Principais pontos:
O iShares ETH ETF da BlackRock detém 3,6 milhões de ETH, apenas 200.000 a menos que a Coinbase.
O IBIT já possui 745.000 BTC, superando as reservas da Coinbase e da Binance.
A queda nos fluxos de Bitcoin e Ether sinaliza aperto na oferta e redução da pressão de venda.
O iShares Ethereum ETF da BlackRock está prestes a ultrapassar a Coinbase como a segunda maior custodiante de Ether (ETH) do mundo, reduzindo a diferença para apenas 200.000 ETH. Com 3,6 milhões de ETH em posse, o iShares adicionou 1,2 milhão de ETH em menos de dois meses.
Nesse ritmo, pode superar a Coinbase até o fim do ano e reduzir a dominância da Binance para uma margem de apenas 1,1 milhão de ETH.
A mudança destaca uma divergência importante nas tendências de custódia. A Binance ainda lidera com 4,7 milhões de ETH, acima dos 2,5 milhões em 2019, embora o crescimento tenha se estabilizado. A Coinbase, que já foi a maior custodiante de Ether com mais de 8 milhões de ETH em 2019, viu suas reservas caírem para 3,8 milhões de ETH, uma queda de 52% em seis anos.
A rápida acumulação pela BlackRock sinaliza um realinhamento estrutural nos mercados de cripto, à medida que instituições preferem cada vez mais ETFs regulados em vez da custódia em exchanges. A aceleração das reservas dos ETFs reduz a oferta líquida e aponta para uma convicção institucional mais forte no Ether.
Esse movimento não se limita ao ETH. Os dados on-chain mais recentes mostram que as reservas de Bitcoin (BTC) do IBIT aumentaram para cerca de 745.357 BTC, superando a Coinbase com 706.150 BTC e a Binance com 584.557 BTC.
Esses desenvolvimentos reforçam a ascensão da BlackRock como a maior custodiante institucional tanto de Bitcoin quanto de Ether, consolidando sua influência sobre a estrutura de mercado das criptomoedas.
Fluxos de Bitcoin e Ether caem nas exchanges
Dados da CryptoQuant indicam que a média móvel de 30 dias dos fluxos de entrada de BTC caiu para o nível mais baixo desde maio de 2023, enquanto o BTC negocia próximo a US$ 111.000. Coinbase e Binance reportam depósitos historicamente baixos, sugerindo menor pressão de venda tanto de varejo quanto institucional.
Os fluxos de Ether contam a mesma história. A média móvel simples (SMA) de 30 dias das entradas caiu para a mínima de 25 ETH em 10 de abril, quando o ETH era negociado a US$ 1.700, apesar de atualmente estar próximo de US$ 4.600. A ausência de entradas nas exchanges em preços mais altos sugere que os investidores estão relutantes em vender, reforçando a confiança no posicionamento atual do mercado.
Ao mesmo tempo, os fluxos para ETFs mostram de onde vem a demanda. Os ETFs de Ether registraram mais de US$ 1,5 bilhão em fluxos líquidos desde a última quinta-feira, incluindo US$ 450 milhões em um único dia ontem.
Já os ETFs de Bitcoin tiveram fortes saídas de US$ 1,17 bilhão na semana passada, mas a pressão de compra retornou nas últimas sessões, com quase US$ 310 milhões em entradas nos últimos dois dias.
Em conjunto, a queda nos fluxos para exchanges e a aceleração da acumulação em ETFs destacam um cenário de oferta restrita tanto para BTC quanto para ETH, preparando o terreno para um impulso de alta sustentado até o fim do ano.
Este artigo tem caráter meramente informativo e não contém aconselhamento jurídico ou de investimento. Todas as decisões de investimento envolvem risco, e os leitores devem conduzir suas próprias pesquisas antes de tomar uma decisão.