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Preço do Bitcoin hoje, 17/12/2025: BTC está em US$ 86 mil com ursos buscando quebra do suporte de US$ 80 mil

BTC opera sem direção clara, com liquidez baixa, pressão institucional e mercados globais à espera de novos indicadores econômicos.

Preço do Bitcoin hoje, 17/12/2025: BTC está em US$ 86 mil com ursos buscando quebra do suporte de US$ 80 mil
Análise

Resumo da notícia

  • Bitcoin permanece abaixo de US$ 90 mil, refletindo cautela em meio a dados mistos de emprego nos EUA e incertezas monetárias globais.

  • ETF outflows e liquidez reduzida reforçam fragilidade estrutural e ampliam o risco de liquidações se o preço perder a faixa de US$ 84 mil.

  • Posicionamento alavancado cresce, enquanto analistas veem o mercado preso em um equilíbrio frágil, sem gatilhos claros para retomada.

10h

Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil

O mercado cripto abre esta quarta-feira sob uma névoa de incerteza, com o Bitcoin (BTC) ainda negociando na faixa dos US$ 86–87 mil. Após um breve alívio técnico no início do mês, o ativo voltou a sofrer pressão, refletindo o desânimo dos investidores com o encerramento de um ano que prometia mais do que entregou no último trimestre.

O cenário de cautela é reforçado pela expectativa em torno da divulgação do CPI dos Estados Unidos, marcada para quinta-feira, 18 de dezembro, um dado-chave para calibrar as projeções de inflação, juros e a postura futura do Federal Reserve.

Atualmente, observa-se uma drenagem persistente de liquidez no mercado cripto. O recente corte de juros pelo Fed — que em outros momentos funcionaria como combustível para ativos de risco — foi neutralizado por uma inflação ainda resiliente e pelo receio de que a economia global esteja esfriando mais rapidamente do que o esperado.

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin na região de US$ 86.800 apresenta uma estrutura de preço fragilizada. No curto prazo, o cenário mais provável é de lateralização com viés de queda. Já no horizonte de longo prazo, a retomada para níveis de seis dígitos parece ter sido adiada para o primeiro trimestre de 2026.

9h

Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital

Os dados macroeconômicos divulgados em 16 de dezembro de 2025 reforçam a leitura de uma economia norte-americana em desaceleração moderada, com sinais cada vez mais evidentes de enfraquecimento no mercado de trabalho. A criação de apenas 64 mil vagas em novembro, bem abaixo do esperado, somada à taxa de desemprego em 4,6%, o maior nível em quatro anos, e às revisões negativas de dados anteriores, apontam para um cenário de menor dinamismo econômico à frente.

Por outro lado, o consumo segue mostrando alguma resiliência, com vendas no varejo estáveis e estoques empresariais levemente acima do previsto. Ainda assim, o conjunto dos dados fortalece a expectativa de que o Federal Reserve terá mais espaço para cortes de juros ao longo de 2026, o que tende a ser construtivo para ativos de risco.

À frente, o mercado volta suas atenções para os dados de inflação CPI e PCE, que ainda serão divulgados. O cenário ideal seria uma inflação menos pegajosa, ou até abaixo do esperado, em combinação com esse enfraquecimento do mercado de trabalho. Esse conjunto reforçaria a probabilidade de novos cortes de juros já nas próximas decisões, incluindo janeiro.

No mercado cripto, o Bitcoin segue operando pouco acima da faixa dos US$ 85 mil, trabalhando de forma contida entre US$ 86 mil e US$ 88 mil. Após a divulgação dos dados, a volatilidade diminuiu, refletindo um momento de espera e assimilação das informações por parte dos investidores.

Do ponto de vista estrutural, o objetivo imediato continua sendo a recuperação da região dos US$ 88 mil. Esse movimento ajudaria a aliviar a pressão atual e afastar o preço de zonas mais sensíveis, onde uma frustração adicional poderia abrir espaço para movimentos mais profundos. Enquanto isso, é natural que o mercado opere de forma mais lateral, aguardando maior clareza vinda dos dados de inflação antes de assumir direções mais contundentes.

Caso haja um arrefecimento do pessimismo, a tentativa de retomada dos US$ 88 mil volta ao radar. Do contrário, o mercado tende a permanecer travado nessa faixa, com baixa convicção direcional no curto prazo.

Nesse contexto, surge uma pergunta central: quem está absorvendo toda essa pressão vendedora? Os dados on-chain mostram que o varejo está claramente sob forte estresse.


A maior variação negativa de saldo em 30 dias do Bitcoin desde 2018 evidencia um movimento típico de capitulação, no qual investidores individuais vendem motivados principalmente pelo medo, e não por uma deterioração estrutural do ativo.

Esse tipo de comportamento costuma marcar fases em que o sentimento se encontra excessivamente pessimista, justamente quando muitos investidores perdem a convicção e optam por sair do mercado a qualquer custo.


Ao mesmo tempo, observamos que as OG Whales, detentores mais antigos e relevantes, continuam realizando parte de suas posições. Esse fluxo vendedor, no entanto, ocorre de forma gradual e distribuída ao longo do tempo, algo comum em ciclos de alta mais maduros e que, isoladamente, não representa um sinal de colapso estrutural.

O ponto mais relevante aparece na outra ponta dessa dinâmica.


Mega Whales e investidores institucionais vêm absorvendo de forma consistente a liquidez deixada tanto pelo varejo quanto pelas OG Whales. Esse movimento indica uma realocação de risco, e não uma fuga de capital do ecossistema cripto.

Essa divergência de comportamento ajuda a explicar por que, mesmo em um ambiente de medo elevado, o Bitcoin continua encontrando regiões de suporte e evitando movimentos totalmente desorganizados.

O mercado atravessa um momento delicado, marcado por incerteza macro, baixa convicção de curto prazo e forte assimetria de sentimento. Ainda assim, os dados mostram que, por trás do ruído, há absorção estrutural acontecendo.

O preço pode continuar lateralizando enquanto os próximos dados não forem conhecidos. Mas, conforme o cenário de inflação e política monetária se torne mais claro, o mercado tende a sair desse estado de compressão.

Por enquanto, paciência e leitura fria dos dados seguem sendo o diferencial. Em momentos como esse, o mercado costuma punir decisões emocionais e recompensar quem consegue manter disciplina enquanto o sentimento extremo domina a narrativa.

7h50

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 17/12/2025, está cotado em R$ 476.389,27. O BTC praticamente não se moveu nas últimas 24h, preso em US$ 86 mil com um forte viés de baixa no curto prazo que pode empurrar para um teste no suporte de US$ 80 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados globais apresentaram movimentos moderados nesta quarta-feira, com as bolsas operando de lado após a divulgação de um relatório de emprego nos Estados Unidos que mostrou crescimento na criação de vagas, mas também uma taxa de desemprego mais elevada, gerando incertezas sobre a trajetória futura da política monetária.

Os investidores agora aguardam os próximos dados de inflação dos EUA e as decisões de bancos centrais como BoE, BCE e BoJ para obter maior clareza sobre o cenário macroeconômico. O Bitcoin, cotado atualmente em torno de US$ 86.600, apresenta uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa.

O ambiente de incerteza macroeconômica marcado por dados mistos de emprego nos EUA, políticas monetárias potencialmente divergentes entre os principais bancos centrais e preocupações geopolíticas elevadas tende a reduzir o apetite por ativos de risco.

A permanência do BTC abaixo de US$ 90.000 reflete essa postura mais cautelosa do mercado. Na ausência de catalisadores relevantes no curto prazo, como dados macroeconômicos surpreendentemente dovish, o Bitcoin pode permanecer em consolidação ou até sofrer pressões adicionais, especialmente se o dólar ganhar força e os rendimentos dos títulos soberanos voltarem a subir”, disse.

Bitcoin análise técnica

O Bitcoin permanece preso em uma faixa estreita, mesmo após a divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos. A criptomoeda opera próxima de US$ 86,4 mil, praticamente estável, enquanto o mercado exibe baixa convicção e liquidez reduzida. O movimento também se repete no Ethereum, que continua abaixo de US$ 3 mil, e nas demais grandes altcoins, que mostram variações limitadas.

Apesar da calmaria nos preços, sinais de fragilidade continuam evidentes. Os ETFs de Bitcoin registraram novas saídas de capital, indicando que investidores institucionais seguem cautelosos em meio ao cenário macroeconômico. O total de capitalização das criptomoedas permanece abaixo de US$ 3 trilhões, consolidando o sentimento de estagnação após semanas de volatilidade.

O analista Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, descreve o momento como um período de pausa forçada.

“Os preços parecem estáveis, mas o mercado segue frágil. A liquidez está baixa e a estrutura on-chain mostra que o Bitcoin ainda opera abaixo de níveis importantes de custo para detentores recentes”, afirma.

O relatório de emprego dos Estados Unidos trouxe uma leve piora na taxa de desemprego, que subiu para 4,6%, o nível mais alto desde 2021. A criação de vagas ficou levemente acima do esperado, mas não suficiente para mudar a percepção sobre o ritmo de desaceleração da economia.

Segundo Misir, a falta de reação das criptomoedas reforça que a atenção migrou para fatores internos.

“O mercado está mais focado na dinâmica de liquidez e no posicionamento dos traders do que nos dados macro. Nada disso muda as expectativas de juros no curto prazo”, explica.

O Bitcoin continua sendo negociado abaixo do Short-Term Holder Cost Basis, hoje próximo de US$ 101,8 mil, o que mantém grande parte dos compradores recentes no prejuízo. O preço também segue abaixo do Active Investor Mean, em US$ 87,9 mil, faixa que costuma definir a direção de curto prazo.

No mercado de derivativos, o open interest aumentou enquanto o preço recuou, movimento que costuma indicar excesso de posições compradas. Isso eleva o risco de liquidações caso o preço rompa níveis críticos.

“Estamos vendo traders aumentando exposição em um momento de fraqueza. Esse tipo de comportamento pode amplificar movimentos de baixa se surgir um gatilho”, avalia Misir.

A demanda por opções de venda diminuiu após a queda recente, mas a volatilidade implícita continua elevada, sugerindo que o mercado descarta estabilidade no curto prazo.

O ponto de maior atenção permanece na faixa entre US$ 84 mil e US$ 85 mil. Uma perda consistente desse nível pode desencadear um movimento de liquidações forçadas. Em contrapartida, uma recuperação acima do Active Investor Mean teria potencial para aliviar a pressão e devolver confiança aos compradores.

Para Misir, o cenário exige disciplina

“Estamos em um equilíbrio frágil. Não há gatilhos claros para retomada, e o excesso de alavancagem volta a aparecer. A volatilidade pode retornar a qualquer momento”, conclui.

Portanto, o preço do Bitcoin em 17 de dezembro de 2025 é de R$ 476.389,27. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.

As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 17 de dezembro de 2025, são: Midnight (NIGHT), Morpho (MORPHO), Just (JUST), com altas de 8%, 6% e 5%, respectivamente.

As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 17 de dezembro de 2025, são: Aster (ASTER), Bittensor (TAO) xdc network (XDC), com quedas de -9%, -7% e -6% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de tomar uma decisão.