Resumo da notícia

  • Bitcoin enfrenta medo extremo e baixa liquidez, aumentando o risco de novo teste do suporte.

  • Pressão vendedora cresce enquanto ETFs seguem sem registrar entradas consistentes.

  • Bitget vê sinais de capitulação que historicamente precedem formações de fundo.

8h30

Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital

O dia anterior foi marcado por forte volatilidade. O Bitcoin segue pressionado pelo fluxo vendedor, reflexo direto do fato de ainda estarmos abaixo dos US$ 104 mil, região que, desde o início, destacamos como divisora entre uma estrutura saudável e um cenário mais frágil.

Ainda não conseguimos sequer fechar acima de US$ 95.557, nível que serviria como primeiro alívio nessa dinâmica. A mínima de ontem chegou exatamente em um dos nossos desvios esperados, na região dos US$ 88 mil, mostrando que a leitura técnica permanece intacta.

O mercado reagiu no final do dia após o balanço da NVIDIA, que veio acima das expectativas: esperavam-se US$ 54 bilhões e o resultado entregue foi US$ 57 bilhões. Isso reduziu temporariamente o medo sobre uma “bolha de IA”, ajudando a diminuir parte do pessimismo exagerado que vinha pesando sobre o setor de tecnologia e, consequentemente, sobre o sentimento geral de risco.

Ainda assim, para que o Bitcoin volte a construir uma retomada relevante, será necessário um fechamento hoje acima da região de 93.600, abrindo espaço para buscarmos novamente a zona estratégica de 95.557. Enquanto o preço se mantiver dentro desse intervalo mais baixo, os suportes inferiores permanecem ativos. Quanto mais tempo ficamos abaixo de 95–96k, mais os desvios de 88–86k continuam atraindo preço, pela própria mecânica da oferta e demanda.

Para sair desse ciclo de pressão, o mercado precisa recuperar níveis superiores rapidamente, ou seguirá enfrentando ondas de venda desconfortáveis. O grande direcionador desta quinta-feira é a divulgação do Payroll de setembro. Este dado ganhou um peso extraordinário porque será o único indicador efetivo que o Federal Reserve terá à disposição antes da próxima decisão de juros.

Por conta do shutdown, já finalizado, mas com consequências no calendário, praticamente todo o conjunto de dados do Departamento de Trabalho foi adiado:

  • O relatório JOLTS (outubro) só sairá em 09/12

  • O Payroll de novembro foi adiado para 16/12

  • O relatório de emprego de outubro simplesmente não será publicado

Em outras palavras, o Fed está navegando sem visibilidade, e o Payroll de hoje se torna uma das únicas referências concretas para entenderem o ritmo do mercado de trabalho antes da reunião de dezembro.

7h40

Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN.

Os dados on-chain seguem pressionados. O Bitcoin continua abaixo do quantil de custo-base 0,75, região historicamente usada para diferenciar correções normais de mudanças mais profundas de regime. Os principais parâmetros técnicos reforçam o quadro atual: custo-base de curto prazo em US$ 109.800, Active Investors Mean em US$ 88.600, True Market Mean em US$ 82.000 e preço realizado em US$ 56.100. O ativo agora pressiona a zona dos investidores ativos, considerada um ponto-chave para definir direção.

O comportamento dos investidores permanece dividido. As carteiras de varejo seguem vendendo com intensidade, reduzindo posições de BTC e ETH. Já os grandes detentores continuam acumulando. As carteiras com mais de 1.000 BTC cresceram 2,2%, alcançando o maior nível em quatro meses. Mesmo assim, analistas pedem cautela, porque a reversão clássica só se confirma quando varejo e institucionais sinalizam força ao mesmo tempo. Os ETFs ajudaram na melhora, mas o movimento precisa persistir.

Analistas apontam gatilhos que podem definir o rumo das próximas sessões. Comunicações mais duras do Fed podem reprecificar cortes e reduzir ainda mais o apetite global por risco. Novas saídas de ETFs ou grandes entradas de BTC em exchanges podem indicar pressão vendedora renovada. O mercado também monitora possíveis cascatas em derivativos caso o financiamento vire abruptamente. No lado positivo, entradas consistentes em ETFs combinadas com acumulação on-chain na faixa entre US$ 88 mil e US$ 92 mil podem sustentar uma recuperação mais sólida.

No fim, a reação de hoje traz alívio, mas não encerra a incerteza. O Fed adicionou condicionalidade, a Nvidia reacendeu o otimismo e os ETFs de Bitcoin voltaram a respirar, mas o desafio estrutural permanece. O Bitcoin precisa recuperar o quantil 0,75 para retomar o impulso altista. Até lá, o mercado continuará mostrando volatilidade e movimentos rápidos em ambos os sentidos.

7h

O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 20/10/2025, está cotado em R$ 490.351,82. Os touros estão esboçando uma recuperação e conseguiram chegar a US$ 91 mil, mas a falta de força compradora e os temores com a situação econômica dos EUA devem empurrar o ativo novamente para um teste do suporte de US$ 90 mil.

Bitcoin análise técnica

O Bitcoin acaba de encerrar uma sequência de seis dias de saídas de capital de ETFs que vinham pressionando seu preço. Mas isso não significa que a pressão tenha desaparecido. 

Até o momento, não surgiram fluxos de entrada sustentados que pudessem impulsionar uma recuperação.

Guilherme Prado, country manager da Bitget, destaca que a pressão vendedora sobre o Bitcoin continua a aumentar enquanto a demanda permanece enfraquecida. O Índice de Medo e Ganância já acumula oito dias consecutivos em território de ‘Medo Extremo’, evidenciando um apetite por risco extremamente baixo entre os traders.

Mesmo nesse ambiente desafiador, o Bitcoin mantém-se estabilizado próximo de US$ 91.450, preservando o suporte crítico em US$ 88.000 em meio a um mercado de baixa liquidez que pode amplificar movimentos de volatilidade.

Na visão da Bitget, esse sentimento extremo combinado a liquidações forçadas caracteriza uma típica fase de capitulação, dinâmica que historicamente precede a formação de fundos de mercado. Esse processo tende a eliminar excessos especulativos e abre espaço para um ciclo de reconstrução, com fundamentos mais limpos e maior potencial de entrada institucional.

Para investidores de longo prazo, esse cenário pode representar uma janela estratégica para acumulação responsável, desde que acompanhada de gestão de risco adequada e diversificação.

Portanto, o preço do Bitcoin em 20 de novembro de 2025 é de R$ 490.351,82. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0020 BTC e R$ 1 compram 0,0000020 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 20 de novembro de 2025, são: Cosmos (ATOM), Artificial Superinteligence Alliance (FET) e ZCash (ZEC), com altas de 13%, 11% e 10% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 20 de novembro de 2025, são: AB (AB), Canton (CC) e MYX Finance (MYX), com quedas de -15%, -12% e -7% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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