O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 09/09/2025, está cotado em R$ 612.433,81.

Os touros estão indecisos e com isso o BTC deve continuar a semana lutando entre o suporte de US$ 109 mil e a resistência de US$ 113 mil, abrindo espaço para altcoins como XRP e Solana que hoje sobem mais de 3% e também o Ethereum que pode voltar para próximo de US$ 5 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

O mercado de criptomoedas abriu a semana em ritmo de cautela, mas com sinais claros de força no Bitcoin (BTC). Dados do dia 8 de setembro mostraram uma entrada líquida de US$ 368 milhões em ETFs à vista de BTC, em contraste com as saídas consecutivas do Ethereum, que já somam seis dias e chegaram a US$ 96,7 milhões.

Segundo o analista Timothy Misir, head de research da BRN, a dinâmica revela um movimento institucional.

“As instituições estão comprando Bitcoin via ETFs e, ao mesmo tempo, buscando proteção com opções de venda. Não é pânico de varejo, é hedge profissional.”

O BTC vem oscilando entre US$ 110 mil e US$ 113 mil, com atenção total ao fechamento diário.

“Um fechamento limpo acima de US$ 113 mil pode devolver o controle aos touros e abrir caminho até US$ 118 mil. Mas perder esse nível expande o risco até a faixa de US$ 107 mil”, destacou Misir.

Já o Ethereum (ETH) mostra um cenário mais complexo. Apesar das saídas em ETFs, os dados on-chain indicam forte movimento de retirada de moedas de corretoras — cerca de 396 mil ETH nesta semana.

“O Ethereum vive uma batalha entre as pressões dos ETFs e a acumulação em carteiras próprias e staking. O nível de US$ 4.500 é a chave para uma retomada mais convincente”, avaliou.

No cenário global, o ouro renovou sua máxima histórica a US$ 3.630 por onça, refletindo busca por segurança em meio às tensões geopolíticas no Leste Europeu e temores de tarifas secundárias sobre energia. O foco agora recai sobre os dados de inflação dos Estados Unidos.

“O CPI e o PPI desta semana serão os pontos de decisão. Até lá, o mercado vai reagir de forma sensível a manchetes e fluxos”, explicou o analista.

Para Misir, o momento exige cautela, apesar da entrada robusta nos ETFs de Bitcoin.

“O mercado está dependente de fluxos e eventos. O suporte melhorou com os ETFs, mas a volatilidade segue alta por causa da pressão sobre o Ethereum e das incertezas macro. O jogo é operar as faixas e esperar definições com o CPI.”

Com isso, o investidor deve ficar atento aos gatilhos: fechamento do BTC abaixo de US$ 109 mil, quebra do ETH em US$ 4.250, ou novos fluxos negativos em ETFs podem alterar o quadro rapidamente.

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados globais mantiveram o tom otimista diante da crescente expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve, após a divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos mais fracos do que o previsto.

O dólar recuou para a mínima de sete semanas, enquanto o euro e o iene se fortaleceram. O ouro renovou sua máxima histórica, sustentado pela demanda por ativos de refúgio. O Bitcoin manteve-se na faixa dos US$ 111.200, preservando uma expectativa de curto prazo positiva.

“A combinação da queda do dólar, do aumento das apostas por cortes de juros e do fortalecimento do apetite por ativos de risco e alternativos, como evidenciado pelo desempenho do ouro, cria condições favoráveis para que o BTC ganhe tração. O avanço dos mercados asiáticos reforça esse sentimento, sugerindo que o Bitcoin pode consolidar sua posição e mirar a faixa entre US$ 113.000 e US$ 115.000, caso as expectativas de política monetária continuem caminhando em direção a um cenário dovish”, disse

Bitcoin análise técnica

“A entrada de capital institucional representa uma mudança estrutural no mercado, trazendo maior liquidez e estabilidade a longo prazo. A força desse movimento pode redefinir como entendemos as tendências do mercado cripto, uma vez que esses grandes players têm horizontes de investimento mais amplos e estratégias de longo prazo. Observar de perto esses fluxos é essencial para compreender os próximos passos do Bitcoin e do Ethereum, já que eles indicam não apenas a direção dos preços, mas também o amadurecimento do setor como um todo”, aponta Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank.

O analista da Bitunix, destaca que o Bitcoin apresenta forte liquidez de baixa na faixa dos US$ 108,5 mil a US$ 109 mil, com barreira de alta entre US$ 113,8 mil e US$ 114,2 mil.

Já o Ethereum (ETH) permanece acima do suporte de US$ 4.250–4.300, mas enfrenta resistência próxima de US$ 4.480–4.500.

“O sentimento ainda se apoia na expectativa de corte de juros. Mas se a economia não reagir, os ativos de risco podem corrigir. O investidor deve acompanhar de perto os dados de inflação e folha de pagamento nos Estados Unidos.”

Frederico Sampaio, senior Vice Presidente da Franklin Templeton, também destaca que a perspectiva de uma postura mais dovish do FED, em conjunto com o quadro doméstico de desaceleração da atividade somado ao câmbio bem-comportado, aumenta a convicção do mercado que a Selic possa começar a cair ainda este ano.

Essa possibilidade serve como um gatilho para maior exposição a ações. É importante destacar que, mesmo após a alta, o mercado acionário brasileiro continua negociando em múltiplos atrativos, pouco acima de 8 vezes o lucro projetado — um patamar historicamente baixo que sugere espaço para novas valorizações.

Guilherme Fais, Head de Finanças da NovaDAX, destaca que a resistência em US$ 113 mil a US$ 114 mil é decisiva: rompê-la pode levar o preço a US$ 115,5 mil e até US$ 120 mil; já a perda de US$ 110 mil pode abrir espaço para quedas até US$ 107 mil ou, em cenário extremo, US$ 100 mil.

O mercado segue dividido entre retomada de alta e risco de correção. Mapas de liquidação indicam pressão em US$ 109 mil, e a volatilidade tende a aumentar. Para os compradores, é crucial um fechamento acima de US$ 113 mil; para os vendedores, a defesa dessa faixa mantém o BTC dentro do atual range.

Já Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, aponta que a oferta ilíquida de Bitcoin atingiu um recorde de 14,3 milhões de BTC, mesmo após a queda de 15% em relação ao pico de meados de agosto. O movimento reforça a acumulação consistente por investidores institucionais e detentores de longo prazo.

Atualmente, mais de 70% das moedas estão em carteiras com pouco histórico de movimentação, o que demonstra a confiança no valor do Bitcoin a longo prazo. A redução da oferta disponível não só consolida o ativo como reserva de valor, mas também aumenta o potencial de movimentos acentuados diante da continuidade da demanda.

Nas próximas semanas, a expectativa é que o Bitcoin se estabilize e retome a tendência de alta, com um alvo entre US$ 105.000 e US$ 118.000, sustentado por fluxos institucionais constantes e sinais técnicos positivos, como o MACD.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, está um pouco cauteloso e afirma que os detentores de longo prazo se desfizeram de 241 mil BTC (~ US$ 26 bilhões ) no mês passado, uma das maiores quedas desde o início de 2025.

Com a desaceleração das compras de títulos do Tesouro e as baleias vendendo 115 mil BTC, analistas alertam que o BTC pode testar a zona de US$ 95 mil se a pressão continuar.

Portanto, o preço do Bitcoin em 09 de setembro de 2025 é de R$ 612.433,81. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 09 de setembro de 2025, são: MYX Finance (MYX), Worldcoin (WLD) e MemeCore (M), com altas de 280%, 63% e 15% respectivamente.

Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 09 de setembro de 2025, são: Four (FOUR), OKB (OKB) e Cronos (CRO), com quedas de -10%, -9% e -5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.