O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 04/08/2025, está cotado em R$ 636.030,75. O BTC caiu para US$ 114 mil e os touros estão lutando para manter o valor, mas os ursos já sinalizam que podem baixar ainda mais o preço e testar US$ 110 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

“Com as tarifas exercendo pressão limitada sobre os ativos de risco, até o momento, o cenário é relativamente favorável ao sentimento do mercado. No campo regulatório, a divulgação de um documento sobre regulamentação de stablecoins e estrutura do mercado de ativos digitais pelo grupo de trabalho especializado da Casa Branca e o anúncio do Projeto Crypto pela SEC, que visa modernizar a regulamentação de valores mobiliários, foram duas novas mostras do empenho em avançar regulações favoráveis ao setor nos EUA, o que trará reflexos positivos para mercados em todo o mundo.” destaca Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos iniciaram a semana em recuperação, impulsionados por sinais de desaceleração econômica nos Estados Unidos, após dados mais fracos do que o esperado na folha de pagamento de julho e revisões negativas dos meses anteriores.

A confiança nos dados econômicos também foi abalada por fatores políticos, como a demissão da chefe do Bureau of Labor Statistics (BLS). Diante desse cenário, a probabilidade de um corte de juros em setembro já ultrapassa 85%, reforçando a tendência de queda no dólar e nos rendimentos dos Treasuries — o que favorece o apetite por risco.

Os índices futuros americanos voltaram a subir, com a chamada estratégia “buy the dip” prevalecendo. O petróleo recuou, enquanto o ouro se manteve estável.

O Bitcoin, por sua vez, recuou no fim de semana e agora está estável em torno de US$ 114.248. Apesar de agosto historicamente não ser um bom mês para o bitcoin, a expectativa de curto prazo para o ativo tende a ser positiva, apoiada pela desvalorização do dólar, pela perspectiva de juros mais baixos e pela retomada do fluxo para ativos de risco.”, afirma.

Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, afirma que grande parte da pressão vendedora recente tem vindo de especuladores de curto prazo, mais suscetíveis às oscilações diárias de preço. Além disso, temos observado saídas líquidas nas exchanges, o que sugere uma retirada estratégica de capital, possivelmente em direção a ativos mais conservadores ou stablecoins, como forma de proteção em um cenário ainda incerto.

Segundo ela, do ponto de vista regulatório, o mercado também sentiu os reflexos da publicação de um relatório oficial nos Estados Unidos sobre ativos digitais. Havia expectativa de avanços mais concretos em relação à adoção institucional do Bitcoin, mas o documento não trouxe novidades relevantes, o que acabou ampliando o sentimento de cautela entre os investidores.

“Neste contexto, o investidor precisa estar atento. A faixa entre US$112 mil e US$114 mil tem atuado como um suporte importante para os preços. Se esse nível se mantiver, existe espaço para recuperação no curto prazo, desde que não surjam novos fatores de estresse. Ainda assim, quem adota uma visão de longo prazo e busca ativos com fundamentos sólidos continua encontrando boas oportunidades no mercado, mesmo em meio à volatilidade.”, disse.

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que a lacuna premium do Bitcoin na Coinbase ficou negativa novamente.

“O que isso significa? A demanda no mercado americano está enfraquecendo. É preciso cautela,.”, aponta.

Axel Adler Jr, analista da CryptoQuant, destaca que no nível de US$ 118 mil, a oferta de LTH começou a cair, tendo diminuído 52 mil BTC no momento e que isso sinaliza um período de alta, apesar da queda recente.

“Essencialmente, o LTH começou a distribuir a oferta acumulada e, à medida que o preço sobe, isso se intensificará, como ocorreu em ciclos macroeconômicos anteriores. A mudança no equilíbrio da acumulação para a distribuição repete exatamente o padrão LTH do outono de 2024, quando o preço subiu de US$ 65 mil para US$ 100 mil.”, disse.

Já Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, afirma que se o BTC continuar a encontrar suporte em torno do nível de US$ 111.980, ele poderá estender a recuperação em direção ao seu nível psicológico de US$ 120.000.

O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico semanal marca 62, bem acima de seu nível neutro de 50, indicando que os touros ainda controlam o momentum. Além disso, o indicador de Convergência e Divergência das Médias Móveis (MACD) continua mostrando um cruzamento de alta, dando ainda mais credibilidade à tendência de alta.

“No entanto, se a correção do BTC for retomada, o declínio poderá se estender em direção ao seu nível de suporte principal em US$ 112.975, sua EMA de 50 dias”, afirma.

 Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que após atingir a máxima de US$ 119.800 no dia 27 de julho, o preço do Bitcoin iniciou um processo de distribuição, o qual levou o preço do ativo atingir a mínima de US$ 111.920 no último sábado (02), ou seja, uma desvalorização de -6.58% entre os valores.

Se houver continuidade da queda, o preço da principal criptomoeda do mercado poderá buscar os suportes de curto e médio prazo nas faixas de preços de US$ 111.500 e US$ 110.870. No entanto, caso haja defesa da força compradora, os próximos alvos que atuarão como resistência, estão nas regiões de liquidez dos US$ 115.350 e US$ 118.250.

Para onde vai o preço agora

Guilherme Prado, country manager da Bitget, afirma que o preço se encontra acima da média móvel de 50 dias (EMA50), indicando suporte relevante; por outro lado, há expectativa de volatilidade caso haja quebra abaixo de US$114.000.

Além disso, ele aponta que o indicador de força relativa (RSI) apresenta sinais de esgotamento de compra, com início de divergência negativa, sugerindo cautela para novos avanços imediatos e possibilidade de realização no curtíssimo prazo.

O cenário é de consolidação, com possibilidade de teste de suporte em US$114.000/US$112.000 antes de novo avanço. Um rompimento decidido acima de US$116.000 pode acelerar movimento altista, mirando US$128.000+ nas próximas semanas. O mercado global segue atento a fatores macroeconômicos: manutenção dos juros pelo Federal Reserve e a proximidade de eventos como o simpósio de Jackson Hole podem impulsionar volatilidade. Além disso, influxos institucionais e lançamento de novos ETFs sobre altcoins, como XRP, aumentam as apostas no segmento cripto como um todo.

Ainda segundo Prado, muitos já projetam que a altseason começou em agosto, dado o aumento do interesse especulativo e fluxos migratórios de Bitcoin para outros setores, especialmente DePINs e tokens Web3.

Tokens de menor capitalização e memecoins mostraram ganhos expressivos, alguns superiores a 100% nos últimos dias. O índice Altcoin Season sinaliza possível expansão das altcoins, principalmente se o Bitcoin continuar lateralizando ou subindo de forma gradual.

Portanto, o preço do Bitcoin em 04 de agosto de 2025 é de R$ 636.030,75. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 04 de agosto de 2025, são: Provenance Blockchain (HASH), Ethena (ENA) e Stellar (XLM), com altas de 13%, 11% e 8% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 04 de agosto de 2025, são: Toncoin (TON), Story (IP) e Hyperliquid (HYPE), com quedas de -4%, -3% e -2% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.