A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 22/04/2025, em R$ 515.462,37. Os touros conseguiram segurar o nível de US$ 87 mil e imprimir uma nova alta acima de 1%, levando o Bitcoin para US$ 88 mil novamente e animando os traders que aguaram um teste em US$ 90 mil.

O mercado de criptoativos começou a semana com forte movimento de entrada institucional, especialmente em Bitcoin, mesmo diante da pressão sobre os mercados tradicionais. Segundo Valentin Fournier, analista da BRN, os ETFs de Bitcoin registraram US$ 381 milhões em aportes, enquanto os produtos ligados ao Ethereum tiveram saídas de US$ 25 milhões.

“O volume negociado dobrou em relação à média da semana passada. Isso confirma uma convicção crescente dos investidores, que voltam a apostar em ativos digitais como proteção macroeconômica”, explicou Fournier.

A força dos criptoativos contrasta com o desempenho dos ativos tradicionais. “Enquanto ações sofrem com o clima de aversão ao risco e o ouro sobe, o Bitcoin mantém estabilidade ou até mesmo avança. Isso reforça seu papel emergente como hedge alternativo em momentos de estresse global”, afirmou o analista.

Apesar disso, Fournier acredita que a resiliência do BTC pode perder força no curto prazo. “Os indicadores técnicos, como Stoch RSI e as Bandas de Bollinger, sugerem uma condição de sobrecompra. Um movimento corretivo saudável pode ocorrer antes da próxima alta.”

No cenário corporativo, o analista destaca que a acumulação segue firme, com empresas como a Strategy adquirindo US$ 555 milhões em BTC na última semana e a MetaPlanet comprando mais US$ 28 milhões. “A atividade das baleias desacelerou um pouco, mas isso parece mais uma pausa tática do que uma mudança de tendência.”

Sobre o cenário regulatório, Fournier também mostrou otimismo: “A posse oficial de Paul Atkins na presidência da SEC melhora o sentimento do mercado, com expectativas de avanços regulatórios para os ativos digitais.”

Posicionamento de Carteira – BRN (22/04):

  • Exposição média em ativos digitais, com 45% em caixa
  • Overweight em Bitcoin, focando na resiliência macroeconômica
  • Neutro em Solana, com viés positivo, mas risco de correção
  • Neutro em Ethereum, com bom potencial de longo prazo, porém fraqueza de curto prazo

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, aponta um cenário positivo, destacando que novos investidores começaram a entrar no mercado. Segundo ele, a métrica dos últimos 10 dias mostra um sinal de compra.

"Padrões semelhantes no comportamento dos novos investidores foram observados durante a correção após a proibição da mineração na China em 2021 e na correção anterior do mercado, no nível de US$ 65 mil. Considerando a retórica de Trump e a pressão sobre Powell por uma redução urgente nas taxas de juros, a compra de ativos de risco parece razoável", afirmou.

Segundo o analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev, o Bitcoin superou uma importante barreira técnica nesta semana ao romper sua Média Móvel Exponencial (MME) de 200 dias, situada em US$ 85.000. Segundo Mike Ermolaev, analista de mercado e estrategista de criptoativos, essa resistência vinha segurando o preço do ativo desde 13 de abril.

“A alta de 2,74% na segunda-feira foi decisiva. O BTC finalmente conseguiu romper a MME de 200 dias, e agora, com o preço se mantendo acima de US$ 88.300, o cenário técnico se fortalece para novas máximas”, afirmou Ermolaev.

Com esse rompimento, o analista acredita que o próximo alvo esteja em um nível psicológico relevante. “Se o Bitcoin fechar acima de US$ 90.000, poderá acelerar para testar a máxima de US$ 95.000 registrada no dia 2 de março”, explicou.

Do ponto de vista técnico, os indicadores reforçam a perspectiva otimista. “O RSI diário está em 59 e em inclinação positiva, o que indica um momentum de alta cada vez mais forte”, detalhou Ermolaev. Ele também chamou atenção para outro sinal importante: “Na semana passada, o MACD fez um cruzamento de alta, o que tradicionalmente representa uma oportunidade de compra e respalda a continuidade da tendência ascendente.”

Apesar do otimismo, o analista alertou para um ponto de atenção caso haja recuo. “Se houver correção, o suporte em US$ 85.000 tende a ser testado. Esse patamar agora atua como uma base sólida para novas movimentações”, concluiu.

Ouro ou Bitcoin

As tensões comerciais e as expectativas de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos reacenderam o debate sobre os papéis de Bitcoin e ouro como ativos de proteção. De acordo com a QCP Capital, as tarifas impostas pelo governo Trump voltaram a alimentar temores de recessão. Mesmo com a inflação sendo minimizada, o mercado já precifica múltiplos cortes de juros em 2025.

Na esteira dessa movimentação, o ouro ultrapassou a marca de US$ 3.400 por onça, segundo dados da Kobeissi Letter, enquanto o Bitcoin chegou a ser negociado a US$ 87.000 nas primeiras horas do mercado asiático. Apesar disso, os ETFs de Bitcoin ainda mostram fluxo modesto, com US$ 13,4 milhões de entrada líquida na semana passada.

Para Innokenty Isers, CEO da exchange Paybis, o cenário atual exige cautela. “Apesar da leve recuperação do Bitcoin nesta semana, vale lembrar que o mercado global está altamente sensível às políticas monetárias das grandes economias, especialmente dos Estados Unidos”, afirmou.

Segundo Isers, a forte concentração de investidores em ações de tecnologia amplifica os efeitos de mudanças nas políticas comerciais e nas intervenções do governo, o que afeta diretamente os índices-chave, como o Nasdaq. “Desde a posse presidencial nos EUA, a visão do Bitcoin como hedge contra a inflação deu lugar a uma percepção de ativo mais especulativo”, observou.

O executivo também destacou que investidores com perfil mais conservador podem buscar alternativas. “Com a maior volatilidade do BTC, quem evita riscos tende a preferir outras formas de proteção contra a inflação. Se a guerra comercial se estender e a inflação voltar a crescer, o papel do Bitcoin como refúgio pode ser diminuído”, concluiu.

Principais eventos da semana

A OKX destacou os principais eventos da semana para os investidores ficarem de olho

Quarta-feira, 23 de abril

  • Início do GITEX Asia 2025 — Mais de 320 visionários de tecnologia e cripto sobem ao palco
  • Blockchain Forum 2025 (Rússia) — Com a participação do fundador da TRON e do cofundador da Litecoin entre os palestrantes confirmados
  • Divulgação dos dados globais do PMI (Índice de Gerentes de Compras) — Um termômetro da força econômica nos principais mercados.

Quinta-feira, 24 de abril

  • Reabertura do staking da Babylon — Recompensas em BABY liberadas

Sexta-feira, 25 de abril

  • Vencimento dos contratos futuros de Bitcoin nos EUA — Espere maior volatilidade à medida que os traders se reposicionam.

Trades em alta

  • Tokens RWA se recuperaram de uma grande queda em valor de mercado e volume. HYPE, AAVE e stETH encerraram a semana no positivo.
  • O volume de negociação de XRP disparou após o lançamento do primeiro ETF de XRP nos EUA.

Portanto, o preço do Bitcoin em 22 de abril de 2025 é de R$ 515.462,37. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 22 de abril de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Kaspa (KAS) e POL (POL), com altas de 16%, 12% e 10% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 22 de abril de 2025, são: Filecoin (FIL) Internet Computer (ICP) e Aptos (APT), com quedas de -6%, -5,6% e -5,4% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão