Após o pedido de falência de Capítulo 11 da BlockFi no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito de Nova Jersey, surgiram relatos sobre as práticas de gerenciamento de risco e a cultura administrativa da empresa de empréstimo de criptomoedas.

Já em 2020, a cultura da empresa desencorajava os funcionários de “descrever riscos em comunicados internos por escrito para evitar responsabilidades”, disse um ex-funcionário da BlockFi à Forbes.

Embora a BlockFi afirmasse que o gerenciamento de riscos era parte essencial de seu DNA e um aspecto central para a sua missão empresarial, os relatos que vieram à tona pintam uma imagem diferente. Os executivos da BlockFi parecem ter priorizado o crescimento agressivo, enquanto ignoravam os profissionais de gerenciamento de risco que tentavam fazer seu trabalho.

De acordo com um ex-funcionário, uma equipe interna da BlockFi manifestou preocupaçõa sobre o fato de o pool de mutuários estar muito concentrado entre baleias cripto, incluindo os mega fundos de hedge Three Arrows Capital e Alameda Research. A administração teria respondido que os empréstimos eram garantidos.

Os relatos recentes sobre o gerenciamento de risco e a cultura administrativa da BlockFi parecem contrariar a imagem que a empresa de empréstimos de criptomoedas vendia para seus clientes. Em uma postagem no blog oficial da empresa que foi atualizada após o colapso do FTX, a empresa sustenta: “Gerenciamento de risco é uma das principais vantagens e diferenciais estratégicos da BlockFi, fortalecendo nosso histórico de entrega de pagamentos de juros líderes de mercado, acesso a fundos de clientes e preservação do capital do cliente em qualquer condição de mercado.”

Durante o primeiro dia de audiências em seu processo de falência, um advogado da BlockFi disse que o a empresa tem cerca de US$ 355 milhões presos na FTX, enquanto a empresa irmã da exchange falida, Alameda Research, não honrou o pagamento de um empréstimo de US$ 680 milhões.

Embora a FTX e a Alameda devam à BlockFi cerca de US$ 1 bilhão, o compromisso pode ter sido comprometido pela linha de crédito de US$ 400 milhões  oferecida à BlockFi pela FTX.US em 1º de julho.

A BlockFi, que anteriormente negara ter a maioria de seus ativos custodiados na FTX, citou o colapso da exchange como causa de seus problemas.

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