Por que o preço do Bitcoin caiu novamente? O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 10/09/2025, está cotado em R$ 609.853,64.

Venda das baleias, pressão nas empresas que fazem reserva de criptomoedas e falta de gatilhos de alta enfraquecem os touros e o BTC segue negociando lateralmente em uma faixa estreita entre US$ 109 mil e US$ 112 mil.

Por que o preço do Bitcoin voltou a cair

O Bitcoin (BTC) registrou queda de 0,6% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 112.275. O movimento prolonga a retração mensal de 7,5% e reflete um conjunto de fatores que pressionam o mercado: realização de lucros, incertezas regulatórias e sinais técnicos de enfraquecimento.

Após uma valorização anual de 96,6%, muitos investidores de curto prazo decidiram realizar lucros. Esse comportamento intensificou-se quando o preço estabilizou próximo de US$ 112 mil. Dados on-chain indicam que baleias transferiram cerca de 12.000 BTC para corretoras na última semana, movimento que costuma antecipar fortes correções de preço.

Historicamente, quando grandes carteiras enviam moedas para exchanges, a chance de venda aumenta. Com a volatilidade de 30 dias no menor nível em seis meses, o mercado perdeu força para absorver essas vendas. O risco é de que novos despejos tragam quedas mais acentuadas caso não surja demanda suficiente.

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin perdeu níveis importantes de suporte. O preço caiu abaixo da média móvel simples de 30 dias (US$ 113.470) e encontrou resistência no nível de 23,6% de Fibonacci (US$ 120.401).

O RSI em 47,5 indica falta de direção clara, mas a divergência baixista no MACD mostra que o potencial de alta está enfraquecendo. Caso a pressão vendedora continue, o próximo suporte relevante aparece na média móvel exponencial de 200 dias, em US$ 101.898.

Analistas afirmam que apenas um fechamento consistente acima da média móvel de 7 dias (US$ 111.156) poderia sinalizar uma recuperação de curto prazo. Até lá, muitos traders preferem reduzir exposição e aguardar um cenário mais definido.

O grande teste será a capacidade do ativo de se manter acima de US$ 110 mil. Caso perca essa marca, a pressão pode arrastá-lo para patamares mais baixos, com suporte próximo de US$ 100 mil. O relatório do Tesouro, previsto para dezembro, deve servir como termômetro final para entender se o otimismo institucional compensará os riscos atuais.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos avançaram, refletindo o otimismo renovado em torno de cortes de juros pelo Federal Reserve, após dados de emprego desapontadores nos Estados Unidos.

Os rendimentos dos Treasuries continuaram a recuar, enquanto o dólar manteve-se firme, sustentado pelas expectativas de política monetária mais acomodatícia. O ouro avançou após registrar um novo recorde, e o petróleo subiu em meio à intensificação das tensões geopolíticas. Esses fatores reforçam que os mercados ainda priorizam o easing do Fed em detrimento das incertezas políticas internacionais.

Segundo ele, o Bitcoin (BTC), cotado em torno de US$ 111.500 após leve valorização intradiária, mantém uma expectativa de curto prazo positiva.

A combinação da queda nos rendimentos dos títulos, da crescente expectativa de cortes de juros, inclusive de 50 pontos-base, da valorização dos ativos asiáticos e do forte apelo do ouro cria um ambiente extremamente favorável ao fluxo de capital para ativos de risco, como o BTC. O Bitcoin deve continuar avançando, com potencial para buscar níveis entre US$ 113.000 e US$ 115.000, especialmente se os próximos dados macroeconômicos e monetários confirmarem o viés dovish do Federal Reserve.

Bitcoin análise técnica

Segundo especialistas da CryptoQuant, o mercado de alta entrou em uma fase madura e tende a alcançar o pico apenas entre outubro e novembro de 2025. O forte interesse institucional tem prolongado o ciclo, diferentemente de períodos anteriores em que a euforia terminava mais cedo.

Mesmo as vendas de longo prazo — realizadas em torno de US$ 98 mil e US$ 117 mil — foram absorvidas sem grandes impactos, sinalizando que a demanda segue sólida.

No entanto, os analistas lembram que o pico costuma ocorrer quando o preço do Bitcoin ultrapassa de forma significativa o realized price dos holders de longo prazo.

Para o analista BorisD, a zona dos US$ 115 mil se tornou o ponto crítico do mercado. Dados do Binance, maior bolsa em volume, mostram que o sentimento dos investidores mudou para positivo desde 6 de setembro, aumentando a abertura de posições compradas.

Esse entusiasmo, porém, exige cautela. Caso o Bitcoin não consiga sustentar a alta e ocorra absorção das compras, o mercado pode ficar vulnerável a uma correção brusca. BorisD classifica o intervalo até US$ 115 mil como uma “zona de livre negociação”, mas alerta que ultrapassar esse patamar pode abrir espaço para uma realização acentuada.

A análise da Arab Chain reforça a ideia de que o mercado está em equilíbrio. Segundo dados do Binance, o preço atual do Bitcoin permanece acima do realized price, o que sugere fôlego para novas altas.

O indicador MVRV, que mede a relação entre o valor de mercado e o valor realizado, está próximo de 1,0 a 1,02, o que aponta para uma condição de preço justo. Se cair abaixo de 1,0, o ativo entraria em zona de acumulação; se ultrapassar 2,0, entraria em sobrecompra, aumentando o risco de correções.

Para o momento, a métrica indica que o Bitcoin ainda não está inflado, mas a redução da diferença entre preço de mercado e preço realizado exige atenção. Caso a liquidez enfraqueça, o valor pode recuar para a faixa de US$ 105 mil a US$ 110 mil.

Portanto, o preço do Bitcoin em 10 de setembro de 2025 é de R$ 609.853,64. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 10 de setembro de 2025, são: Story (IP), Mantle (MNT) e Pyth Network (PYTH), com altas de 18%, 15% e 12% respectivamente.

Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 10 de setembro de 2025, são: Worldcoin (WLD), Aerodrome Finance (AERO), Arbitrum (ARB), com quedas de -10%, -6% e -5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.