragem. Além disso, o equilíbrio entre compradores e vendedores, indicado pelo Long/Short Ratio (LSR), favorece os comprados, o que pode ajudar a sustentar o movimento de alta no curto prazo.

Demaman aponta que a dominância do BTC atinge 62,4%, mostrando força frente às altcoins. Enquanto isso, o indicador de Altseason permanece próximo das mínimas históricas, sugerindo uma possível janela de entrada para altcoins, ainda que dependente da confirmação de tendência do Bitcoin em prazos menores.

"Abril mantém um viés positivo, com o Bitcoin segue sustentando o suporte em US$93.772 e mirando os US$96.850. Se o movimento continuar, os alvos se estendem para US$101.583 e, no cenário mais otimista, até US$122 mil no fim do trimestre. Por outro lado, a perda de US$78.780 acenderia o alerta para uma correção até US$70.300", disse.

Altcoins seguem sob pressão com dominância do BTC

“Acredito que o atual avanço da dominância do Bitcoin mostra claramente como o capital segue concentrado nos ativos mais consolidados, em especial o BTC. Isso tem impacto direto no comportamento das altcoins, que, na minha visão, ainda enfrentam um cenário desafiador para ganhar tração de forma ampla", afirmou.

Para o analista, se o Bitcoin mantiver os fechamentos acima de US$93,7 mil, pode abrir espaço para uma lateralização saudável no curto prazo, e isso costuma favorecer repiques pontuais nas altcoins com maior capitalização. Nessa fase, vejo boas oportunidades para posicionamentos seletivos, focando em projetos com fundamentos sólidos e boa liquidez.

Por outro lado, ele afirma que se o BTC perder o suporte dos US$93,7 mil e a dominância recuar abaixo de 62,5%, acredito que o mercado de altcoins deve sofrer com novas correções. Por isso, minha recomendação é aguardar os fechamentos mensais antes de ampliar a exposição, especialmente em ativos mais voláteis ou de menor respaldo econômico.”

“Olhando para o mercado futuro, acredito que o viés predominante ainda é de alta, embora com sinais claros de cautela. O open interest, que mede o volume total de contratos futuros em aberto, permanece próximo das máximas históricas, sinalizando forte interesse dos investidores em se posicionar no mercado. Já o Long/Short Ratio (LSR), atualmente em 0,63 na Binance, indica que há mais posições compradas do que vendidas, o que reforça a expectativa de manutenção do movimento positivo no curto prazo", afirma.

Mesmo com parte dos contratos ainda apostando na queda, a combinação entre o fluxo bilionário nos ETFs e essa estrutura técnica favorece, na minha visão, uma perspectiva construtiva. Para que vejamos novos saltos de preço, será fundamental o surgimento de uma nova onda direcional no open interest , algo que pode acontecer com a aproximação dos próximos eventos macroeconômicos relevantes”

“Se eu compro um token, quero saber como vou ser recompensado. Pode ser via buybacks, APY, o que for. Mas o incentivo precisa estar claro.”