Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de criptomoedas da BlackRock se tornaram uma máquina de geração de receita, trazendo US$ 260 milhões para a maior gestora de ativos do mundo e sinalizando um modelo de “marco” para fundos de investimento tradicionais em busca de modelos de negócio lucrativos.
Os ETFs de Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) da BlackRock estão gerando um total de US$ 260 milhões em receita anualizada, incluindo US$ 218 milhões de ETFs de Bitcoin e US$ 42 milhões de produtos de Ether, segundo dados divulgados na terça-feira por Leon Waidmann, chefe de pesquisa da fundação sem fins lucrativos Onchain Foundation.
A lucratividade dos ETFs focados em cripto da BlackRock pode levar mais gigantes do setor financeiro tradicional (TradFi) a lançar produtos de negociação regulados baseados em criptomoedas, com os ETFs cripto da BlackRock servindo como um “marco” para instituições e fundos de pensão tradicionais, disse Waidmann.
“Isso não é mais experimentação. A maior gestora de ativos do mundo provou que cripto é um centro de lucros sério. Isso é um negócio de um quarto de bilhão de dólares, construído quase da noite para o dia. Para comparação, muitos unicórnios de fintech não faturam isso em uma década.”
Waidmann comparou os ETFs à Amazon, que começou com livros antes de escalar para todos os setores. Ele afirmou que os ETFs são o “ponto de entrada para o mundo cripto”.
O crescimento dos ETFs da BlackRock é visto como evidência de que as instituições podem estender o atual ciclo de mercado cripto. Fluxos de ETFs e tesourarias corporativas podem continuar impulsionando a demanda além do tradicional ciclo de halving de quatro anos da indústria, disseram alguns analistas.
A inclusão de criptomoedas em planos de aposentadoria 401(k) nos EUA também pode se tornar uma grande fonte de capital para o Bitcoin e levar seu preço a US$ 200.000 antes do fim do ano, segundo André Dragosch, chefe de pesquisa europeia da gestora de criptoativos Bitwise.
ETF de Bitcoin da BlackRock se aproxima de marco de US$ 85 bilhões
Enquanto isso, o fundo da BlackRock está se aproximando de US$ 85 bilhões em ativos sob gestão (AUM), representando a maior parte, ou 57,5%, do mercado total de ETFs de Bitcoin spot nos EUA, de acordo com dados da blockchain Dune.
O marco chega em menos de dois anos após os ETFs de Bitcoin estrearem para negociação em 11 de janeiro de 2024.
Em contraste, o ETF da Fidelity detém apenas US$ 22,8 bilhões, representando 15,4% da participação total de mercado como o segundo maior ETF de Bitcoin spot nos EUA.
Isso torna o ETF de Bitcoin spot da BlackRock o 22º maior fundo do mundo entre ETFs de cripto e tradicionais, subindo da 31ª posição em janeiro, segundo dados da VettaFi.
Enquanto isso, os fluxos para ETFs podem ajudar o Bitcoin a alcançar outra alta histórica nas próximas semanas, segundo Ryan Lee, analista-chefe da exchange Bitget.
“Com os ETFs de BTC e ETH já atraindo enormes fluxos, o cenário macro favorece a estratégia de ‘comprar na baixa’, já que a entrada institucional em meio ao ruído regulatório ajuda a consolidar um piso positivo para os ativos de risco”, disse o analista ao Cointelegraph.