A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quarta-feira, 26/06/204, em R$ 334.023,52. Os touros estão mostrando dificuldades em manter o nível de US$ 61 mil, apesar do BTC ter recuperado este patamar, após a queda para US$ 59 mil, perde ele novamente pode dar forças para os ursos baixarem o preço para US$ 55 mil.
"Existem US$ 650 milhões para serem liquidados em US$ 65 mil, e o BTC deve subir até lá buscar essa liquidez antes de voltar a cair", aponta Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
Lucas Kiely, diretor de investimentos da plataforma Yield App, destaca que o BTC e as criptomoedas estão atualmente demonstrando que o velho ditado (do hemisfério norte) 'venda em maio e vá embora (no verão)' ainda é válido, pois os preços permanecem em queda.
"Alguns estão culpando a queda pela notícia de que os investidores da MT Gox irão, finalmente, receber seu BTC de volta – e provavelmente se desfazer dele. Isso pode ser verdade, no entanto, são os fatores macro que foram, e provavelmente continuarão, os maiores impulsionadores da ação do preço do BTC. Embora a inflação nos EUA seja ligeiramente mais baixa, ainda está bem acima da meta de 2%", disse.
Segundo ele, isto significa que, apesar de este ser um ano eleitoral, é provável que a FED adie o corte das taxas até que a inflação esteja totalmente sob controlo, de acordo com o seu mandato. Nem os mercados de ativos tradicionais, nem os digitais estão entusiasmados com isto.
"Um equívoco comum sobre o Bitcoin é a sua dinâmica de oferta e demanda. Ao contrário da narrativa de escassez frequentemente divulgada pelos seus maiores apoiantes, enquanto o BTC puder ser emprestado, haverá BTC físico suficiente disponível. Coberto com futuros para cobrir as entradas de ETF, o encontro entre oferta e procura não aconteceu tão rapidamente como as pessoas esperavam. Isso poderia, talvez, levar a retiradas do ETF spot BTC, à medida que as pessoas perdem a paciência com a classe de ativos", apontou.
Kiely destaca que quanto à aprovação pendente de um ETF spot ETH, o mercado já demonstra uma profunda falta de entusiasmo. Para o analista, o Ethereum não desfruta de tanta demanda e interesse quanto o Bitcoin e a aprovação de um ETF ou fundos de investimento em ETH, longe de elevar o preço do ETH, provavelmente deve adicionar pressão descendente.
"Portanto, parece não haver nada que impulsione o BTC, o ETH ou o mercado mais amplo de criptomoedas agora. As esperanças repousam num novo abrandamento da inflação nos EUA e na ação subsequente do FED. Por enquanto, talvez seja hora de colocar shorts e longos e aproveitar as férias", afirmou.
Olhando para a análise técnica, Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio, destaca que após atingir a máxima de US$ 71.997 no dia 07 de junho, o preço do Bitcoin iniciou um movimento baixista, voltando a ser negociado dentro da lateralização que vem sendo respeitada desde o dia 12 de março.
Segundo ela, ao analisar o fluxo do mercado, é possível observar que a força vendedora predomina, sugerindo a busca pela extremidade de baixa da lateralização acima citada, na faixa de preço de US$ 58.360, no entanto, se houver rompimento dessa região com muita força vendedora, poderemos ver o preço do Bitcoin buscar o primeiro nível da expansão de Fibo, nos US$ 54.829.
"As resistências de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 64.000 e US$ 65.795", disse.
Já sobre o Ethereum, Ana aponta que após atingir a máxima de US$ 3.887 no dia 05 de junho, o preço do Ethereum iniciou um forte movimento corretivo, voltando a ser negociado a US$ 3.240 no dia 24 de junho.
Ela afirma que esse movimento de baixa está ocorrendo devido à correção da principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin, que vem trabalhando em queda há alguns dias.
"Se houver continuidade de queda no Ethereum com bastante fluxo vendedor, poderemos ver o preço do ativo testar as áreas de valor dos US$ 3.160 e US$ 3.050 no curto prazo. E caso a faixa de preço acima seja perdida, o Ethereum poderá testar o fundo feito no mês de maio de 2024, nos US$ 2.878. As resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preço de US$ 3.440 e US$ 3.650", analisou.
Para a analista, o destaque da semana vai para a Fet, que entre os períodos de 18 a 20 de junho teve uma valorização de 58.18%. Essa valorização fez com o que o preço do ativo saísse de US$ 1.10 e atingisse a máxima de US$ 1.74 em 20 de junho.
"É possível observar que entrou bastante fluxo vendedor quando o preço do ativo atingiu sua máxima no dia 20 de junho, o que sugere correção no preço. Se houver correção, o preço do token poderá voltar a testar os suportes dos US$ 1.31 e US$ 1.00. Contudo, caso entre fluxo comprador, as resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 1.64 e 1.85", finalizou.
Portanto, o preço do Bitcoin em 26 de junho de 2024 é de R$ 334.023,52. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0030 BTC e R$ 1 compram 0,0000030 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 26 de junho de 2024, são: Akash Network (AKT), Notocoin (NOT) e PEPE (PEPE), com altas de 10%, 9% e 7% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 26 de junho de 2024, são: Arweave (AR), Near Protocol (NEAR) e Pendle (PENDLE) com quedas de -7%, -6% e -5% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão