A Bitwise, emissora de fundos negociados em bolsa (ETF), apresentou uma proposta para lançar um novo fundo projetado para investir em empresas de capital aberto com participações substanciais em Bitcoin.

O Bitwise Bitcoin Standard Corporations ETF investirá em empresas “que adotaram o ‘padrão Bitcoin’” e possuem pelo menos 1.000 Bitcoins (BTC) em seus tesouros corporativos, de acordo com um registro regulatório de 26 de dezembro.

As empresas detentoras de Bitcoin precisariam ter uma capitalização de mercado de pelo menos US$ 100 milhões, uma liquidez média diária mínima de pelo menos US$ 1 milhão e um free float público inferior a 10% para serem incluídas no ETF.

Diferentemente de outros ETFs, que normalmente atribuem peso às participações de ações com base nas capitalizações de mercado das empresas, o fundo da Bitwise atribuiria peso às suas participações com base no valor de mercado dos tesouros de Bitcoin da empresa, limitado a um peso máximo de 25%.

Isso significaria, por exemplo, que a Tesla, com sua capitalização de mercado de US$ 1,42 trilhão, teria menos peso no ETF da Bitwise do que a MicroStrategy, com sua capitalização de mercado de US$ 83,5 bilhões, porque a Tesla possui 9.720 BTC, enquanto a MicroStrategy possui 444.262 BTC.

Fonte: Nate Geraci 

Isso ocorre em meio a uma onda de empresas públicas comprando Bitcoin para impulsionar os preços de suas ações, já que a criptomoeda ganhou 117% neste ano.

O Bitcoin ultrapassou seis dígitos pela primeira vez no mês passado e atingiu um pico de cerca de US$ 108.000 no início de dezembro, mas desde então caiu para ser negociado em torno de US$ 95.800.

A KULR Technology Group é a mais recente empresa pública a comprar Bitcoin, anunciando em 16 de dezembro que gastou US$ 21 milhões na compra de 217,18 Bitcoins, o que fez o preço de suas ações fechar em alta de mais de 40% no dia, alcançando um recorde histórico de US$ 4,80, de acordo com o Google Finance.

A apresentação do ETF da Bitwise ocorre no mesmo dia em que a Strive, fundada por Vivek Ramaswamy, solicitou o lançamento de um ETF dando exposição a “Bitcoin Bonds,” investindo em títulos conversíveis emitidos pela MicroStrategy e outros detentores corporativos de Bitcoin.