Resumo da notícia
Baleias ampliam posições e sustentam o preço.
Investidores de varejo demonstram forte medo e realizam lucros.
Nível de US$ 110 mil define o rumo do Bitcoin.
10h50
Guilherme Prado, country manager da Bitget
O Bitcoin voltou a testar a região dos US$105 mil, mantendo-se dentro de um canal ascendente e demonstrando força após o recente repique a partir dos US$102,950. Do ponto de vista técnico, o ativo mostra sinais de estabilidade e espaço para uma possível continuidade da alta, especialmente diante da aproximação das médias móveis de 20 e 50 dias.
Caso consiga superar de forma consistente a faixa dos US$107,500, o próximo alvo pode estar entre US$110 mil e US$113,500 — níveis que coincidem com as resistências observadas em outubro. Apesar desse cenário técnico positivo, fatores macroeconômicos seguem no radar dos investidores. As próximas atualizações econômicas nos Estados Unidos e o fim da paralisação do governo americano podem trazer maior volatilidade ao mercado e provocar movimentos mais amplos de preço.
10h30
Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital
O Bitcoin perdeu ontem um suporte importante na região dos US$ 104 mil, além do suporte intermediário em US$ 103.560, encerrando o dia em US$ 103.040. No entanto, o dia de hoje começou com uma forte atuação compradora, levando o preço de volta para a faixa dos US$ 104.800. Manter-se acima dos US$ 104 mil é essencial neste momento, pois minimiza o risco de novas correções mais profundas nas regiões de US$ 100 mil a US$ 98 mil uma eventual perda desses níveis abriria espaço para quedas mais acentuadas.
No cenário macro, o foco do dia está na votação na Câmara dos EUA que decidirá o encerramento definitivo do shutdown. As expectativas são altas para aprovação, o que representaria um importante alívio para os mercados. O fim do shutdown é positivo, pois permitirá a retomada da divulgação dos principais dados econômicos, que estavam suspensos, além de devolver ao Federal Reserve maior visibilidade para guiar suas próximas decisões de política monetária com base em informações concretas, “tirando a neblina do caminho”.
Contudo, é importante destacar que o fim do shutdown tende a aumentar a volatilidade, já que o retorno dos dados pode gerar reprecificações rápidas nas expectativas de juros e liquidez. Do ponto de vista técnico, os compradores precisam garantir fechamentos acima de US$ 107 mil a US$ 108 mil, o que abriria espaço para retomar regiões de resistência-chave entre US$ 110 mil e US$ 111 mil.
Nessa faixa, há uma grande concentração de liquidez de posições shortadas, e um rompimento consistente poderia impulsionar um movimento mais forte de alta, levando o preço primeiro à região dos US$ 113.500, e depois ao cluster de liquidez entre US$ 116 mil e US$ 117 mil. O cenário, portanto, segue delicado, porém construtivo: compradores voltam a atuar em zonas técnicas relevantes, o ambiente macro tende a melhorar com o possível fim do shutdown e, se o Bitcoin sustentar os níveis atuais, o mercado pode estar se preparando para a próxima onda de alta.
6h10
Paulo Aragão, host do podcast Giro Bitcoin
O Bitcoin chegou a registrar US$ 107.500 após o Senado dos Estados Unidos aprovar votos suficientes para reabrir o governo na noite de segunda-feira. Desde então, o preço recuou para a faixa de US$ 105.000, sugerindo a formação de um possível topo temporário no início da semana. Agora, o foco dos investidores volta-se para a divulgação do índice de inflação (CPI) e para os comentários de membros do Federal Reserve ao longo dos próximos dias.
Recentemente, a dirigente do Fed, Mirren, afirmou em entrevista à CNBC que defende um corte de 50 pontos-base nas taxas em dezembro. Além disso, há crescente especulação sobre o anúncio do próximo presidente do Fed ainda neste ano — o que poderia servir como um novo catalisador de alta para o mercado cripto.
Tecnicamente, há espaço para uma correção de curto prazo em direção à região dos US$ 103.000–102.600, onde o mapa de liquidações mostra grande concentração de ordens e um possível ponto de entrada mais atraente para compradores. Esse movimento também serviria para eliminar posições excessivamente alavancadas, abrindo caminho para uma retomada mais saudável.
Minha leitura é que o Bitcoin deve encontrar interesse de compra em níveis mais baixos ainda nesta semana e, na sequência, buscar as regiões de US$ 110.000 e US$ 113.800. O comportamento do preço nesses níveis será determinante para o rumo dos próximos meses. Há também um embate técnico interessante se formando entre Bitcoin e Ouro. Enquanto os gráficos indicam que o BTC ainda pode ter até 40% de valorização nos próximos meses, o ouro dá sinais de esgotamento.
Nos fundamentos on-chain, o Bitcoin apresentou recentemente um forte pico no indicador Token Age Consumed — o primeiro em meses —, que historicamente antecede grandes movimentos direcionais. Além disso, a atividade diária de endereços (DAA) segue robusta, o que reforça minha visão positiva. De acordo com esse indicador, o BTC ainda teria espaço para retomar a faixa dos US$ 126.000, pelo menos.
6h
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 12/10/2025, está cotado em R$ 546.887,38. O preço do BTC voltou a mostrar fraqueza e com a queda de 2% volta para US$ 103 mil.
Por que o Bitcoin caiu hoje?
O Bitcoin caiu 1,98% nas últimas 24 horas, revertendo o avanço de 1,44% visto na semana anterior. A queda reflete uma combinação de realização de lucros, incertezas regulatórias e sinais técnicos negativos que afastaram investidores de curto prazo e provocaram uma onda de vendas no mercado.
Nos últimos 30 dias, grandes carteiras venderam mais de 115.000 BTC, o equivalente a US$ 12,3 bilhões, segundo dados da CryptoQuant. Essas movimentações vieram principalmente de novas baleias, investidores que entraram após o ciclo de valorização de 2024 e decidiram reduzir posições após a alta acumulada de 16,73% no ano. Esse movimento de realização é comum em momentos de resistência técnica, mas agora se intensificou com o rompimento de suportes importantes.
Esse comportamento reduziu o impulso comprador e colocou pressão sobre o preço, que não conseguiu se manter acima dos US$ 107.000. A queda reforça o temor de uma correção mais ampla, especialmente se o ativo recuar abaixo da faixa dos US$ 100.000, o que poderia provocar vendas em pânico de posições alavancadas.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos apreenderam 127.271 BTC, avaliados em cerca de US$ 14,2 bilhões, ligados a esquemas de fraude conhecidos como pig butchering. A notícia causou impacto misto: embora o governo tenha afirmado que os ativos serão transferidos para uma reserva estratégica, parte do mercado teme que uma futura liquidação oficial provoque excesso de oferta e abale a confiança. Esse tipo de incerteza costuma gerar volatilidade e afasta compradores institucionais no curto prazo.
Bitcoin análise técnica
No campo técnico, o Bitcoin rompeu suas principais médias móveis, sinalizando fraqueza no curto prazo. O preço fechou abaixo da média simples de 7 dias (US$ 103.508) e também da média de 30 dias (US$ 108.401). O MACD negativo (-192,58) confirma a perda de força compradora, enquanto o RSI em 40,39 indica que o ativo se aproxima de uma região de sobrevendido, mas ainda não atingiu níveis de reversão clara. O próximo suporte importante está em US$ 102.667, correspondente à retração de 78,6% de Fibonacci. Se esse nível for perdido, a mínima de junho, em US$ 98.962, volta ao radar dos traders.
Apesar do cenário negativo, o mercado ainda encontra pontos de equilíbrio. Os ETFs de Bitcoin seguem com fluxo positivo, o que ajuda a absorver parte da pressão vendedora. Além disso, 67% de toda a oferta do BTC permanece inativa, indicando que os investidores de longo prazo continuam firmes. Esse comportamento costuma limitar quedas mais severas, mas a confiança de curto prazo depende da recuperação do patamar dos US$ 107.000, considerado essencial para restaurar a tendência de alta.
A plataforma Santiment destacou um dado relevante: 231 novas carteiras de baleias, cada uma com mais de 10 BTC, foram criadas em apenas dez dias, enquanto 37 mil pequenas carteiras foram esvaziadas no mesmo período. O padrão indica que investidores experientes aproveitam as quedas para acumular, enquanto o varejo abandona posições. Historicamente, essa movimentação antecede fases de valorização — mas também aumenta o risco de oscilações bruscas no curto prazo.
Guilherme Prado, country manager da Bitge, destaca que o Bitcoin segue pressionado, sendo negociado em torno de US$ 104 mil, em um movimento que confirma a continuidade do viés de baixa.
De acordo com ele, a ausência de força compradora e o ambiente macroeconômico adverso mantêm o ativo próximo do suporte crítico de US$ 100 mil, nível que tende a definir o rumo de curto prazo. A combinação entre aversão global ao risco, liquidação de posições alavancadas e falta de fluxo institucional líquido impede uma recuperação consistente.
Tecnicamente, o BTC segue abaixo das médias móveis de 50 e 100 dias, o que reforça o predomínio da tendência de baixa. Caso o suporte em US$ 100 mil seja perdido, o próximo alvo técnico se situa na região de US$ 95 mil. Por outro lado, uma defesa bem-sucedida nesse patamar pode abrir espaço para uma recuperação gradual, embora ainda dentro de um cenário de consolidação.
Portanto, o preço do Bitcoin em 12 de novembro de 2025 é de R$ 546.887,38. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 12 de novembro de 2025, são: Canton (CC), MYX Finance (MYX) e Decred (DCR), com altas de 12%, 9% e 4% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 12 de novembro de 2025, são: Starknet (STRK), ZCash (ZEC) e Soon (SOON) com quedas de -16%, -10% e -9% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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