A Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) anunciou uma parceria com a Softline, uma empresa global de tecnologia, com o objetivo de ajudar na promoção e desenvolvimento da indústria IoT no Brasil, segundo comunicado compartilhado com o Cointelegraph em 25 de setembro.
De acordo com o comunicado, o acordo busca facilitar o acesso à tecnologia da informação (IT) aliada à tecnologia operacional (OT) por empresas de diferentes segmentos, garantindo o alinhamento às demandas do negócio e a resolução de questões relacionadas à cibersegurança, escalabilidade de processamento de dados e estratégia de cloud.
"Um dos grandes desafios para a evolução dos projetos de IoT no mercado é a distância entre tecnologia da informação e automação industrial. A Aliança IoTeam vai dar um empurrão nesse desenvolvimento, uma vez que facilitará o acesso a fornecedores especializados e experientes nos segmentos de negócios priorizados pela aliança, que oferecem tecnologia de ponta a ponta e soluções como serviços baseados na nuvem", afirma Eduardo Borba, Presidente da Softline no Brasil.
A ABINC destaca que a parceria oferece uma estrutura especializada e unificada, desenvolvida para sincronizar os interesses e objetivos de IT e OT e prover soluções abrangentes, compostas por hardware, software e serviços especializados para adoção e gestão dos equipamentos conectados, independentemente do nível de maturidade do negócio.
"Com isso, empresas focadas em tecnologia filiadas à ABINC como Konitech, MOB e Oransys, focadas na tecnologia operacional e a própria Softline, focada na tecnologia da informação, unirão esforços para facilitar a adoção de forma segura e escalável da Internet das Coisas e evitar os conflitos que normalmente acontecem quando a empresa tem que lidar com a IT e OT de forma separada, como problemas de comunicação e a dificuldade do acesso ao orçamento adicional para garantir a longevidade das iniciativas de IoT", salienta o comunicado.
Flávio Maeda, Presidente da ABINC, afirma que a IoT exige uma combinação de tecnologias, produtos e serviços diferentes, e isso demanda uma oferta integrada e coordenada de várias empresas.
"A parceria com a Softline vem para ajudar os nossos associados a montar todo esse quebra-cabeças e auxiliar as empresas na implementação da Internet das Coisas de forma segura e escalável", destaca ao comentar que, muitas vezes, as empresas conseguem experimentar as novas tecnologias internamente, validar o modelo de negócios mas na hora de expandir, não conseguem fazer com recursos próprios e não sabem onde encontrar a solução que precisam no mercado.
Maeda ainda destacou que, "A medida que a iot se expande, cresce também a necessidade de se utilizar medidas seguras e automatizadas de se habilitar esses dispositivos a redes e processos. O blockchain entra nesse cenário para garantir a proteção dessas comunicações, evitando que os dispositivos IoT sejam comprometidos por ciberataques e evitar que padrões comportamentais dos usuários sejam revelados."
Como noticiou o Cointelegraph, a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou em 25 de setembro o projeto de lei 7.656/17 que concede uma serie de benefícios para impulsionar a industria de Internet das Coisas, IoT, no Brasil.
A proposta aprovada zera o valor de taxas e contribuições incidentes sobre as estações móveis de serviços de telecomunicações que integrem sistemas de comunicação máquina a máquina (conhecido como tecnologia M2M). O texto isenta de Fistel, CFRP e Condecine dos dispositivos de internet das coisas.
A proposta já havia sido aprovada nas comissões de Finanças e Tributação e de Ciência e Tecnologia e agora segue para aprovação do Senado Federal. O projeto de lei aprovado é de autoria dos deputados Vitor Lippi (PSDB-SP) e Odorico Monteiro (PSB-CE) e altera três artigos da Lei nº 12.715/17, reduzindo a zero o valor da Taxa de Fiscalização de Instalação (TFI), da Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF) do Fundo de Fiscalização em Telecomunicações (Fistel).