O CEO da BlackRock, Larry Fink, participou de uma entrevista na conferência do Fórum Econômico Mundial em Davos para discutir o futuro das moedas digitais e disse que o Bitcoin (BTC) poderia subir para US$ 700.000 por moeda em meio a temores de desvalorização da moeda.
O CEO disse que alocações coletivas pequenas de gestores de ativos, entre 2%–5%, poderiam impulsionar tal aumento de preço. Fink disse à Bloomberg:
“Se você está com medo da desvalorização de sua moeda ou está preocupado com a estabilidade econômica ou política de seu país, você pode ter um instrumento internacional chamado Bitcoin que superará esses medos locais.”
“Portanto, sou um grande defensor da utilização disso como um instrumento”, continuou Fink. O CEO da BlackRock também qualificou suas declarações, acrescentando que não estava promovendo o Bitcoin.
Fink também disse estar preocupado com a possibilidade de inflação elevada nos próximos 12 meses e alertou sobre o perigo de presumir que os níveis máximos de inflação já foram alcançados.
Oferta monetária M2 1969–2024, uma medida da quantidade total de USD em circulação. Fonte: TradingView
Temores inflacionários persistem apesar de números otimistas do CPI
Os dados anuais de inflação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) para 2024 vieram ligeiramente abaixo do esperado, em 3,2%. Analistas previam 3,3%.
No entanto, alguns investidores e analistas argumentaram que o CPI, que mede a inflação com base em uma cesta rotativa de bens domésticos comuns, é uma medida inadequada da inflação.
Uma proposta de acionistas submetida à Meta em janeiro, solicitando que a empresa adote o Bitcoin como ativo de reserva, sugeriu que a taxa real de inflação poderia ser o dobro dos números relatados pelo CPI.
O National Center for Public Policy Research — um think tank que defende mercados livres — submeteu a mesma proposta de acionistas à Amazon em dezembro, citando os mesmos argumentos.
De acordo com o think tank, a inflação média do CPI nos últimos quatro anos foi de aproximadamente 4,95% e atingiu um pico de 9,1% em junho de 2022.
“Na realidade, a verdadeira taxa de inflação é significativamente maior, com alguns estudos estimando que pode ser quase o dobro do CPI em alguns momentos. Assim, os ativos de uma empresa precisam se valorizar nessas taxas apenas para empatar”, escreveu o autor da proposta.