Assim que terminou a principal conferência da BlockShow Asia 2017, o Cointelegraph tem te atualizado sobre as companhias que fizeram esforços significantes no evento. Dessa vez vamos descobrir uma companhia chamada INK e entender a perspectiva do COO Daniel Zhai.

Daniel Zhai nos contou sobre a próxima revolução no ambiente do Blockchain no cenário criativo. Então se você for um artista e estiver cansado de ter outras pessoas copiando seu trabalho ou de ter intermediários embolsando muito do seu dinheiro, a INK é a plataforma certa para você se filiar.

Cointelegraph: O que é a INK? Podemos dizer que é uma plataforma de Blockchain onde indivíduos da área da criatividade não são ferrados pelo sistema?

Daniel Zhai: Sim, está certo. Não poderia ter colocado de maneira melhor. A INK é um conjunto de soluções de Blockchain para a indústria da criação, principalmente para os artistas. Se você quer fazer um projeto de arte, você vai querer garantir seus direitos a criação do seu projeto. Se você é um escritor - você escreve algo em seu artigo em seu blog e alguém diz "Ok. Essa é uma boa ideia! Isso é bom, você sabe, pensamentos e palavras lamentáveis." E então eles colocam isso em seus livros. Então não existe maneira de você provar que foi você quem escreveu.

CT: E existe o aspecto legal disso, que muitas pessoas não entendem, certo?

DZ: Com a internet e a indústria tradicional, o encorajamento está por toda parte. se você escreveu uma música, e eu escrevi uma música e elas são muito parecidas quem vai dizer que eu escrevi ou você escreveu a música. Não! Não existe a solução perfeita para isso. Mas, se você registra o seu trabalho em uma Blockchain que garante a sua autoria. Ela será sua e ninguém vai tira-la de você.

Esse é o primeiro passo que já estamos fazendo há mais de um ano - para realmente expandir a visão. Nossos segundo e terceiro passos é tokenizar seus projetos de arte. Se você quer fazer um filme, e é um artista jovem, está fazendo algo bem ambicioso. Você não conhece pessoas na indústria, você não tem os recursos, e você sabe como distribuir seu trabalho. Então você está ferrado. É por isso que artistas jovens realmente precisam de uma maneira para arrecadar para seus projetos.

Nos nossos segundo e terceiro passos, teremos uma cripto plataforma de crowdfunding - se você quer fazer um filme, um álbum ou qualquer coisa do tipo, você pode arrecadar fundos com a INK. Também, assim que os tokens do seu projeto se tornarem populares você poderá alista-los na nosso balcão de câmbio - um ambiente de câmbio desenhado por artistas.

CT: Em que ela será diferente de outras plataformas como Kickstarter ou mesmo Patron? Existem muitas plataformas que ajudam artistas e recebem por eles. Como a INK será diferente?

DZ: Essa é a melhor pergunta que já recebi, obrigado, Quando você tem uma ideia e outros não, você e eu queremos fazer uma garrafa de água bonitinha. O seu design da garrafa qualquer um pode copia-lo e coloca-lo no Kickstarter. Como você pode provar que o design é seu? Não, você não pode. Mas no Blockchain você pode.

Vamos admitir, Kickstarter não tem um Blockchain. Nós temos. Também no Kickstarter existe o risco do fiat, e eles desenvolveram esse enorme quantidade de projetos onde escolhem os melhores, e muitas vezes, bons projetos ficam pra trás.

Para ser honesto no conteúdo somos muito parecidos com o Kickstarter mas damos a cripto para as pessoas. E o mercado é muito líquido por isso quando você arrecada para seu projeto - mesmo que não tenha uma apresentação fantástica, ou um ótimo website ou uma boa apresentação de suas ideias. Mas se você for um diamante bruto -  seremos quem te ajudou a brilhar, e você sabe, se descobrir.

CT: Também, existe uma psicologia por detrás do mercado. Existe um sentimento de que se é cripto é mais provável que seja gasto. De qualquer maneira, esta será uma área onde eles não precisam ficar, podem ser diamantes em estado bruto mas podem ter um lugar e assim foi como muitas dessas plataformas começaram, certo? Pessoas chegam e criam conteúdo? Mas conforme essa plataforma cresce e vira a 2.0, 3.0 e então começa uma disputa entre o número um e o dois - isso acontecerá com a INK também?

DZ: Nós temos alguns competidores mas eles não estão fazendo isso direito. Eles fazem algo que é muito diferente do ideal. Trabalhamos com os melhores advogados no mundo para desenvolver nosso sistema de tokens de maneira legal e ainda temos os melhores desenvolvedores. Temos vários PhDs da minha faculdade UCL trabalhando no lado da tecnologia. Então acho que temos o melhor possível.

CT: Tem mais uma coisa: Qual é seu sentimento sobre o mercado criativo de hoje em dia, onde as pessoas estão constantemente trabalhando de graça, artistas podem ser explorados, certo? Graças a exposição podem não ser remunerados o suficiente. E ai os pequenos trabalham para os grandes?

DZ: Esta é a velha indústria, existe uma clara hierarquia. É como uma piramide. Se quer chegar no topo precisa conhecer alguém, ter muitos recursos e ter pessoas atrás de você que te ajudem. Então não é fácil para os artistas jovens. Quando são jovens tem a juventude e a maior energia para criar; São muito inovadores enquanto jovens e menos ativos quando envelhecem.

Por exemplo uma cantora jovem só ganha dez por cento de tudo que produz. Se você tiver alguém como Michael Jackson ai pode ser que fique com uns vinte por cento, mas os intermediários e os de cima da piramide vão sempre ficar com a maior parcela do que um artista cria. Essas são algumas das dificuldades dessa indústria e estamos aqui para mudar isso.

Não importa se o artista já é consagrado, estabelecido ou iniciante, essa plataforma é para todos eles. Dinheiro tem sido conquistado e alguém está tomando uma grande parcela dele. E especialmente para artistas iniciantes, você sabe, é ai que você recebe um empurrãozinho da INK.