Resumo da notícia
9h10
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil
O Bitcoin perdeu fôlego após a recente recuperação e voltou a operar abaixo dos US$ 90 mil, refletindo um aumento da cautela nos mercados globais. A combinação de fraqueza nas ações americanas, maior volatilidade nos Treasuries e a proximidade de dados macroeconômicos relevantes nos EUA tem levado investidores a reduzir risco. Nas últimas 24 horas, US$ 293 milhões em posições alavancadas foram liquidadas.
Do lado técnico, o RSI em 44 aponta para um leve viés baixista, enquanto o MACD se aproxima de um possível cruzamento negativo, o que pode abrir espaço para a continuidade da correção em direção à região de US$ 85.500 — ou até US$ 80 mil em um cenário de maior aversão ao risco.
O BTC deve seguir sensível ao noticiário macroeconômico, com a divulgação de três dados relevantes nos Estados Unidos ao longo da semana: inflação, mercado de trabalho e o índice de preços ao consumidor (CPI). Esses indicadores tendem a influenciar o apetite por risco nos mercados globais e podem aumentar a volatilidade do ativo. O mais provável é que a pressão vendedora persista, com o Bitcoin testando suportes mais baixos.
9h
Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital
A semana terminou novamente sob um fator que vinha surpreendendo o mercado nas últimas ocasiões: a incerteza em relação aos juros no Japão.
Com a proximidade da decisão de política monetária, os tomadores de capital em iene passaram a reduzir risco, desmontando posições e devolvendo recursos antes de uma possível elevação de juros. Esse movimento acabou sendo precificado globalmente, gerando uma correção mais ampla nos ativos de risco.
Entramos agora em uma semana especialmente sensível.
Jerome Powell foi claro ao sinalizar que o Fed está em modo de espera, dependente de dados. Com isso, os números divulgados nos próximos dias ganham peso desproporcional, pois qualquer mudança na leitura de emprego ou inflação pode alterar a postura futura do Fed.
Na terça-feira, teremos a divulgação dos dados de emprego atrasados de outubro e novembro.
Na quinta e na sexta-feira, entram em cena os dados de inflação, que completam o quebra-cabeça macro da semana.
O resultado dessa combinação tende a manter a volatilidade elevada e, mais do que isso, pode definir o tom do mercado para o restante do ano, inclusive se o Bitcoin encerra o ano acima de 100k ou abaixo de 90k.

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin voltou a testar uma linha de tendência no gráfico diário, e os compradores apareceram exatamente onde esperávamos: na região da mínima recente em 87.731. Essa defesa foi importante. A perda desse nível abriria espaço para uma continuação do movimento corretivo, com primeiros alvos nos desvios entre 85k e 83k.
Para o curto prazo, o foco é claro.
Os compradores precisam defender a região acima de 89k e voltar a pressionar o preço em direção aos 91.400, que segue como resistência imediata. Recuperar esse nível devolve alguma tração ao movimento e mantém viva a estrutura de construção atual.
No RSI, vimos um teste da mínima anterior, algo que conversa diretamente com o desenho gráfico que já vínhamos acompanhando. Por outro lado, se ao longo da semana não houver o cruzamento da média de 9 com a 21, o cenário tende a permanecer mais frágil, com o Bitcoin buscando níveis mais baixos antes de ganhar força novamente.
Para uma virada mais consistente, será necessário ver pressão compradora atacando as máximas locais e se estabelecendo acima delas.
Apesar disso, a estrutura que vem se formando ainda permite ambição. Pela configuração atual, o objetivo técnico da semana segue sendo a região dos 96.500, desde que o fluxo comprador consiga se sustentar e os dados macro não quebrem a expectativa.
Em termos on-chain, seguimos em uma posição relativamente confortável. O preço permanece acima da média dos investidores ativos e da média real do mercado, o que reduz a probabilidade de aceleração violenta para baixo. Historicamente, quando o Bitcoin perde a média dos investidores ativos, o movimento tende a ganhar velocidade negativa, algo que, por enquanto, estamos evitando.

Os níveis seguem claros:
Base de custo dos STH: US$ 102,2 mil
Média dos investidores ativos: US$ 88,0 mil
Média real do mercado: US$ 81,4 mil
Preço realizado: US$ 56,4 mil
Quanto mais tempo o preço conseguir se manter afastado da média dos investidores ativos, melhor a qualidade da estrutura. A perda desse nível costuma atrair participantes mais reativos, guiados apenas pelo preço de tela, o que aumenta a instabilidade.
O mercado entra em uma semana que não é sobre antecipar movimentos, mas sobre validar estruturas.
Os dados que serão divulgados nos próximos dias têm potencial real de direcionamento, justamente porque o Fed deixou explícito que está dependente deles. Isso tende a manter a volatilidade elevada e o mercado sensível a qualquer surpresa.
Para o Bitcoin, o jogo é objetivo. Enquanto 87.731 seguir defendido, o mercado permanece em fase de construção. A manutenção acima de 89k e a retomada de 91.400 são os primeiros passos para sustentar a estrutura atual e permitir tentativas mais ambiciosas, como 96.500. Sem isso, o ativo continua vulnerável a novas sondagens de preço mais abaixo.
7h50
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 15/12/2025, está cotado em R$ 487.152,22. O BTC está abaixo de US$ 90 mil, mas dentro do range de negociação lateral no qual o ativo opera desde outubro, entre US$ 83 mil e US$ 93 mil, sem grandes chances de rompimento no curto prazo.

Bitcoin análise macroeconômica
“Apesar de o Federal Reserve ter cortado os juros em 25 pontos-base, em linha com as expectativas, a grande novidade foi o anúncio de compras de gestão de reservas (RMP) de títulos do Tesouro dos EUA — num movimento que deve ampliar a liquidez até abril de 2026. Ainda assim, a performance das criptos foi pressionada pelos resultados da Oracle, que, ao mostrar um salto nos gastos de capital, reacendeu a narrativa de bolha de IA que já havia derrubado preços no mês passado, arrastando outros ativos de risco. A apatia dos criptoativos é reforçada por taxas de financiamento comprimidas e por uma reação fraca no mercado de opções.”, destaca Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.
Já André Franco, CEO da Boost Research, indica que os mercados asiáticos abriram a semana em queda devido à redução do apetite por risco no início de uma semana repleta de decisões de bancos centrais e dados econômicos importantes. Investidores estão cautelosos antes das reuniões do Banco do Japão, Bank of England, Banco Central Europeu e outros, além de aguardarem dados atrasados dos EUA, como o relatório de empregos e inflação.
O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA se manteve estável e os futuros do S&P 500 registraram leve alta, enquanto se espera que liquidez diminua no fim de ano. Mesmo assim, commodities como o Petróleo subiram. Já o Bitcoin cotado atualmente em cerca de U$89.400, possui uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa.
A aversão ao risco global, impulsionada por incertezas macro e expectativa de menos liquidez nesse final de ano, pesa contra movimentos fortes de alta. A pressão de eventos macro (decisões de bancos centrais e dados econômicos chave) normalmente reduz o apetite por ativos voláteis, dificultando um rally acentuado no BTC no curtíssimo prazo, embora a fraqueza do dólar e o ambiente ainda acomodativo de juros possam fornecer algum suporte técnico ao redor da faixa atual.”, afirmou.
Bitcoin análise técnica
Durante o fim de semana, liquidações varreram o excesso de alavancagem, principalmente do lado comprador, sem, no entanto, gerar uma reação consistente de alta. Dados indicam que aproximadamente US$ 289 milhões em contratos de Bitcoin foram liquidados em 24 horas, com quase 80% dessas liquidações concentradas em posições long.
“O reset de alavancagem reduz risco estrutural, mas também esfria o impulso imediato”, avalia Timothy Misir, head de research da BRN.
No ambiente on-chain, alguns sinais estruturais chamam atenção. O hashrate do Bitcoin caiu cerca de 8%, equivalente a aproximadamente 100 EH/s. A queda ocorreu após desligamentos de operações de mineração na China, especialmente na região de Xinjiang, segundo estimativas de mercado. Apesar do impacto inicial, Misir vê o movimento como potencialmente positivo.
“Historicamente, quedas abruptas de hashrate antecedem períodos de estabilização”, afirma.
Outro dado relevante envolve grandes detentores. Os influxos de wholecoiners para a Binance despencaram, alcançando médias anuais próximas de 6,5 mil BTC. Esse patamar não era observado desde 2018 e sugere redução significativa da pressão vendedora por parte de grandes investidores.
“Os grandes players não parecem com pressa para vender nesses níveis”, destaca Misir. “Isso muda o equilíbrio do risco no médio prazo.”
Ainda assim, o cenário segue delicado. Livros de liquidez mais rasos, especialmente nos fins de semana, aumentam o risco de movimentos mecânicos bruscos. Além disso, uma perda sustentada da faixa entre US$ 88 mil e US$ 89 mil poderia enfraquecer a estrutura técnica do Bitcoin.
Para a BRN, o momento exige cautela. “Este é um jogo de paciência”, resume Misir. “A pressão interna diminuiu, mas o preço ainda não convence.”
Portanto, o preço do Bitcoin em 15de dezembro de 2025 é de R$ 498.577,23 . Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.
As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 15 de dezembro de 2025, são: Audiera (BEAT), MYX Finance (MYX) e Tron (TRX), com altas de 76%, 7% e 2% respectivamente.
As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 15 de dezembro de 2025, são: Midnight (NIGHT), Memecore (M) e Bittensor (TAO), com quedas de -9%, -5% e -4% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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