Resumo da notícia
Bitcoin volta a US$ 112 mil após liquidações e compras de baleias.
Regulação e ETFs reforçam confiança institucional e impulsionam o mercado.
Derivativos em foco: funding negativo gera short squeeze e liquida US$ 570 milhões.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
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O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 29/09/2025, está cotado em R$ 600.685,27. Os touros começaram a semana animados e querem retomar o nível de US$ 115 mil.
Por que o preço do Bitcoin subiu hoje?
De acordo com o analista Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, o primeiro fator que chama a atenção é o quadro técnico. O Bitcoin conseguiu recuperar médias móveis importantes, especialmente a de 100 dias em US$ 111 mil, e agora testa a de 50 dias em US$ 114 mil.
Analistas como Dan Tapiero destacam a formação de um padrão de “cup and handle”, historicamente associado a quebras de resistência e novas altas. Além disso, o indicador MACD mostra perda de força no viés de baixa, enquanto o RSI permanece em 47, sugerindo espaço para valorização sem risco imediato de sobrecompra.
Essa movimentação técnica não aconteceu de forma isolada. O retorno do Bitcoin acima de US$ 112 mil após ter testado o suporte em US$ 110 mil disparou compras automáticas em algoritmos de negociação.
Caso consiga se firmar acima de US$ 114 mil, o ativo poderá buscar os US$ 123 mil, patamar que marcou o topo de meados de agosto. Para confirmar esse avanço, será fundamental manter o volume diário acima de US$ 45 bilhões, número que já foi atingido no pregão atual.
O segundo pilar da alta vem do campo regulatório. O avanço do GENIUS Act, sancionado em janeiro de 2025, tem ampliado o uso de stablecoins em mercados tradicionais, fortalecendo a confiança institucional.
Ao mesmo tempo, o IBIT ETF da BlackRock registrou entradas de US$ 340 milhões apenas nesta semana, sinalizando maior apetite dos investidores institucionais. O otimismo cresce com a expectativa de que até setembro a Casa Branca finalize leis para estruturar o mercado de criptomoedas, reduzindo incertezas.
Esse contexto também se reflete na correlação do Bitcoin com o Nasdaq, que atingiu 0,87 neste mês. O movimento reforça a tese de que a moeda digital vem sendo usada como proteção macroeconômica em um cenário de taxas de juros americanas próximas a 4%. O calendário ainda reserva decisões cruciais da SEC em outubro, quando 16 pedidos de ETFs cripto, incluindo os primeiros fundos de Ethereum lastreados fisicamente, devem receber respostas.
O terceiro elemento que alimentou a valorização está no mercado de derivativos. Pela primeira vez desde março, as taxas de financiamento dos contratos perpétuos ficaram negativas em −0,0033%, indicando excesso de posições vendidas.
Esse quadro abriu espaço para um short squeeze, que eliminou mais de US$ 570 milhões em posições de baixa. No entanto, o interesse aberto subiu 6%, alcançando US$ 1,06 trilhão, o que sugere a entrada de novas posições compradas na região dos US$ 112 mil.
Esse ambiente reforça o caráter misto dos derivativos: por um lado, a liquidação de vendidos impulsionou a alta; por outro, o crescimento das posições compradas traz riscos de correção rápida se o preço não se sustentar. O ponto de atenção segue no spot/perp ratio, atualmente em 0,22. Quedas abaixo de 0,20, segundo analistas, costumam anteceder picos de volatilidade.
Apesar do avanço, alguns sinais de cautela permanecem. Os depósitos de grandes investidores em exchanges caíram para 7 mil BTC por semana na Binance, menor nível desde 2023. Esse comportamento mostra a força dos HODLers, que preferem manter suas moedas fora das corretoras, mesmo em momentos de alta. O Índice de Medo e Ganância segue em 39 pontos, indicando que o investidor de varejo ainda observa o mercado à distância”, afirma Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, indica que os mercados asiáticos abriram a semana com cautela diante do risco de paralisação do governo dos EUA (shutdown), que pode iniciar na quarta-feira se o Congresso não aprovar o orçamento, e da possível suspensão na divulgação de dados econômicos importantes como o relatório de emprego de setembro.
Apesar desse cenário, o índice MSCI Ásia‑Pacífico avançou 0,4% enquanto o ouro se manteve próximo do recorde. O dólar e os rendimentos dos Treasuries operaram dentro de faixas estáveis.
Já o Bitcoin cotado em US$ 111.800, possui uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. Além disso, o dólar firme reduz o espaço para valorização expressiva do BTC neste momento.
Dito isso, o suporte técnico na faixa dos US$ 110.000 a US$ 108.000 ainda pode segurar quedas mais abruptas. Caso o shutdown se concretize ou haja ruídos negativos, o Bitcoin pode testar novamente patamares abaixo de US$ 109.000. Por outro lado, uma resolução positiva ou sinal dovish em discursos do Fed pode reverter o viés de forma rápida”, afirmou.
Bitcoin análise técnica
O analista da CryptoQuant, Alex Adler Jr, afirma que a demanda à vista permaneceu forte nos últimos 30 dias, com a Demanda Aparente totalizando 95,8 mil BTC.
“Esse interesse de compra sustentado está mantendo os preços próximos ao limite superior da faixa, mesmo com o aumento da pressão de baixa de curto prazo no mercado futuro”, disse.
O analista conhecido como @nino, aponta que a taxa de financiamento começou a cair para o território negativo e, historicamente, quando isso acontece o equilibrio sai dos vendedores para os compradores.
“Embora não seja uma confirmação definitiva de um fundo de mercado, esta queda abaixo da linha zero sugere que pode ser um momento oportuno para começar a considerar uma postura moderadamente otimista. Os traders estarão observando atentamente para ver se esta taxa de financiamento negativa persiste, o que poderia alimentar uma grande alta”, afirmou.
Segundo Timothy Misir, head de pesquisa da BRN, o momento ainda é delicado, mas a entrada de grandes investidores trouxe algum fôlego.
“O Bitcoin se estabilizou após liquidações de cerca de US$ 1,5 bilhão em posições alavancadas. As compras de baleias ajudaram a reconstruir a base de preço em torno de US$ 112 mil”, destacou.
Do ponto de vista gráfico, o BTC recuperou médias móveis relevantes. Ele voltou a ficar acima da média de 100 dias, em US$ 111 mil, e agora testa a de 50 dias, em US$ 114 mil. Analistas técnicos identificaram a formação de um padrão de “cup and handle”, considerado historicamente um prenúncio de novas altas.
“O rompimento da faixa de US$ 114 mil pode abrir espaço para buscar US$ 123 mil, o topo de agosto”, disse Misir.
Já no mercado de derivativos, as taxas de financiamento dos contratos perpétuos ficaram negativas em −0,0033% pela primeira vez desde março. Esse movimento revelou excesso de posições vendidas e abriu espaço para um short squeeze que liquidou US$ 570 milhões em shorts. “
A liquidação acelerou o rali, mas o aumento de 6% no interesse aberto para US$ 1,06 trilhão mostra que novas posições compradas entraram no mercado”, explicou Misir.
O especialista também comentou sobre os níveis de suporte e resistência que devem guiar o mercado nos próximos dias.
“As resistências estão em US$ 115 mil e US$ 118 mil. Já os suportes principais ficam em US$ 108 mil e US$ 106 mil, com uma base secundária em US$ 104 mil”, detalhou.
Apesar do tom positivo, o mercado segue sensível a choques de liquidez. O índice de Medo e Ganância continua em 39 pontos, sinalizando cautela entre investidores de varejo. Os depósitos de grandes investidores em exchanges também caíram, indicando que muitos preferem manter suas moedas fora das corretoras.
Para Misir, o momento exige prudência. “O Bitcoin está em uma espécie de sala de espera. Mantém os US$ 110 mil, testa os US$ 113 mil e tem como grande obstáculo os US$ 116 mil. A recomendação é reduzir alavancagem, preservar liquidez e deixar o mercado mostrar sua direção antes de apostar em rompimentos”, concluiu.
Portanto, o preço do Bitcoin em 29 de setembro de 2025 é de R$ 600.685,27. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 29 de setembro de 2025, são: MYX Finance (MYX), ZCash (ZEC) e Aster (ASTER), com altas de 24%, 18% e 11% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 29 de setembro de 2025, são: Plasma (XPL), World Liberty Finance (WLFI) e Tron (TRX) com quedas de -11%, -2% e -1% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.