A Bitget revelou em sua nova pesquisa de perfil de usuário que cerca de 96% dos investidores de criptomoedas na América Latina estão otimistas com o mercado para 2024 e que 89% deles pretendem aumentar os investimentos em criptoativos no próximo ano.
Além disso, segundo a pesquisa, 63.5% dos investidores na região acreditam que o Bitcoin, irá ultrapassar a casa dos US$ 45.000 já no ano que vem. Para 60.1% dos entrevistados, o investimento em criptomoedas é o único tipo de aplicação financeira, excluindo os investimentos tradicionais como renda fixa, variável e ETFs.
Entre os motivos que levam os investidores latinos a optarem pelos criptoativos está o lucro a longo prazo (32,9%), seguido da diversificação de ativos (27,2%).
No Brasil, a pesquisa destaca que 17.9% dos usuários de criptomoedas investem em cripto há mais de cinco anos, fatia muito superior à média latino-americana de 10.2%, o que mostra o nível de maturidade do mercado financeiro brasileiro frente a outros países, e a abertura para investimentos não tradicionais.
Além disso, o Brasil está acima da média quando se trata de diversificação de ativos cripto: 81.8% dos brasileiros investem em outras moedas além de Bitcoin e Ethereum, enquanto a média na região é de 71.9%.
Enquanto 30.3% dos investidores brasileiros acreditam no retorno a longo prazo das criptomoedas, 21.4% dos argentinos consideram o investimento cripto uma alternativa para a inflação do país.
“A América Latina sempre foi uma região com um nível de aceitação de criptomoedas incrivelmente alto, sendo uma referência mundial, tanto do lado da aceitação dos usuários quanto dos projetos que se desenvolvem na mesma”, afirmou Maximiliano Hinz, diretor de Expansão para a América Latina da Bitget.
Bitcoin pode não chegar em US$ 100 mil ano que vem
O preço do Bitcoin subiu 123% em relação ao dólar até agora este ano e atingiram o maior nível desde maio de 2022 em novembro. De acordo com um relatório recente da Commodity Futures Trading Commission, os gestores de ativos aumentaram significativamente os seus investimentos, acumulando desde então perto de US$ 1 bilhão em posições long.
Assim, além do otimismo relatado pela pesquisa da Bitget, estes movimentos do mercado apontam para uma corrida de alta no lado institucional. Porém, para os analistas da Bitfinex, essas condições favoráveis podem não levar o Bitcoin para US$ 100 mil, como apontam muitas previsões.
"Embora alguns participantes do mercado estejam de olho em US$ 100.000 e alguns esperando por mais, acreditamos que o preço do Bitcoin atingirá entre US$ 60 mil e US$ 75 mil até o final do próximo ano. Esta deve ser uma faixa facilmente alcançável, considerando que o fundo da faixa de trading deste ano foi formado cerca de US$ 16.000, e atualmente estamos em US$ 41.000", disse a empresa.
Segundo a Bitfinex, entre os catalisadores para uma possível nova máxima histórica em US$ 75 mil, estão os 'famosos' halving e aprovação de um ETF spot de Bitcoin nos EUA. Porém a empresa aponta que uma nova tendência deve ganhar corpo no próximo ano: o Bitcoin 'governamental'.
“A adoção do Bitcoin em El Salvador e a adoção adicional por outras nações ou grandes empresas poderiam reforçar o valor e a credibilidade do Bitcoin. Um grande desenvolvimento foi a Argentina eleger um chefe de estado pró-Bitcoin em uma economia que luta contra a inflação.
Além disso, se os bancos centrais globalmente começarem a cortar as taxas de juros, isso poderá tornar as classes de ativos mais arriscadas, como as criptomoedas, mais atraentes. 2022-23 viu uma correlação muito alta na política monetária com as tendências de preços das criptomoedas e a política monetária”, finaliza.