Resumo da notícia
Bitcoin permanece preso entre US$ 97 mil e US$ 111,9 mil, com compradores frágeis.
Dados on-chain e off-chain mostram mercado em forte consolidação, sem sinais claros de reversão.
ZCash, Sky e Monero lideram as altas do dia, enquanto AERO, Pump.fun e Uniswap registram as maiores quedas.
10h
Vault capital
O Bitcoin voltou a testar a região dos US$ 104 mil, tentando recuperar esse patamar, mas encontrou novamente forte pressão vendedora, encerrando o dia em US$ 101.627. Esse comportamento reforça a leitura de que, enquanto o preço permanecer abaixo dos US$ 104 mil, a dinâmica de curto prazo segue dominada pelos vendedores.
Esse movimento também foi influenciado pelo cenário macro: embora o maior shutdown da história tenha sido oficialmente encerrado ontem, o mercado recebeu a sinalização de que os dados econômicos atrasados de outubro podem não ser divulgados.
Após semanas navegando sem visibilidade, os investidores esperavam justamente esses números para balizar expectativas — e a possibilidade de ausência desses dados adicionou um novo componente de incerteza.
Como já destacamos em análises anteriores, a região dos US$ 104 mil é um ponto técnico extremamente sensível. Permanecer abaixo dela aumenta o risco de um movimento mais profundo. A zona entre US$ 100 mil e US$ 98 mil continua sendo um suporte histtoricamente forte, onde compradores costumam entrar com mais convicção.
No entanto, a cada fechamento mais baixo, os vendedores ganham espaço e fortalecem a probabilidade de quebra dessa faixa. Por isso, o sinal mais relevante de recuperação seria retomar e fechar acima de US$ 104 miil, o que reabriria caminho para um novo teste da região dos US$ 107 mil, onde está a próxima resistência estrutural de curto prazo.
Esse seria o primeiro passo para reverter o viés de fraqueza observado nos últimos dias. Com o fim do shutdown, o mercado global volta gradualmente a operar com mais previsibilidade. A partir de agora, o foco retorna à leitura dos dados econômicos e da relação entre expectativa versus realidade, especialmente no que diz respeito à inflação e ao ritmo da atividade, variáveis que vão orientar a postura do Federal Reserve nas decisões que se aproximam.
8h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 13/10/2025, está cotado em R$ 542.814,97. Os touros estão enfraquecidos e lutam para manter o BTC acima de US$ 100 mil.
Faixa de preços do Bitcoin aperta
O analista Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, descreve o momento como um período de “equilíbrio silencioso”. Segundo ele, o mercado está “mais limpo em termos estruturais, porém ainda sem liquidez suficiente para iniciar uma tendência definida”.
A tensão maior se concentra nos ETFs à vista. Os produtos de Bitcoin registraram saída líquida de US$ 278 milhões, movimento puxado pela retirada de US$ 133 milhões do fundo da Fidelity. O cenário para o Ethereum não foi diferente: os ETFs da moeda perderam US$ 184 milhões, incluindo US$ 91 milhões retirados do ETF da BlackRock.
Em contraste, Solana voltou a destoar do restante do mercado, registrando US$ 18,06 milhões de entradas e ampliando para 12 dias sua sequência de captações positivas. Esse comportamento reforça, segundo Misir, um padrão de “descorrelação setorial” que começa a se tornar mais frequente.
O movimento nos derivativos também mostrou cautela. O open interest de futuros de Bitcoin recuou 3,58%, caindo para US$ 66,14 bilhões, ao mesmo tempo em que as liquidações totalizaram US$ 186,47 milhões, com predominância de posições compradas derrubadas pelo mercado. Para Misir, esse ajuste “remove o excesso de alavancagem e deixa o mercado menos vulnerável a espirais de liquidação”.
Apesar da pressão no curto prazo, o comportamento das baleias sugere outra história. Dados on-chain mostram que grandes endereços acumularam mais de 45 mil BTC na última semana, o equivalente a cerca de US$ 4,6 bilhões. Trata-se do segundo maior movimento de acúmulo de 2025. “Essa dinâmica não combina com pânico”, afirma Misir. “Trata-se de realocação institucional, não de fuga.”
O analista destaca também um avanço expressivo nas retiradas de Bitcoin das exchanges, um sinal típico de armazenamento em cold wallets. Segundo ele, “o padrão recente lembra fases de preparação para ciclos de alta, não momentos de capitulação”.
No campo macroeconômico, o ambiente ficou menos hostil. Após 41 dias de paralisação, o governo dos Estados Unidos voltou a funcionar com a aprovação do novo pacote orçamentário pela Câmara. A liberação dos recursos deve destravar cerca de US$ 40 bilhões em liquidez represada, o que tende a dar fôlego adicional aos ativos de risco nas próximas semanas.
A China também adotou um tom mais conciliador. O Ministério do Comércio afirmou que há “espaço significativo para cooperação econômica com os EUA”, sinalizando que o risco imediato de escalada comercial diminuiu. A fala chega em meio à preparação de novos acordos internacionais por parte do presidente Donald Trump, envolvendo Índia e Suíça.
Segundo Misir, o efeito desse movimento é direto: “Quando a fricção geopolítica perde calor, a liquidez global respira. E quando a liquidez respira, o apetite por risco melhora.”
Indicadores demonstram fragilidade
Mesmo assim, indicadores tradicionais ainda mostram fragilidade. Os índices S&P 500 e Nasdaq operaram de lado, enquanto o ouro permaneceu próximo a US$ 4.200, consolidando uma valorização de 21% desde agosto. A divergência entre a força do ouro e a correção das criptomoedas continua chamando a atenção dos analistas, mas Misir acredita que “essa diferença tende a diminuir assim que os fluxos normalizarem”.
Ele alerta, porém, para riscos que ainda podem comprometer a recuperação. Entre eles, cita a persistência das saídas dos ETFs, possíveis retrocessos fiscais nos EUA e a ausência de novos fluxos institucionais no curto prazo. Para ele, “a volatilidade implícita ainda está baixa demais para justificar movimentos amplos. O mercado precisa de volume, não só de narrativa”.
Mesmo assim, ele vê sinais construtivos. A queda da alavancagem, o acúmulo das baleias e o recuo da oferta em exchanges reforçam que a atual zona de preços é mais acumulação do que fraqueza. “O mercado não caiu porque quer romper para baixo”, afirma. “Ele caiu porque precisava se reorganizar.”
Misir descreve o intervalo entre US$ 100 mil e US$ 105 mil como a “região mais importante do trimestre”. Segundo ele, esse patamar funciona como “uma faixa de construção de base, onde a paciência tende a ser premiada”.
O analista resume o momento: “Estamos diante de um mercado metodicamente acumulado, silencioso e cada vez mais institucional. Quando os ETFs virarem para o positivo, o impulso virá naturalmente.”
Por enquanto, ele conclui, “a estratégia é simples: sobreviver ao tédio antes de sobreviver à volatilidade”.
Bitcoin cenário
A queda recente do Bitcoin desencadeou um efeito direto sobre as empresas listadas em bolsa que acumulam BTC em seus balanços. A retração afetou de forma tão profunda esse grupo que seus tesouros passaram a operar de forma mais discreta e cautelosa, como mostra a nova análise conduzida da K33 Research. O relatório aponta que o ambiente macroeconômico fraco e a pressão sobre ativos digitais reduziram drasticamente o ritmo de compras corporativas.
Segundo a K33, a média diária de compra de Bitcoin por empresas de capital aberto caiu para 656 BTC em outubro, o menor nível em doze meses. Nos primeiros dez dias de novembro, o movimento ficou ainda mais lento, com a média caindo 42%, para apenas 375 BTC. Esse patamar representa o enfraquecimento de uma tendência que havia ganhado força no início de 2025, quando a alta do BTC impulsionou diversas empresas a acumular reservas de forma agressiva.
O declínio está ligado principalmente à queda do índice mNAV, que compara o valor de mercado de uma empresa de tesouraria com o valor de seus ativos em Bitcoin. A pesquisa mostra que 50% das empresas puramente expostas ao BTC estão agora negociadas com desconto em relação às suas reservas, um sinal claro de perda de confiança dos investidores. Esse desconto quebra a dinâmica vista no primeiro semestre, quando diversas empresas chegaram a negociar com ágio à medida que o Bitcoin renovava máximas e atraía forte demanda institucional.
Com o colapso dos prêmios, algumas companhias começaram a vender parte de seus próprios BTC para cumprir obrigações financeiras ou para tentar reduzir os desvios entre o valor contábil e o mNAV. Esse comportamento, segundo Ermolaev, reduziu a pressão compradora sobre o Bitcoin no mercado à vista, diminuindo o apoio que ajudou a impulsionar a alta do ativo no início do ano.
A Strategy, uma das principais detentoras corporativas de BTC, ilustra bem essa queda de fôlego. A empresa reduziu seu ritmo de acumulação de 18,3% no primeiro trimestre para 13,1% no segundo e apenas 7,1% no terceiro trimestre. No quarto trimestre, adquiriu apenas 1.661 BTC. Com isso, seu mNAV caiu para 1,009, um dos níveis mais baixos desde 2023.
Enquanto algumas empresas sofrem com o cenário, outros nomes se beneficiam. O vendedor a descoberto Jim Chanos obteve lucros superiores a 125% ao explorar o colapso dos prêmios das ações da Strategy em uma estratégia que combinava venda a descoberto com compra direta de Bitcoin. Já diversos investidores de varejo enfrentaram perdas expressivas — a 10X Research estimou uma perda acumulada de US$ 17 bilhões entre acionistas que pagaram caro pela exposição indireta ao BTC.
Além da pressão sobre empresas, o relatório destaca um dado preocupante: desde a liquidação de ativos alavancados em 10 de outubro, produtos de investimento em Bitcoin registraram saídas de 29.008 BTC, o pior fluxo em 30 dias desde março de 2025.
Mesmo com esse quadro, a K33 argumenta que as saídas recentes podem ser apenas um ajuste temporário de risco. Para o analista Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, o movimento pode marcar o fundo do fluxo institucional no segundo semestre de 2025, abrindo espaço para uma recuperação gradual se o cenário macroeconômico aliviar.
Bitcoin análise técnica
De acordo com a Glassnode, o Bitcoin continua a ser negociado dentro de uma faixa de baixa moderada, definida por uma forte resistência entre US$ 106 mil e US$ 118 mil e um importante suporte estrutural próximo a US$ 97,5 mil e US$ 100 mil.
O mercado permanece sob a influência de uma oferta excessiva, com detentores de curto prazo ainda registrando perdas. Dados on-chain destacaram uma breve acumulação perto de US$ 100 mil, sugerindo um suporte localizado, mas sem uma recuperação decisiva do preço de custo dos detentores de curto prazo (em torno de US$ 111,9), o ímpeto de alta provavelmente permanecerá limitado.
Indicadores externos à blockchain também corroboram esse tom cauteloso. Saídas de capital de ETFs, taxas de financiamento moderadas e baixo interesse em aberto apontam para um engajamento especulativo contido, enquanto os operadores de opções continuam a priorizar a proteção contra quedas em torno da linha dos US$ 100 mil.
De modo geral, tanto os sinais on-chain quanto os off-chain retratam um mercado em estado de consolidação, estabilizando-se, mas ainda não pronto para confirmar uma reversão de alta. Até que surjam novos fluxos de entrada ou um catalisador macroeconômico claro, o Bitcoin parece destinado a oscilar dentro desse corredor de US$ 97 mil a US$ 111,9 mil, com US$ 100 mil permanecendo como a linha de defesa psicológica.
Portanto, o preço do Bitcoin em 13 de novembro de 2025 é de R$ 542.814,97. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 13 de novembro de 2025, são: ZCash (ZEC), Sky (SKY) e Monero (XMR), com altas de 11%, 10% e 5% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 13 de novembro de 2025, são: Aerodrome Finance (AERO), Pump.fun (PUMP) e Uniswap (UNI), com quedas de -12%, -8% e -7% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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