O principal assessor presidencial da Rússia sobre Internet afirmou que um vírus de mineração Bitcoin infectou até 30% dos computadores russos.

Falando em entrevistas à RNS e à RBC, Herman Klimenko disse que, embora as taxas de infecção variassem por região e dispositivo, envolvia pelo menos 20% das máquinas.

"Em regiões com instâncias de largura de banda menor são reduzidas, mas estamos olhando para 20 a 30% dos dispositivos infectados - iPhones e Macs são menos propensos", comentou.

Os números, se verdadeiros, são alarmantes, mas a avaliação de Klimenko já passou por críticas públicas. Falando para a RBC à luz das descobertas, o Ombudsman da Internet Dmitry Marinichev o chamou de "lixo".

"Esses vírus aparecem, por exemplo, em dispositivos de usuários que deram permissão para que eles comecem a funcionar", disse ele, acrescentando que o problema não era sobre mineração da Bitcoin, mas detalhes do cartão de crédito roubado e características semelhantes.

Klimenko, entretanto, também identificou os motivos dos hackers por trás do recente ciberataque internacional WannaCry.

"No caso do WannaCry, os perpetradores conseguiram acumular cerca de US$ 50-100,000", disse ele à RNS.

"Por isso, estou convencido de que os perpetradores do WannaCry eram juvenis porque eles não entendem onde eles podem ganhar dinheiro no setor da Internet".

No início deste mês, o laboratório de pesquisa russo Group-IB advertiu sobre um vírus doméstico circulante para Android consumidor de dispositivos que conseguiria acessar e esvaziar todas as contas bancárias associadas.