Principais destaques:
O Bitcoin pode entrar em movimento parabólico se ultrapassar os US$ 115.000, o que liquidaria mais de US$ 7 bilhões em posições vendidas.
Indicadores on-chain entram em zona de superaquecimento, sugerindo realização de lucros prolongada por parte dos investidores de BTC.
O Bitcoin (BTC) demonstrou força em 27 de maio, chegando brevemente a US$ 110.700 após a forte abertura do mercado acionário dos EUA e o anúncio da Trump Media and Technology Group de que pretende levantar US$ 2,5 bilhões para formar uma tesouraria em Bitcoin.
O momento positivo do Bitcoin está alinhado com as condições financeiras favoráveis nos Estados Unidos, conforme destacou a Ecoinometrics. O boletim focado em macroeconomia e Bitcoin apontou que o Índice Nacional de Condições Financeiras (NFCI) mostra uma rápida transição para território extremamente frouxo, após uma fase de aperto em fevereiro de 2025.
O NFCI, publicado pelo Federal Reserve Bank de Chicago, monitora o estresse no sistema financeiro com base em métricas como spreads de crédito, alavancagem e condições de financiamento. Quando o índice entra em território mais frouxo, isso indica acesso mais fácil ao capital e menor estresse de mercado, condições que normalmente incentivam o apetite por risco entre os investidores.
Para ativos de alta volatilidade como o Bitcoin, esses períodos geralmente coincidem com ralis de preços, à medida que o capital flui para mercados especulativos.
A Ecoinometrics mencionou que, em apenas quatro semanas, a liquidez retornou, criando um ambiente macroeconômico favorável para ativos de risco como o Bitcoin. O boletim observou:
“Esse é o tipo de cenário macro em que o Bitcoin prospera. O rali do Bitcoin para novas máximas não surgiu do nada. Ele segue o mesmo padrão que vimos desde 2023: afrouxamento das condições → rotação de capital → maior apetite por risco.”
Com o Bitcoin a apenas 2% de sua máxima histórica, dados da CoinGlass indicam que a probabilidade de um short squeeze continua elevada devido à significativa liquidez do lado vendedor. Conforme ilustrado abaixo, se o Bitcoin ultrapassar os US$ 115.000, mais de US$ 7 bilhões em posições vendidas poderão ser liquidadas, desencadeando um efeito em cascata que impulsionaria ainda mais os preços.
Dados on-chain indicam que o Bitcoin está em “zona de superaquecimento”
Embora o momento geral permaneça positivo, o rali do Bitcoin empurrou o mercado para uma zona em que padrões históricos indicam cautela. Dois indicadores on-chain principais — Supply in Profit Market Bands e Advanced Net UTXO Supply Ratio — estão emitindo sinais semelhantes aos observados em topos de mercado anteriores.
O indicador Supply in Profit Market Bands acompanha quanto do suprimento circulante de BTC está atualmente em lucro. No fim de maio de 2025, esse número subiu para 19,4 milhões de BTC, se aproximando de extremos históricos e entrando na chamada “Zona de Superaquecimento”. Anteriormente, o BTC testou essa zona em 17 de dezembro de 2025, o que foi seguido por uma correção de preço de US$ 107.000 para US$ 93.000.
Ao mesmo tempo, o Advanced Net UTXO Supply Ratio (NUSR), que compara os UTXOs (saídas de transações não gastas) em lucro com aqueles em prejuízo, está se aproximando de seu teto histórico em torno de 0,95 — um nível que frequentemente antecede sinais de venda. Os marcadores vermelhos no gráfico indicam momentos anteriores em que essas condições levaram a topos locais ou períodos prolongados de consolidação.
Esses dados não garantem uma queda imediata, mas sugerem uma alta probabilidade de aumento na volatilidade e realização de lucros no curto prazo.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda movimentação de investimento ou negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.